Arte de Tirar o Rótulo sem Rasgá-lo ao Meio
Mônica Clemente (Manika)
Acho que todo mundo,
em algum momento, já sentiu necessidade de se desgrudar de alguém sem esgarçar
a relação.
A
difícil tarefa de tirar o rótulo sem rasgá-lo ao meio exige paciência,
conhecimento sobre a cola que une as pessoas e a força de um novo tempo.
A
cola de uma família, por exemplo, é feita de sangue (ou não), amor, DNA (ou
não), costumes, memória, influências e pertencimento.
O
sangue não muda, embora sofra alquimia.
O
pertencimento não se perde, embora haja exclusões.
E
o amor permanece, embora tenha temperamentos.
Isso
é testemunhado nas Constelações Familiares quando alguém excluído é amado,
cegamente, por um descendente que nem o conhece.
Como
um ex-noivo descartado, levianamente, aparece nas brigas de um filho com o seu
pai.
A
repetição de destino também pode acontecer quando uma pessoa diz para si mesma:
“Eu não quero ser igual a minha mãe ou ao meu pai de jeito nenhum”.
Ou:
“não seja igual ao seu pai ou a sua mãe” falada, repetidamente, por algum
parente.
Estas
atitudes, por desconhecerem as “colas que unem tanta gente”, deixam “etiquetas
rasgadas” pelo caminho até um descendente, identificado com a pessoa excluída,
tentar resgatar este amor repetindo, inconscientemente, o seu destino.
Numa
Constelação, esse caminho começa a reaparecer quando o constelando olha para o
vazio.
Então,
se coloca um representante naquele ponto. De repente, a trilha do amor até a
pessoa excluída pode ser vista por todo mundo.
E
a identificação é rompida, sem “rasgar o rótulo” que é o lembrete da existência
do amor entre eles.
“A
arte de tirar a etiqueta sem cortar ela ao meio” tem, portanto, a força dos
novos ciclos, como o Ano Novo.
Um
ponto, ritualisticamente criado, para atender uma necessidade psíquica, de se
autorizar a finalizar algo, com o devido reconhecimento, para uma nova atitude
nascer.
Obrigada,
2022!
Sim,
2023!
Feliz
Ano Novo para você!
Mônica
Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
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