31 de dez. de 2022

505) A Arte de Tirar o Rótulo sem Rágá-lo ao Meio

 

Arte de Tirar o Rótulo sem Rasgá-lo ao Meio

Mônica Clemente (Manika)

 

Acho que todo mundo, em algum momento, já sentiu necessidade de se desgrudar de alguém sem esgarçar a relação.

 

A difícil tarefa de tirar o rótulo sem rasgá-lo ao meio exige paciência, conhecimento sobre a cola que une as pessoas e a força de um novo tempo.

 

A cola de uma família, por exemplo, é feita de sangue (ou não), amor, DNA (ou não), costumes, memória, influências e pertencimento.

 

O sangue não muda, embora sofra alquimia.

 

O pertencimento não se perde, embora haja exclusões.

 

E o amor permanece, embora tenha temperamentos.

 

Isso é testemunhado nas Constelações Familiares quando alguém excluído é amado, cegamente, por um descendente que nem o conhece.

 

Como um ex-noivo descartado, levianamente, aparece nas brigas de um filho com o seu pai.

 

A repetição de destino também pode acontecer quando uma pessoa diz para si mesma: “Eu não quero ser igual a minha mãe ou ao meu pai de jeito nenhum”.

 

Ou: “não seja igual ao seu pai ou a sua mãe” falada, repetidamente, por algum parente.

 

Estas atitudes, por desconhecerem as “colas que unem tanta gente”, deixam “etiquetas rasgadas” pelo caminho até um descendente, identificado com a pessoa excluída, tentar resgatar este amor repetindo, inconscientemente, o seu destino.

 

Numa Constelação, esse caminho começa a reaparecer quando o constelando olha para o vazio.

 

Então, se coloca um representante naquele ponto. De repente, a trilha do amor até a pessoa excluída pode ser vista por todo mundo.

 

E a identificação é rompida, sem “rasgar o rótulo” que é o lembrete da existência do amor entre eles. 

 

“A arte de tirar a etiqueta sem cortar ela ao meio” tem, portanto, a força dos novos ciclos, como o Ano Novo.

 

Um ponto, ritualisticamente criado, para atender uma necessidade psíquica, de se autorizar a finalizar algo, com o devido reconhecimento, para uma nova atitude nascer. 

 

Obrigada, 2022!

Sim, 2023!

 

Feliz Ano Novo para você!

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

#anonovo #familienstellen #AmorCego #constelacaofamiliar #BertHellinger #relacoesfamiliares #hellingersciencia 

 

 

24 de dez. de 2022

504) Natal e a Gestação dos Sonhos

Natal e a Gestação dos seus Sonhos

Mônica Clemente (Manika)

Você sabe que está gestando algo quando se sente na melhor fase da sua vida, ou faz de tudo para estar.  

Uma vez realizado, o sonho vem acompanhado de bençãos, como a estrela no topo da Árvore Natalina diz, que elas sempre chegam, a todo momento, desde o nascimento. 

Porque o Natal (todo nascimento) é sagrado. Seja de um trabalho, um casamento, uma cura, ou um sossego. Seja de um filho ou de uma alegria.  

Ampare-o com a decisão de merecê-lo e ser capaz de mantê-lo vivo e florescendo por muito tempo. 

Cuide dele como se fosse um bebezinho muito esperado, que precisa ser amado e protegido de tudo que pode ameaçá-lo.  

Principalmente daquelas próprias pulsões destrutivas, que se manifestam na atração por parceiros ou eventos que se colocarão entre você e a nova vida. 

Já os enfeites de Natal, que simulam os frutos nascidos, também são lembrete simbólicos e coloridos dos sonhos já realizados, bem cuidados e vividos. 

É desta maneira que a ideia do não merecimento e a ideia equivocada de que a evolução acontece por meio do sofrimento, se dissolvem. 

Com a força da árvore da vida sendo desenhada pela luz das estrelas, a boa gestação e o nascimento dos seus sonhos revelam mais alguns segredos. 

A pulsão de vida vem sempre acompanhada de bençãos.  

Por isso, um sábio escolhe o caminho onde não há dor (embora elas possam acontecer), enquanto o herói vive para apagar incêndio. 

Feliz Natal a você e aos seus amores.  

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte 

#pulsaodevida #natal #Bênção #sucesso #merecimento #presente 

21 de dez. de 2022

503) Quando Tudo começa a dar certo...

 

Quando tudo começa a dará certo...

Mônica Clemente (Manika)

 

Quando tudo começa a dar certo, algo se libertou. Como se libertou? Sintonizando os desejos com a missão. Como se faz isso? Se libertando… 

 

A liberdade é sentida como fluidez. E tudo flui quando alguém sincroniza o seu desejo com a sua missão. Não a sua missão com os seus desejos, nem os seus desejos com o medo, como Freud observou.

 

Esta pessoa passou a desejar o caminho que a deseja.

 

Qual a força de alguém que nasceu com uma missão que despreza? Que não a reconhece como o desejo mais profundo da sua alma?  Imagina nascer para ficar rica temendo a própria ideia da riqueza?

 

Como sintonizar o desejo com a missão, então?

 

Para o Tantra Yoga, que é o caminho da libertação da ignorância, basta ter o desejo de se lembrar quem é.

 

Ignorância, aqui, se refere aos preconceitos e à falta de conhecimento sobre si mesmo e o mundo, a ponto de levar o tântrico a não cumprir a sua missão. Missão, neste caso, é caminhar de acordo com a sua bem-aventurança, que é o próprio desejo do caminho pelo caminhante. 

 

Quando uma pessoa é iniciada, gratuitamente, na meditação tântrica da Ananda Marga, por exemplo, o seu mantra pessoal começa a cutucar a sua ignorância: tudo o que a impede de ser feliz.

 

Ao final da meditação, ela faz o Gurupuja, a prática de se entregar e entregar a sua “ignorância” a uma força maior. Como só o Gurupuja não dá conta das expurgações que surgirão, depois das meditações, na forma de medos, angústia, karmas negativos, ilusões, preconceitos etc.. chega um tipo especial de sonho.

 

Este tipo de sonho é outra estratégia gratuita dada ao buscador. Nele, tem orientações e a própria FORÇA para realização dos desejos da alma.

 

Para ativar esta força, é preciso uma interpretação adequada do sonho, feita por um bom psicanalista, libertando o sonhador dos medos dos seus desejos.

 

Aqui nada é gratuito. A libido do buscador precisa bancar esta etapa do processo, se ele quiser. Quando a interpretação atinge o alvo, algo se liberta e é realizado no mundo, dando a sensação de fluidez.

 

Então, não basta desejar. É preciso que a Lua na gota de orvalho deseje (como) quem a deseja por trás do Luar.

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

#prsarkar #sonhos #tantra #libido #desejo #medo #psicanalise #Freud #Meditacao #yoga

 

16 de dez. de 2022

502) Interfaces entre Hellinger e Rilke

 

Interfaces entre Hellinger e Rilke

Mônica Clemente (Manika)

 

Dia 16 de dezembro é o aniversário de Bert Hellinger, um apaixonado pela obra do poeta Rainer Maria Rilke, outro sagitariano do dia 4 de dezembro.

 

Talvez por isso, seja possível encontrar interfaces entre suas obras. Por exemplo, em relação aos pais, Rilke escreveu, em 1904:

 

“Evite alimentar aquele drama que sempre existe entre pais e filhos; ele desperdiça muita força dos filhos e consome o amor dos pais, um amor que atua e acolhe, mesmo que não seja compreensivo.

 

(…) mas acredite em um amor que foi conservado para o senhor como uma herança, confie no fato de que há nesse amor uma força e uma bênção, das quais não escapará para ir mais longe.”

 

Esta mesma experiência é vivenciada, a partir da década de 1990, durante as Constelações Familiares, criada pelo Hellinger, no que se refere aos pais. Tomar o amor e a força que vem deles, “por baixo” de todos os possíveis conflitos, nos leva em frente. 

 

Rilke e Hellinger também tinham afinidades sobre o que faz uma relação durar no tempo. Em um dos seus poemas, Canção do Amor, Rilke escreveu:

 

“Pois o que nos toca, a ti e a mim,
isso nos une, como um arco de violino
que de duas cordas solta uma só nota.
A que instrumento estamos atados?
E que violinista nos tem em suas mãos?
Oh, doce canção.”

 

E Hellinger disse:

 

“Quando começa a relação de casal, o homem e a mulher se olham. Estão mutuamente relacionados. 

 

Mas “só olhar entre si” não dura. 

 

Então, eles têm que olhar para outra coisa, algo que vai além da relação em si, de modo que se empreenda alguma coisa juntos. 

 

(…) Através do olhar em comum para a frente, aumenta também a relação do casal.” 

 

 

E o mais intrigante, era a semelhança entre a postura não arbitrária do Rilke e do Hellinger diante da vida:

 

"...a maior parte dos acontecimentos ocorrem num espaço que nenhuma palavra nunca pisou." Rilke 

 

Enquanto o Hellinger dizia:

 

“… a Fonte não precisa perguntar pelo caminho.” 

 

Obrigada, mestres!

Felicidades, Hellinger!

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

#BertHellinger #familienstellen #constelacaofamiliar #rilke #rainermariarilke #Casamento #casal 

14 de dez. de 2022

501) Estilos Parentais: suas Faltas e Excessos


Dois ou mais filhos dos mesmos pais têm pais “diferentes”. 
Por isso, não dá para comparar a sua criação com a do seu irmão, 
como elas se correspondessem de igual para igual.










Estilos Parentais: suas Faltas e Excessos
Mônica Clemente (Manika) 

@manika_constelandocomafonte

Referência Bibliográfica:


LAWRENZ, Priscila et al . Estilos, práticas ou habilidades parentais: como diferenciá-los?. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 16, n. 1, p. 02-09, jun.  2020 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872020000100002&lng=pt&nrm=iso>. 

Acessos em 14  dez.  2022.  http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20200002.

 #estilosparentais #priscilalawrens #Pai #Mãe #filhos #criança #Baumrind #fomedecaricias #autoritario #autoritativo #indulgente #negligente 

 





12 de dez. de 2022

500) Sêmele e a Capacidade de Amar

 

Sêmele e a Capacidade de Amar

Mônica Clemente (Manika)


O que você queria, Sêmele, carregando os sentimentos reprimidos dos seus pais?

 

Reacender um doZ “eus” da sua mãe, que ela abdicou para manter a ordem patriarcal no casamento?

 

Fazer o seu pai feliz, porque o amor de uma garotinha não faz um homem ter medo?

 

Por quantos anos você ainda carregará estes potenciais excluídos deles em seus relacionamentos?

 

Foi por isso que se envolveu com Zeus, um deus casado? Para perpetuar a sua sina de dar sentido a casamentos perdidos? 

 

Esse amor nas trevas está grávido de um desejo genuíno, bloqueado por outro reprimido.

 

Por quanto tempo você ainda vai carregar o desejo reprimido de Hera, esposa de Zeus? 

 

O mesmo da sua mãe, de deixar o amor fazer parte de si mesma e não mais um espelho fosco das regras do Olimpo.

 

Mas… mentiram para você dizendo que era mortal e estava grávida de Dionisio, filho de Zeus, quando ele se decidiu pela  esposa (Hera), mantenedora da ordem que a sufocava.

 

E que esta decisão lançou você no Inferno de Hades (a loucura), com Dionisio sendo gestado na panturrilha do pai.

 

A verdade é que você é uma deusa lunar, capaz de gerar o desejo de amar nos mortais. E é a mãe de Dionisio, a força arrebatadora da autorrealização, antes mesmo de conhecer Zeus.

 

Em outras palavras, você é adulta e o seu desejo de amar não pertence aos seus pais, nem às regras.

 

Por isso que a sua gravidez não foi parar na panturrilha de Zeus, embora muitos desejassem tirar este poder da mulher. 

 

Embora seus pais desejassem drenar a sua gravidez (de desejos de mulher) para salvar o casamento deles.

 

Então chore, minha querida, se a solidão de se esquecer de si mesma, carregando os sentimentos excluídos dos seus pais, foi imensa.

 

Já não dá mais ser a filhinha do papai, nem da mamãe, para manter a luz nas trevas de quem não quer pagar o preço. 

 

Parir a sua capacidade de amar já é o suficiente. Até porque todo mês a Lua vem revelar o seu segredo:

 

Ninguém sai do casulo sem virar borboleta.

 

A não ser que a sua escolha seja a de não enfrentar a solidão que antecede todo nascimento.

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

@constelacoes_mitologicas


#Mitologia #semeie #dionisio #trianguloamoroso #familienstellen #constelacaofamiliar  


603) O Mito de Aquiles na Série em Senna

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