27 de out. de 2022

492) A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser

 
A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser

Mônica Clemente (Manika) 

Bert Hellinger, criador da Constelação Familiar, dizia que ninguém deveria se comportar como um discípulo e sim como um mestre. Porque o primeiro segue alguém e o segundo faz acontecer. 

Desta forma, ele se considerava um professor, acima de tudo. Não porque ensinava a Constelação Familiar, mas porque a Constelação Familiar em si é um caminho de conhecimento e produção de conhecimento que se faz nos acontecimentos.  

Com ela, todos aprendem fazendo, vendo e compartilhando experiências.  Por isso, nunca houve uma constelação por pessoa num seminário, mas uma constelação para todos, uma vez que quem a testemunha, representa ou constela está aprendendo de corpo inteiro. 

Segundo a “Teoria da Escolha”,  do psiquiatra americano William Glasser (1925-2013), o professor também é um guia para o aluno e não um chefe ou alguém a ser seguido. 

E o melhor processo de aprendizagem é pelo sensível, quando a inteireza de uma pessoa está toda envolvida na aprendizagem. Portanto, haveria graus de aprendizagem de acordo com a estratégia utilizada: 

  • 10% quando lemos
  • 20% quando ouvimos
  • 30% quando observamos
  • 50% quando vemos e ouvimos
  • 70% quando discutimos com outros
  • 80% quando fazemos
  • 95% quando ensinamos aos outros 

Como se vê, o envolvimento com o que se quer aprender determina o grau de aprendizado, como acontecem nos Seminários de Constelação Familiar, por exemplo. Todos os presentes, mesmo sentados, são mestres do que está acontecendo e, portanto, estão aprendendo. 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte 

#BertHellinger #Williamglasser #teoriadaescolha #familienstellen #constelacaofamiliar #aprendizado #educacaopelosensivel 

 

491) Eclipse Solar Parcial e as Velhas Opiniões Fomadas sobre Tudo

 

Eclipse Solar Parcial 25-10-2022

Mônica Clemente (Manika) 

Para sair das sombras das velhas opiniões formadas sobre tudo, nada melhor do que um Eclipse Solar.  

No dia 25/10/2022 pela manhã, aconteceu um Eclipse Solar parcial com duração de 4 horas. A Lua se colocou entre a Terra e o Sol, bloqueando parcialmente a luz dele, fazendo com que o dia da Islândia, onde ele começou, virasse noite. A sua sombra também passou pela Europa, oeste da Ásia, Nordeste da África e Rússia.  

Para a Astrologia, um Eclipse Solar atualiza temas do passado que precisam ser revistos sob nova perspectiva. Por isso, se você tem repetido, há anos, a mesma história sobre algum tema da sua vida, aproveite um Eclipse Solar para se perguntar: 

Como eu conto para mim o que aconteceu de outra maneira? 

Desta forma, novas compreensões podem surgir além da escuridão criada por uma mesma versão dos fatos. 

O Eclipse Solar também tem uma interpretação para cada Povo Originário. Uma delas diz que a Lua é o irmão mais novo do Sol, por isso, não devem brigar, mesmo que um sombreie o outro em algum momento passageiro. 

Em outras palavras, para alguns povos indígenas, um Eclipse Solar traz uma advertência: não deixe que uma terceira pessoa ou situação (uma sombra) destrua as relações familiares e de irmãos. Mesmo que no início ninguém veja nada com clareza. 

Mônica Clemente (Manika)

@astrofenomenologia

@manika_constelandocomafonte

 #astrologia #astrofenomenologia #manikastrologia #eclipsesolar 

24 de out. de 2022

490) Mentiras no Divã de um Psicanalista

 

Mentiras no Divã de um Psicanalista

Mônica Clemente (Manika)

 

Eu achava que as piores mentiras eram aquelas que contávamos para nós mesmos. Quando uma pessoa diz ao psicanalista: “ele tem problemas com o pai e por isso não consegue ser fiel, mesmo querendo.”

 

E o psicanalista a ajuda perguntando: “você quer namorar um mentiroso?” para fazê-la refletir se está se envolvendo com alguém “tão sincero” que conta todos os problemas com a esposa ao mesmo tempo em que as engana.

 

Eu achava que essa era a pior mentira de todas. Não a mentira do mentiroso, que se faz de sincero para continuar enganando, mas a mentira que contamos para nós mesmos para continuarmos a ser enganados. No entanto, existe uma mentira pior. Aquela com ares de proteção. 

 

Primeiro ela ataca, disfarçadamente, uma pessoa, fazendo com que ela pense que tem um inimigo, seja um pai, uma mãe, um amigo, um povo, um país, um profissional etc. Este inimigo, criado com mentiras que dão medo, tem todos os defeitos do mentiroso projetados nele. Então o criador da mentira diz: “

 

“Fique tranquilo! Eu tenho como proteger você.”

 

Nas alienações parentais, por exemplo, uma mãe ou pai fala mal, sem nenhuma razão, do outro genitor, fazendo as crianças entrarem em pânico. Assim, elas se afastam do genitor transformado em inimigo, buscando proteção naquele que criou o medo.

 

Nas relações abusivas acontece o mesmo. Um dos parceiros ataca a autoestima do outro com mentiras, até a sua vítima acreditar que só ele, o abusador, pode protegê-la do mundo cruel criado por ele.

A mesma armadilha aparece em organizações que funcionam como as milícias ou as máfias. Eles atacam para depois venderem proteção, fazendo suas vítimas acreditarem que existem inimigos dos quais eles são a salvação.

 

Como se livrar desta mentira que faz as pessoas buscarem proteção na mesma fonte que criou seus infortúnios?

 

Aprendendo a pensar. E como se ativa o pensar? Com perguntas do tipo: será que eu quero namorar um mentiroso?

 

Nunca com perguntas do tipo: “por que eu atraí isso?” Essa pergunta culpabiliza a vítima, enquanto a outra dá uma saída:

 

“Não, eu não quero namorar um mentiroso”. Ou “sim, eu assumo os riscos.”

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

Quadro "Mulher Reclinada em um Divã" de Joseph-Désiré Court

 

#mentira #Alienaçãoparental #familienstellen  #psicanalise #autoestima #relacaoabusiva 

 

22 de out. de 2022

489) Quem Quer Acessar os Milagres da Vida?

 


Quem tem mais Sorte?

Mônica Clemente (Manika)

 

Quem tem mais sorte? Quem é esperado pelos pais, desde antes do nascimento ou aquele que é uma surpresa dos milagres da vida? 

 

Quais são os melhores pais e mães? Os que quiseram seus filhos ou os que os receberam? 

 

Qual o sorriso mais precioso? O que nos deram ou o que demos para alguém? 

 

Planejar é sublime, espontaneidade também! 

 

A vida é muito mais criativa do que o que a gente quer dela. Assim como o amor dos nossos pais.

 

Eu posso dizer a mima mesma: “minha mãe não me queria”. Ou dizer uma verdade mais forte ainda: “olha que surpresa mais linda sou eu na vida da minha família.”

 

Eu também posso constatar que “meu pai não desejava o segundo filho. E eu sou o segundo.” 

 

Ou eu acesso a força da vida e digo: “o mundo todo estava aguardando por mim! A prova é que eu nasci!” 

 

Como o Haroldo disse pro Calvin, “não se prende arco-íris em caixinha.”

 

Quem está pronto para ser o milagre de sua própria vida?

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

Youtube Mônica Clemente (Manika)

Contato: manika@manika.com.br

 

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14 de out. de 2022

488) Qual a sua Posição Existencial: Vencedora ou Perdedora?

 

Foto de Gilbert Garcin 

Qual a sua posição existencial, vencedora ou perdedora?

Mônica Clemente (Manika) 

@manika_constelandocomafonte

Segundo Eric Berne existem 3 posições existenciais:  vencedora, perdedora banal e perdedora trágica. 

1.    Posição Vencedora 

Nessa posição, “Eu estou ok, Você está ok” 

Com ela todos são incluídos e capazes de ajudar e ser ajudados. Porque ela reconhece o valor existencial, o potencial e as capacidades de si mesmo e dos outros. É possível ter autoestima para se desenvolver, ou se desenvolver para ter autoestima. 

Aqui, uma pessoa é capaz de escolher e arcar com erros, desafios e oportunidades, assim como formar relações e pedir ajuda, já que reconhece a “OKeidade” no outro. 

Tendem, portanto, a ser mais felizes nas relações de amor porque sabem o que querem e reconhecem o valor do parceiro/a. 

        2.    Posição Perdedora Banal

        Ela se divide em duas posições dentro das quais apenas uma pessoa envolvida numa relação merece respeito, pode ser ajudado e “sabe” ajudar. 

2.1. Nessa posição, “Eu estou ok, você não está ok” 

Aqui se reconhece o próprio potencial, mas não se reconhece a diferença nem o potencial dos outros. Uma pessoa nesta posição se sente só, porque ninguém é bom o suficiente para ser seu amigo ou está em posição de ajudá-la. 

E ela é incapaz de ajudar, mesmo ajudando, porque desconsidera as reais necessidades dos outros. 

Nas relações de amor costuma criticar demais o parceiro/a e a achar os outros ingratos. 

2.2. Nesta posição “Você está ok, eu não estou ok” 

Uma pessoa nessa posição crê que todos são melhores do que ela e que nunca conseguirá o que os outros conseguem. Tende à inveja, porque se compara e sempre perde na comparação. 

O ato de se comparar não ajuda a reconhecer a singularidade, definindo padrões únicos, incapazes de lidar com a diversidade.  

Uma pessoa nesta posição busca ajuda, porque acredita no potencial dos outros, mas desiste rapidamente dela, porque não acredita em si mesmo. 

Nas relações de amor, pode namorar pessoas que acabam casando com outros, porque fez o parceiro/a se sentir Ok e provou que não era ok. 

            3.    Posição Perdedora Trágica 

Nessa posição, “eu não sou ok, você não é ok” 

Aqui, ninguém vale nada ou tem solução, portanto, uma pessoa nessa posição não têm saída porque não acredita que ela nem os outros têm valor para ajudar. Por exemplo, mesmo com sucesso na carreira é incapaz de cobrar pelos seus serviços. Afinal, acredita que o que faz não tem valor e o outro, segundo estas mesmas crenças, é um coitadinho que não pode bancar o que quer. 

Ela tende a desprezar o genitor e os filhos do mesmo sexo, mantendo um sentimento de inferioridade por gerações. 

Nas relações de amor acha que dá pouco, porque não valoriza o que dá. E aceita migalhas como se fossem ouro. 

Há muitas soluções. 

Uma delas é que qualquer pessoa pode repetir para si mesma que a sua posição existencial é 

“Eu estou ok, Você está ok” 

Com o tempo, o inconsciente encontra uma maneira de realizá-la, porque o amor sempre encontra um jeito. 

Mônica Clemente (Manika) 

#ericberne #posiçãoexistencial #analisetransacional #autoestima #vencedor 

 

487) Pesquisas Sobre a Gratidão

 
        Boas relações nascem da gratidão, porque ela é a base da reciprocidade, segundo algumas pesquisas: 

“Para Bonnie e Waal (2004), seria difícil pensar em como a humanidade funcionaria sem reciprocidade. Gouldner (1960) afirmou que o equilíbrio social não poderia existir sem a reciprocidade de serviços. Para Piaget (1965-1973), as trocas sociais devem atingir benefícios recíprocos ou o equilíbrio, a fim de que uma sociedade se conserve.” (Pieta e Freitas, 2009).

        Em outras palavras, a gratidão, ao promover a reciprocidade, garante boas relações de amor, amizade e trabalho. Assim como mantém a coesão do tecido social, sem o qual não há paz. 

        A ingratidão, por outro lado, não reconhece os esforços por trás do que recebeu e, portanto, não sente necessidade de dar nada em troca. Ela não tem consciência do bem, favor ou graça recebida. A não ser para pedir mais.

        Já as pessoas gratas conseguem perceber os esforços de um benfeitor e toda a cadeia de esforços que mantém seu bem viver. Elas entendem que nascer, comer, se vestir, morar, estudar, ter saúde, trabalho e sonhos não são “apenas” mérito delas ou bênção divina, mas frutos de esforços de milhares de pessoas, leis e instituições, muitas vezes criadas com lutas sociais.

         Pessoas que exercitam a gratidão reconhecem todos e tudo que as mantêm vivendo bem, fazendo-as querer fazer parte destas trocas. Seus marcos civilizatórios são inclusivos.

         Por isso, dificilmente, são vítimas de mentiras que as forcem a ser ingratas, a não ser que quem as ajude minta para elas (situações esquizofrenisantes).

        Como se vê, a gratidão e a ingratidão afetam a saúde, também. Um empregador que não reconhece, concretamente, os esforços de seus empregados, ou empregados que não reconhecem, com seus esforços, um bom emprego geram problemas emocionais e financeiros.

         Da mesma forma, parceiros que não reconhecem o que cada um trouxe para a relação fazem doer o coração. Já as relações abusivas começam quando alguém exige tudo de alguém sem a mínima troca.

        Por fim, a gratidão gera autoestima porque ela faz a pessoa se reconhecer também.        

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

#Gratidão #bemestarsocial #ingratidão

7 de out. de 2022

486) A Sala de Estar não é um Lugar para ficar

 


Algumas relações nos deixam eternamente esperando, como quem vira um sofá antigo na sala de estar.  Mas este não é nosso lugar. 

 

 

Tem algumas relações nas quais uma pessoa se sente na sala de estar, eternamente esperando a chance de entrar na sala principal. De vez em quando, a porta se abre e o “dono” do aposento proibido a cumprimenta com carinho.

 

Ela sai correndo da poltrona para se beijarem, se amarem e trocarem confidências no tapete felpudo da salinha. Quando estão prontos para partir, um deles fecha a porta deixando o outro na sala pequenina.

 

Quem espera, fica com aquela sensação de buscar um lugar na prateleira, onde possa se encaixar como uma caixinha à disposição de quem a queira usar. 

 

Não há uma regra geral determinando o sucesso ou desventuras dos encontros de amor, mas quando há um aposento onde uma pessoa fica esperando, para sempre, a hora de entrar na sala principal, talvez seja hora de buscar a porta de saída.

 

Para tanto basta se perguntar: a sala de estar é meu lugar?

 

Se não for, ela deve responder a si mesma: 

 

- Não! O salão principal e, com certeza, a mansão inteira é o meu lugar! Se eu não posso entrar na sala principal é porque essa casa não é minha.


Só então ela não perderá mais um tempo precioso de sua vida com quem pensa ter poder de deixá-la numa caixinha, para estar com alguém tão disponível como ela.

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

#saladeestar #caixinha #Liberdade #relaçãodecasal #darereceber #autoestima #amorproprio #disponibilidade.

 

 

 

485) A Paz Franciscana

 

Dia 4 de outubro é o dia de São Francisco de Assis. Uma de suas frases mais famosas está em sua oração: 

 

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz” Coerente com isso, Francisco de Assisi dizia:

 

“Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final.”

 

Ele não falava somente dos seres não humanos. Ele falava da igualdade de direitos dos seres humanos também, independente da sua classe social, origem, povo e crenças, porque já sabia que a paz dependia disso.

 

Séculos depois, com muitas lutas pela igualdade, Bert Hellinger corrobora com a sabedoria franciscana. Como ele mesmo demonstrou nas Constelações Familiares, as brigas e até as guerras começam quando alguém ou um grupo de pessoas se acha melhor do que as outras.

 

Se analisarmos esta constatação, vemos que ela cria, nas pessoas que se acham melhores, pensamentos e desejo de poder para excluir as demais.  Às vezes, até desejando ou promovendo suas mortes.

 

Por isso, no dia de São Francisco, eu reafirmo para mim mesma  que a igualdade de todos os seres não se opõe à diversidade. Se opõe à qualquer atitude contra a vida de todos e aos cuidados com ela.


Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

#saoframciscodeassis #paz #vida #BertHellinger #diversidade #direitoshumanos

 

583) Quem Nunca Matou um Dragão Por Dia?

  Quem Nunca Matou um Dragão por Dia? Mônica Clemente (Manika)   @manika_constelandocomafonte Por que tanta devoção a um Santo rebaixado...