9 de dez. de 2024

603) O Mito de Aquiles na Série em Senna

 

O Mito de Aquiles em Senna
Mônica Clemente (Manika)

Aquiles foi um famoso guerreiro da mitologia grega, sendo peça-chave na vitória da Guerra de Troia. 

Segundo o mito, ele foi banhado por sua mãe, Tétis, no Rio Estige para se tornar invencível, com exceção dos calcanhares — a parte do corpo pela qual sua mãe o segurou durante o banho de imortalidade. 

O famoso “calcanhar de Aquiles”, que recebeu a flechada envenenada que o matou, nos lembra que a crença na invencibilidade não deve cegar alguém a ponto de ignorar riscos e autoproteção. 

Esse ensinamento ecoa o Hexagrama 36 do I Ching: em tempos de perigo extremo, não há vergonha ou culpa em se esconder. 

Na série sobre Ayrton Senna, o piloto é retratado como invencível e impetuoso, lembrando Aquiles.  

O seu “calcanhar” era o hábito de se arriscar em nome da vitória e da busca por estados transcendentais, algo comum a artistas e atletas altamente disciplinados. 

No entanto, sua predisposição ao risco foi apresentada como uma expressão de amor ao esporte e um desejo de inspirar o povo brasileiro. 

Esse “calcanhar de Aquiles” ficou exposto na fatídica pista de Ímola, que já havia enviado vários sinais de perigo, sem que fossem suficientes para evitar a tragédia. 

Pessoas com scripts de vida semelhantes ao de Aquiles — e aqui não afirmo que Senna seguia esse padrão, mas vi na série essa conexão — enfrentam escolhas cruciais. 

Tétis pôde escolher entre uma vida longa e feliz para o filho ou torná-lo uma lenda. Ela optou pelo heroísmo do filho, e como dizia Hellinger: os heróis morrem cedo.

Aquiles não precisava morrer para ser uma lenda. Já era vitorioso e prestigiado. Sua morte precoce não foi destino, mas resultado da falta de escolhas para mudar seu script: ele poderia ter protegido seus calcanhares. 

Senna tentou proteger a si mesmo e aos outros pilotos pedindo o cancelamento da corrida em Ímola. Contudo, assim como Tétis não deu escolha ao filho, os responsáveis pela prova ignoraram seu pedido. 

A lição é clara: o destino não oferece escolhas, mas scripts de vida, sim.

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Sobre a FIA (Federação Internacional Automobilística), podemos associá-la a muitos mitos e arquétipos, mas seguindo a lógica do texto, ela me parece as FIAndeiras. 

As Moiras na mitologia grega controlam o destino, fiando, medindo e cortando o fio da vida, o que se alinha com o poder regulador e controlador que a FIA exerce sobre o automobilismo. Ao menos na temática da série Senna.  

Como as Moiras refletem a FIA:

1.    Cloto (a que fia o fio da vida): Representa o papel da FIA em criar e manter as regras, literalmente “tecendo” o tecido das competições automobilísticas. 

2.    Láquesis (a que mede o fio): Alude à função de avaliar e regulamentar o que é permitido, estabelecendo limites precisos para tecnologias, performances e condutas nas corridas.

3. Átropos (a que corta o fio): Simboliza o poder final da FIA de decidir destinos — desqualificar equipes, aplicar punições ou até banir tecnologias inovadoras consideradas ilegais. “Moira” que mais atuou sobre Senna. 

As fiandeiras trabalham nos bastidores, com um poder quase invisível, mas imenso, que define a trajetória dos eventos. Assim como a FIA, as Moiras não participam diretamente das corridas, mas moldam o curso de tudo com suas decisões. 

Essa comparação amplia o simbolismo do “poder estruturante” e traz à tona a dimensão de controle quase “destinal” que a FIA exerce.  

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Ficha Técnica:

A minissérie “Senna” é uma produção brasileira da Netflix que retrata a vida e carreira do lendário piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna. Com estreia em 29 de novembro de 2024, a série é composta por seis episódios e está disponível em mais de 190 países.

• Título: Senna

• Ano de Produção: 2024

• Gênero: Biografia, Drama

• Formato: Minissérie com 6 Episódios

• Direção Geral: Vicente Amorim

• Direção: Julia Rezende


Mônica Clemente (Manika)
@constelacoes_mitologicas
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4 de dez. de 2024

602) Do Sufoco à Transfomação: Do Mapa Preditivo para o Propositivo

 


Do Sufoco à Transformação: 
O Que Você pode Fazer com Seu Mapa Astral  

Mônica Clemente (Manika)

Os gatos brigam porque são assim, ou porque estão em um saco? 

Para a astrologia preditiva, os gatos brigam porque são assim. Para a astrologia propositiva, os gatos brigam porque estão no saco. 

Da mesma forma, você tem brigado porque (seu mapa) é assim, ou porque está em uma situação em que se não lutar vai sufocar até seu fim? 

Quais saídas seu mapa tem? 

Talvez você tenha desistido de brigar, mas em vez de alívio, sua pressão subiu, sua tiroide colapsou, seu tesão desapareceu e nada de emagrecer. E se, em vez de lutar uns com os outros, os gatos arrebentassem o saco? 

Eu sei, não é tão simples assim. Às vezes, o “saco de gatos” está em uma pirambeira. Se ele romper, todos podem cair e se machucar. Como evitar isso? 

Com redes de apoio:  amigos, família e até novas conexões. Mas, e se a própria rede for o saco? Nesse caso, mude os amigos, redefina a relação com a família e busque outros suportes. E, acima de tudo, seja propositivo. 

Na astrologia propositiva – um dos pilares da Astrofenomenologia – os arquétipos não determinam, mas oferecem possibilidades. 

Saturno, pode ser o saco de gato, representando aquilo que construímos e nos aprisiona, ou a rede que nos sustenta. 

Marte pode ser a briga ou a coragem de romper padrões. 

Vênus pode ser a submissão ou a catalisadora de conexões e grupos de apoio. 

Mercúrio pode ser as mentiras (inclusive a que contamos para nós mesmos) ou a busca de soluções.

Júpiter pode ser a teimosia ou a mudança de perspectiva. 

Urano pode ser o egoísmo ou a tomada de consciência. 

Netuno pode ser a bondade cega ou a dissolução de ilusões. 

Plutão pode ser o apego vingativo ou capacidade de transformação. 

Cada arquétipo astrológico pode estar a seu serviço, dependendo da forma como você os gerencia.  

Por isso, na Astrofenomenologia, priorizo uma abordagem propositiva em vez de preditiva. Essa abordagem busca propostas e alternativas construtivas, com foco em soluções práticas e no desenvolvimento da sua autonomia e discernimento. 

Até porque não adianta prever algo antes de saber o que se pode fazer. 

Mônica Clemente (Manika)
@astrofenomenologia
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16 de nov. de 2024

601) LOST a Luz das Constelações Familiares

 

LOST a Luz das Constelações Familiares
Mônica Clemente (Manika) 

E se pudéssemos abordar LOST por meio das Constelações Familiares? 

 O que essa série, cheia de camadas, símbolos e mitologias revelaria sobre “comunidade de destino”, “pertencimento”, “laços do destino” e ouras descobertas de Bert Hellinger? 

Durante seis temporadas, um grupo de passageiros tenta sobreviver em uma ilha paradisíaca e misteriosa, após a queda do Voo 815 da Oceanic Airlines.

Cada um dos personagens traz consigo “bagagens” – histórias marcadas por exclusão e pertencimento - que precisarão enfrentar ao longo de suas aventuras. 

Um exemplo disso é o Dr. Jack, que carregava o corpo do pai morto no porão do avião. (Porão, Ilha, selva e oceano podem ser compreendidos como metáforas das profundezas do inconsciente). 

A sensação de fracasso de Jack, alimentada pela constante competição e exigências do pai, o perseguia por meio de inúmeras tentativas frustradas - e às vezes trágicas -  de salvar todos a sua volta. Mas quem o salvaria? Ele precisava fazer tanto para conseguir um pouco de amor e superar sua baixa autoestima? 

John Locke, por sua vez, descobriu, a duras penas, que a fé move montanhas. Porém, ela precisa ser humilde diante das forças coletivas, como guerras e pandemias, aqui representadas fumaça escura – o “monstro”. 

Já Sawyer, marcado pelo luto e pela raiva devido à perda brutal de seus pais na infância, encontrou redenção ao abandonar a exclusão voluntária e se conectar com os novos amigos. 

Kate, por outro lado, precisou se reconciliar com as escolhas desastrosas do seu passado, aprendendo a ser uma pessoa mais confiável e presente para seus amigos e parceiros. 

Sayid seguiu a “boa consciência” (é esse nome mesmo) de matador e torturador, movido pelo medo de não pertencer, até finalmente encontrar coragem para avançar até a “má consciência”: a difícil decisão de agir contra as expectativas do seu grupo. 

Hugo, como todo hipersensível que tenta agradar a todos sem muito discernimento, entra com contato com seus sentimentos ao longo da jornada e, assim, se torna um líder amoroso, o que nenhum dos outros conseguiu ser. 

E assim segue os personagens de LOST, com histórias que espelham a complexidade humana que podem ser abordados por temas centrais das Constelações Familiares. 

Do primeiro ao último episódio, testemunhamos o que Bert Hellinger descreveu como uma "comunidade de destino". No contexto das Constelações Familiares, essa expressão refere-se ao fato de que todos os membros de um sistema familiar – seja uma família, grupo e comunidade - estão profundamente conectados por um destino compartilhado. 

Isso significa que as ações, escolhas e sofrimentos de um indivíduo dentro desse sistema impactam os demais, criando laços invisíveis que transcendem gerações. 

Hellinger observou que, muitas vezes, essas conexões se manifestam como identificações inconscientes com membros da família que foram excluídos, esquecidos ou que sofreram traumas significativos. Ou pessoas que prejudicamos ou foram prejudicadas por ancestrais nossos, como os saltos no tempo que os personagens de LOST fizeram, mostrando conexões com outros indivíduos ao longo das temporadas. 

Assim, uma pessoa, sem perceber, pode repetir padrões ou carregar cargas emocionais que não são propriamente suas, como se estivesse tentando "compensar" ou "curar" algo no sistema familiar. 

A "comunidade de destino", portanto, mostra como estamos interligados dentro de um campo maior, onde nossas ações e destinos se entrelaçam. 

No último episódio de LOST, fica claro que, apesar de terem histórias individuais carregadas de traumas, os personagens foram unidos pela ilha em uma experiência compartilhada que transformou suas vidas para sempre. Mesmo após a morte, eles permanecem conectados em um "espaço além do tempo", onde precisam se reencontrar para reconhecer, honrar e liberar aquilo que viveram juntos. 

Não importa se suas relações eram de amor, amizade ou conflito — o que viveram juntos os ligou para sempre. Isso ecoa a ideia de que, dentro de uma comunidade de destino, ninguém pode ser excluído. Mesmo os antagonistas, como Ben Linus, têm um papel crucial no sistema. 

(De agora em diante tem spoiler) 

Assim, os personagens se reúnem em uma "realidade alternativa", onde cada um ocupa seu lugar e reconhece o impacto dos outros em sua jornada. Eles precisam se lembrar uns dos outros para seguir em frente — exatamente como em uma constelação familiar, onde o reconhecimento e a inclusão permite que o amor flua pelo sistema. 

A ideia de que o que passaram juntos "atua sobre eles até além da morte" reflete a essência da comunidade de destino. Não importa o que aconteceu em suas vidas individuais; o destino compartilhado na ilha criou um campo que continua existindo, conectando-os mesmo após a vida física. 

Essa visão está alinhada com a ideia de que as conexões humanas não estão limitadas pelo tempo ou espaço. 

No final de suas vidas, quando relembram os momentos que tiveram um com o outro se tocando pela “última vez”, é como se os personagens dissessem: "Você pertence, eu te vejo, e o que vivemos juntos importa." 

Essa mensagem dissolve as amarras dos traumas individuais e do isolamento, que os mantinham perdidos – lost - permitindo que eles sigam para a luz — um símbolo de integração e libertação.


FICHA TÉCNICA DE LOST

  • Título Original: Lost
  • Gênero: Ação, Aventura, Drama, Ficção Científica
  • País de Origem: Estados Unidos
  • Idioma Original: Inglês
  • Número de Temporadas: 6
  • Número de Episódios: 121
  • Duração dos Episódios: Aproximadamente 40–48 minutos
  • Exibição Original: 22 de setembro de 2004 – 23 de maio de 2010
  • Emissora Original: ABC / Atuamente está na NETFLIX

Criadores:

  • Jeffrey Lieber
  • J.J. Abrams
  • Damon Lindelof

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11 de nov. de 2024

600) Lobos, Totens e Mitos

  


Lobos, Totens e Mitos:
As Constelações Mitológicas do Lobo

Mônica Clemente (Manika) 

Se o casal de Lobos passou pela sua frente, como dizem os xamãs norte-americanos, possivelmente você valoriza os laços familiares e de grupo, assim como o lobo, que se dedica aos companheiros para a alcateia sobreviver. 

Essa lealdade se expressa quando ele uiva para se comunicar, especialmente durante a Lua cheia, quando a noite clara facilita as caçadas. Essa habilidade faz dele um grande professor, como aqueles que o têm como animal de poder.  

Quando um lobo encontra seu companheiro, forma laços duradouros e monogâmico, tornando-se um símbolo de lealdade.  Cada alcateia geralmente tem um casal alfa, o único a se reproduzir, garantindo a estrutura do grupo e o cuidado com os filhotes.  

Quando um dos parceiros morre, o sobrevivente fica visivelmente afetado, podendo se mostrar mais reservado, embora seu uivo preencha a noite de luto. Com o tempo, se necessário para a alcateia, ele pode encontrar outro parceiro. 

Assim, os lobos exemplificam a complexidade das relações e a profundidade dos laços afetivos, algo que nos conecta a eles em nossa busca por conexão e companheirismo, especialmente para quem tem o lobo como seu animal totêmico. 

Quando facilito as Constelações familiares dos contos de fada, ou o “Constelações Mitológicas”, o Lobo se revela como o pai ou a mãe que sofrem alienação parental em “Os Tres Porquinhos”.  Nessa história, os porquinhos representam filhos que criam  barreiras cada vez mais fortes, graças ao pai ou mãe que desconsidera o parceiro/a como genitor e cuidador, enfurecendo quem se dedica à família sem nenhum reconhecimento. 

Em “Chapeuzinho Vermelho”, o Lobo se revela como um homem que faz mal às  crianças, e em “Lobisomem” e “O Lobo e os Sete Cabritinhos”, um marido que maltrata a esposa. Embora já tenha visto dinâmicas de doenças hereditárias e maldições surgirem nas constelações do conto do Lobisomem. 

Essas projeções humanas sobre os lobos, incitaram a destruição de alcateias, levando esses belos animais à beira da extinção, desequilibrando a fauna e a flora, outra das suas conexões. 

Se um casal de lobos uivando cruzou o seu caminho é porque seus cantos de amor são  para você. 

Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte 
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#ConstelaçõesMitológicas  #Mitologia  #lobo  #xamanismo  #animaisdepoder   #familienstellen #constelacaofamiliar 

 

29 de out. de 2024

599) Desatando os Laços do Destino no Curta Kutoja

 

Kutoja (O Último Tricô)


Desatando os Laços do Destino no Curta Kutoja:
A simbologia dos Cabelos e Mãos nos Emaranhamentos
Mônica Clemente (Manika)
 

O curta-metragem finlandês Kutoja (Tricoteira ou The Last Knit, 2005) apresenta uma mulher apegada ao ato de tricotar, mesmo quando isso a coloca à beira de um abismo, símbolo do inconsciente e da sombra. Como dizia Nietzsche: “Quando se olha muito para o abismo, ele olha para você”. 

Usar as mãos – seja tricotando, lavando louça, escrevendo etc. – é uma das formas recomendadas para liberar-se de pensamentos insistentes. Assim, o inconsciente pode trazer soluções novas, que antes não eram vislumbradas pela consciência, ocupada por uma obsessão com algum assunto não resolvido. 

No curta (spoiler a partir daqui), a obsessão pelo ato de tricotar representa uma mente que se recusa a parar de pensar, a ponto de a personagem se emaranhar nos próprios cabelos, aproximando-se perigosamente do precipício. 

O emaranhamento é um conceito também presente na Constelação Familiar, onde um descendente pode se identificar, pelas desordens do amor, com um ancestral ou com um tema repetitivo que atravessa gerações em sua família. É como se seu destino estivesse sendo tecido por uma história antiga, sem que ele consiga se desvencilhar dela. 

Em certo momento, a personagem consegue libertar-se desse embrolho cortando seus cabelos, rompendo os laços de destino com histórias passadas que não pertencem à sua jornada. 

Simbolicamente, cortar o cabelo representa transformação por meio do desapego, como no conto de fadas Rapunzel, que se liberta das influências parentais e sociais à medida que se conhece mais profundamente. Como diz Eric Berne, criador da Análise Transacional e dos Scripts de Vida: “Os scripts são possíveis apenas porque as pessoas não sabem o que estão fazendo consigo mesmas e com os outros. Saber o que se está fazendo é, de fato, o oposto de seguir um script.” 

Berne sugere que, por meio do autoconhecimento (uma possível representação de tricotar de forma saudável), é muito mais fácil transformar um roteiro de vida do que tentar mudar o mundo ou os genes herdados. 

Na Constelação, o processo é um pouco diferente: não se trata de cortar laços, mas de se libertar ao se posicionar no lugar certo de acordo com as “ordens do amor” dentro de um contexto específico. As ordens do amor são: pertencimento, ordens de entrada na família (hierarquia e precedência) e as dinâmicas de dar e receber entre iguais, assim como entre aqueles que vieram antes e depois. 

Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, explora essa temática em seu livro Desatando os Laços do Destino, relacionando-a a certas doenças. O objetivo não é curá-las, o que cabe à medicina, mas mostrar as dimensões relacionais envolvidas na manutenção da saúde e como alguns sintomas podem apontar o caminho perdido até ela: a saúde e as boas formas de se relacionar quando se encontra o melhor lugar nas relações, segundo as ordens do amor.

FICHA TÉCNICA

Título Original: Kutoja (Tricoteira ou Tecelã)

Estreia:15/09/2005

Roteiro e Direção: Lara Neuvonen

Duração: 7 minutos

País: Finlândia

Referências: https://frauenfilmfest.com/en/movie/the-last-knit/

Mônica Clemente (Manika)
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www.constelacoesmitologicas.com.br

#autoconhecimento #kutoja #oultimotricô #tricoteira #tecelã #desapego #ericberne #berthellinger #tricotar #scriptsdevida #constelacaofamiliar #familienstellen #constelaçõesmitológicas #cinemaeconstelaçãofamiliar

24 de out. de 2024

598) As Lições de Saturno através das Casas Astrológicas

  

As Lições de Saturno pelas Casas Astrológicas
Mônica Clemente (Manika)

A posição de Saturno no seu mapa astral, através dos seus Trânsitos e dos seus Retornos (a cada 29 anos), revela o que você fará para se sentir respeitado na área ou situação regida pela casa onde ele está.

Por exemplo, se você nasceu com Saturno na casa 2, leia a orientação do "SATURNO NA CASA 2" a seguir. 

E leia a orientação da casa astrológica, em seu mapa, onde o Saturno em Peixes está transitando atualmente. Hoje, em outubro de 2024, Saturno está a 13 graus de Peixes. Veja em que casa do seu mapa astral está o 13o grau de Peixes e leia a orientação dessa casa também.

Enquanto não conquistar o que essas casas regem, sentirá inveja de quem fluir por essas áreas, principalmente quando Saturno estiver ativando-as.

Saturno na:

Casa 1: busca o corpo perfeito, desconsiderando a saúde e seus relacionamentos. Seu desafio é reconhecer quando respeitar ou expandir seus limites. 

Casa 2: busca riquezas, muitas vezes contra os próprios valores, até reconhecê-los e honrá-los para ter a tão sonhada estabilidade. 

Casa 3: busca a aprovação dos pais, porque foi menosprezado ou valorizado em relação a um irmão. Seu desafio é parar de se comparar e perceber o quanto gostam dele. 

Casa 4: busca suprir a ausência física ou emocional de um dos pais. Seu desafio é reconhecer seu lugar na família e no trabalho.

Casa 5: impõe sua criatividade em contextos que não a valorizam, até encontrar ambientes e pessoas que celebrem sua genialidade.

Casa 6: busca perfeição, criticando tudo e todos, até libertar sua criança interior.

Casa 7: realiza o casamento dos sonhos.  Seu desafio é escolher a pessoa certa, com amor genuíno. Ou se casará apenas pelo status de estar casada.

Casa 8: busca dinheiro ou poder para mascarar o medo de intimidade. Perderá os relacionamentos até investir na riqueza dos encontros verdadeiros.

Casa 9: acha que leis e normas não se aplicam a ele, uma vez que tende a ser muito ético e rígido. Perderá saúde, dinheiro e processos até aprender a respeitar as leis dos homens e da natureza.

Casa 10: busca poder ignorando sua vocação. Seu desafio é usar sua liderança para fazer o que ama e não o que querem que faça.  

Casa 11 busca as ambições do grupo que admira, mesmo que não tenham a ver com sua missão. Seu desafio é ter amigos e grupos alinhados com seus valores.

Casa 12: busca salvar o mundo, acreditando que sua morte ou a  saúde precária, por tanta doação, purificam os pecados. Seu desafio é reconhecer os limites da sua humanidade.

Mônica Clemente (Manika)

@astrofenomenologia

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#saturno #astrologia

16 de out. de 2024

597) Você Conhece os Potenciais dos Elementos do seu Signo Chinês

 


Você conhece os potenciais dos elementos do seu signo chinês

Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
 

O horóscopo chinês tem ciclos de 12 anos, cada um representado por um animal: 

Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Galo, Cão e Porco.  

Além dos animais, os 5 elementos — Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água — também influenciam a energia dos signos e dos anos. Por exemplo, em 10/02/2024 começou o Ano do Dragão de Madeira, que se estenderá até 28/01/2025, seguido pelo Ano da Serpente de Madeira.  

Os elementos, suas potencialidades e desafios são: 

Madeira: Relaciona-se ao crescimento e vitalidade. Pessoas sob a influência de Madeira tendem a ser criativas e expansivas, mas podem ter problemas de fígado e raiva quando desvalorizadas ou quando desqualificam os outros. Seu aprendizado envolve escolher melhor suas relações para preservar sua energia. 

Fogo: Representa paixão e energia. Quem é influenciado pelo Fogo é afetuoso, mas pode ter problemas cardíacos ao reprimir sentimentos. A tendência ao pessimismo surge quando se acha merecedor de mais do que pode oferecer. O aprendizado é ser mais humilde e expressar suas emoções de forma equilibrada. 

Terra: Associada à estabilidade e confiabilidade. As pessoas de Terra têm tendência a exagerar, cedendo demais ou acumulando excessos, o que pode afetar o baço. Precisam aprender a cuidar de si mesmas, equilibrando suas responsabilidades e limitações. 

Metal: Ligado à força de vontade e clareza. Influenciados por Metal tendem a ser rígidos, descartando sentimentos. Isso pode levar a tristeza e problemas pulmonares. O desafio é integrar clareza com sensibilidade para fortalecer suas conexões. 

Água: Relaciona-se à flexibilidade e intuição. As pessoas de Água são afetivas, mas podem ser manipuladoras ou emocionalmente sufocantes, com medo de perder relacionamentos. Seu aprendizado é equilibrar suas emoções e cultivar relações saudáveis, como os rins, que trabalham juntos em harmonia. 

No seu corpo, existem todos esses elementos, funcionando em um grande circuito de alimentação, retroalimentação para apoiar sua saúde integral

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

#horóscopochinês #astrologia #astrofenomenologia 

 

596) Tudo é Vibração, já dia Einstein e os Yogues

 


Tudono universo é vibração, já dizia Einstein e os Yogues.

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte 

Há milênios, os yogues já sabendo disso, criaram sua ciência intuitiva sobre o som: o mantra. Ao ser entoado ele fazia o yogue entrar em sintonia com o universo autoconsciente. Por isso, Mantra significa o som (man) que liberta (tra), tendo três características para isso: 

  1. Duas silabas para que uma seja ativada na inspiração e a outra na expiração. A respiração é como o arco do violinista que vibra as cordas da mente.

2.        O mantra precisa ser potencializado por um guru no chakra da sua garganta, antes de ser usado nas iniciações. Essa potencialização precisa ser refeita a cada 2 ou 3 mil anos. 

3.        O mantra, que é  passado em segredo, precisa ser em sânscrito porque esta língua tem os sons do próprio corpo, o que atua sobre o bem-estar integral do praticante. 

Quando repetidos na meditação, expandem a mente purificando-a, o que acelera seu desenvolvimento trazendo alguns problemas. Por exemplo, o que está impedindo a expansão mental precisa ser expurgado com sintomas físicos (busque um médico e um nutricionista). Ou mentais e relacionais (busque uma terapia). 

Há outros tipos de mantras bem potentes: Ma-mãe e  Pa-pai

Repetindo algumas vezes, o praticante é capaz de se cuidar mais, de ficar no seu lugar diante dos pais e de se conectar com sua Fonte de vida independente das atitudes deles.

Há ainda outros tipos de mantras, sons que nos sintonizam com a bem-aventurança do dia.

Bom dia!

—-

PS: Yantra é a forma que liberta. O que você tem visto e pensado estes dias liberta a sua mente? 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

#mantra #prsarkar #familienstellen #yoga #einstein 

 

4 de out. de 2024

595) A Dor é Inevitável, o Sofrimento Não

 


A Dor é Inevitável, o Sofrimento Não
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
 

Como astróloga há 34 anos, testemunhando felicidades, afirmo: não precisamos sofrer para aprender. 

A não ser que o sofrimento nos proteja da grande felicidade. A grande felicidade exige trabalho, dedicação e comprometimento (Hellinger). Ela também requer tolerância à frustração, que consiste em adiar o prazer até a realização do primeiro passo.  

Essa é a base de todo desejo, o qual desperta o medo de ser realizado, podendo nos levar a sabotá-lo de diversas maneiras (Freud). 

Por exemplo, uma pessoa pode ter um sonho trabalhoso, mas possível. Se ela sentir medo de realizar esse desejo, pode acabar se envolvendo com um parceiro/a que, desde o início, já se mostrou complicado. Ou ele/a é agressivo, ou ciumento e possessivo, ou casado, etc. 

Como o sofrimento pode levar anos para ser superado e comprometer toda a vida, essa pessoa terá desculpas para não se realizar. 

Acho cínica a afirmação de Calligaris de que todo casamento serve para culpar o parceiro/a pelo que não temos coragem de fazer, mas ela é válida quando se escolhe um parceiro/a com todos os indicadores para o sofrimento. 

Por isso, não adianta aconselhar quem acha que ainda tem tempo para sofrer, achando que uma chaleira pode aquecer um mar gelado. 

Só se essa pessoa descobrir que a dor, inclusive ao se afastar do sofrimento, é inevitável. Mas o sofrimento, não.

PS: Não há nada no mapa astral de qualquer pessoa que indique que ela deva aceitar convites para sofrer. 

Mônica Clemente (Manika)
@astrofenomenologia
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#Sonho #Desejo #Freud #Hellinger #Astrologia #Astrofenomenologia #GrandeFelicidade #Calligaris



16 de set. de 2024

594) Perguntas de Plutão Antes de Entrar em Aquário Definitivamente

 


Perguntas de Plutão antes de Entrar em Aquário Definitivamente
Mônica Clemente (Manika)

Plutão leva ao extremo o que toca até que não haja mais resistências à transformação. 

Com uma órbita de 247 anos, ele não forçará mudanças em todo o seu mapa astral, mas provocará transformações globais que afetam a todos. 

Pessoalmente, Plutão forçará mudanças em mapas com planetas pessoais em Aquário, Leão, Touro e Escorpião. Apoiará transformações em Libra, Áries, Gêmeos e Sagitário, e dará uma “folga” para mapas com ênfase em Capricórnio, Câncer, Virgem e Peixes. 

Recentemente, como ele voltou pela última vez a 29º de Capricórnio, há chances de recuperação de aprendizados até ele começar a transitar definitivamente por Aquário pelos próximos 20 anos. 

Qual aprendizado? 

Nos últimos seis anos, a influência autoritária de Plutão em Capricórnio ficou evidente em líderes mundiais que tentaram salvar um modelo de existência insustentável, baseado na exploração da natureza e na concentração de riqueza. 

Esse modelo de mundo nasceu como Liberdade e Justiça durante a Revolução Francesa, há mais de 200 anos, quando Plutão também estava em Aquário. 

Como Capricórnio atua como casa 12 de Aquário, temos mais uma oportunidade de avaliar o que funcionou desde a Revolução Francesa e o que precisa mudar no novo ciclo de Plutão em Aquário.

No entanto, sempre surgem grandes resistências autoritárias antes de grandes transformações: quando se usa todas as forças, com as últimas energias, para evitar seu fim. 

Recentemente, Marte entrou em Câncer, seu signo de queda, que o faz tentar recuperar sua força de forma desajeitada, como em queimadas nos domínios de Câncer, a Mãe Terra. 

E como Câncer “representa” a casa 6 de Aquário, estamos de frente para o declínio da saúde planetária, devido aos ataques à Terra. 

Plutão em Capricórnio, com Marte em Câncer, então, fazem duas perguntas vitais, antes da “nova era”: 

“Como milhares de pessoas conseguem alimentos? E o que fazem com o seu lixo?” Davi Kopenawa

 Tão simples como algo que é visto e ninguém quer olhar. 

Mônica Clemente

@astrofenomenologia

@manika_constelandocomafonte 

#davikopenawa #povosindígenas “astrofenomenologia #astrologia #plutão #aquário #marte #câncer

2 de set. de 2024

593) O Território Sagrado do Brincar

 


TERRITÓRIO SAGRADO DO BRINCAR
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte

      Se você esqueceu de brincar, possivelmente perdeu o prazer na vida, o contato com seu desejo e o caminho da sua vocação.

Uma pessoa que trabalha com prazer está brincando como na infância: entretida, apaixonada e inteira.

Como dizia Oscar Wilde: “A vida é muito importante para ser levada a sério”.

Infelizmente, o pai de um dos seus amantes ficou tão furioso com sua homossexualidade que o aprisionou. Na prisão, Wilde foi submetido a trabalhos forçados, atingindo o centro nervoso de toda vida feliz: o brincar. Isso o fez adoecer e morrer.

O mesmo aconteceu com Reich, que, ao descobrir o caminho da libido no corpo – o prazer de viver que se manifesta desde a infância no brincar –, foi preso e morreu na prisão.

Mas nem precisamos ir tão longe: quantos de nós fomos entristecidos na infância, ao sermos forçados a ficar sentados com o olhar fixado no quadro-negro, ou porque fomos trabalhar tão cedo, disciplinando nossos corpos para servir à máquina produtiva?

Se você perdeu o brilho nos olhos e não sabe o que veio fazer nesta vida, lembre-se do que gostava de brincar na infância.

Aquele estado de criação pura – criança – que brinca de corpo inteiro, com toda a sua imaginação, curiosidade e encantamento.

Alguns de nós gostávamos de ler, outros de pular corda, jogar bola, brincar de detetive, pega-pega, bonecos, teatro, dança, cantigas de roda com fantasmas e gigantes.

Outros brincavam com cavalos alados nas ondas do mar.

Acesse essa sensação de estar inteiro no que fazia, sem preocupações.

S        e começar a dizer para si mesmo: “Mas eu tenho medo, baixa autoestima”, “Perdi tal chance”, “Como vou me sustentar com isso?”, “Não sei vender meu trabalho”... você perderá o estado brincante, o guia para chegar a sua missão.

Uma vez lá, veja se tem coragem de sustentar sua vocação. Se sim, siga em frente.

Se não, abandone esse desejo sem culpa e assuma o que está fazendo desde o coração.

Ou busque outra profissão em que se sinta um brincante, com coragem de bancar os desafios que virão.

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Se quiser saber mais sobre esta temática, assista ao documentário *Tarja Branca*, de Cacau Rhoden, Estela Renner e Marcelo Nigri, disponível no Amazon Prime, Apple TV, Google Play, Canal Curta, YouTube Filmes e Tamanduá.

Mônica Clemente (Manika)  

@manika_contelandocomafonte

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