27 de jul. de 2021

327) As Portas da Percepção Não Buscam Culpados

 


As Portas da Percepção Não Buscam Culpados 

O contrário do amor não é o ódio, mas a busca de culpados. Porque quem percebe os laços de amor, sabe que eles formam a rede na qual a nossa vida está conectada com todas as galáxias e tudo o que existe. Então, é no reconhecimento destes laços que somos conduzidos às soluções. 

Quem não os enxerga tropeça neles e passa a vida buscando culpados para os seus próprios tropeços e os dos outros. Até que se pergunte:  

O que é que eu tenho a ver com isso?  Como quem pergunta: qual laço de amor está se revelando nesta situação?  Por exemplo: o que é que eu tenho a ver com meu pai ou mãe me tratando mal? 

- Nada! Ele/a tem algo que eu não tenho como resolver. E é isso que eu preciso perceber e aprender. Até onde o meu laço de amor por ele/a me conduz para fora dos seus tropeços e não aos meus julgamentos contra ele/a. 

O que é que eu tenho a ver com a infidelidade do meu parceiro? 

- Até onde o nosso laço de amor pode ajudá-lo a não estragar a nossa relação? A nossa relação tem força para superar este desafio? Ou , esta relação, há tempos, não é mais para mim ? Para onde o amor me conduz? 

O que é que eu tenho a ver com uma pessoa me atacando do nada? 

- Nada, embora ela busque me enlaçar com o que não quer ver. Posso bloqueá-la, denunciá-la e até buscar um advogado, se esta for a melhor maneira de me defender sem brigar. 

Sim, quem contrata um advogado não quer brigar. Quer resolver. A não ser que o advogado esteja ele mesmo querendo brigar coisas dele sobre seus clientes. Mas quem não quer brigar sabe escolher. 

E com certeza não vou me fazer a pergunta de quem procura culpados:  “por que é que eu atraí isso?” Como se eu tivesse um chip de desacertos em mim. Esta pergunta é a antítese da pergunta que abre as portas da percepção “o que é que eu tenho a ver com isso?” 

Assim posso olhar o que está acontecendo para descobrir os laços de amor envolvidos, inclusive o amor-próprio que me tira de ciladas.  Afinal, como dizia Jung:

 

“O pêndulo da mente se alterna entre perceber e não-perceber, e não entre certo e errado." Carl G Jung

 

Mônica Clemente (Manika)

 

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