É sempre uma oportunidade extraordinária fazer os
seminários da Nova Constelação Familiar com o Bert e a Sophie Hellinger quando
eles estão no Brasil ou experimentar este movimento onde todos
juntos somos levados além.
Porém, algumas pessoas me explicam que:
Porém, algumas pessoas me explicam que:
- Deve
ser maravilhoso, mas é difícil constelar com o Bert e a Sophie. Tem muita gente
naqueles seminários, posso não ser escolhido/a. E eu quero a minha constelação, o
meu tema para ser constelado. E por que eu pagaria mais se corro o risco de
"só participar"?
Então eu
respondo:
- Mas quem vai a um encontro de constelação é
constelado,
mesmo que fique o
"tempo todo sentado", como eu fico nos seminários do Hellinger e
de outros consteladores.
É sobre esta NOVA CONSTELAÇÃO,
onde todos constelam, que quero falar: quem
está em um grupo de constelação está constelando (e muito), não
precisa fazer a “sua constelação”.
Todos Juntos!
Quem já participou dos encontros relatam que se sentem
consteladas sem "serem consteladas". Eu
como consteladora e muitas pessoas e colegas da área temos relatos sobre
isso. Vou contar dois episódios emblemáticos sobre esta sensação se
"sermos levados juntos" que aconteceram comigo:
A primeira vez
que fui à Munique no Seminário "Mãe" com Sophie Hellinger – 02/2013
-, fizemos um exercício em duplas. Um representaria a mãe e o outro a si mesmo,
depois trocávamos. Uma moça russa foi o meu par. Nem preciso dizer o amor imenso que sinto pela minha adorada mãe, independente de qualquer vivência. Nossa relação vai além disso tudo e não precisa de intermediários! Mas no seminário eu vi como a minha mãe era a certa
para mim. Uma cura enorme se operou.
Eu não fui
chamada para constelar, apesar de levantar a mão todas as vezes e ficar
emburrada porque não era escolhida, mas constelei neste exercício.
Dois meses
depois, eu estava em Bad Reichenhall, no “ International training camp -
Hellinger Sciencia” com o Bert, a Sophie e toda a equipe que os
acompanha, além dos amigos que fazemos.
Depois de uma
constelação muito impactante, o Bert falou:
- Alguém mais tem
coragem de subir aqui e ver o seu tema comigo?
Todos estávamos
apavorados, então eu e mais umas 4 pessoas dos 350 participantes levantamos o
braço. O dedo dele apontou direto para mim. Subi naquele palco tremendo.
Ele pediu para
que eu fechasse os olhos e falou apenas uma palavra para ser repetida
interiormente para a minha mãe.
Depois daquele
trovão que levou a todos para outra dimensão, ele pediu para que eu me
posicionasse num canto do tablado:
Bert olhava o público - alguns choravam - e pediu:
- Eu preciso de
uma representante mulher para ser a mãe dela.
Ele escolheu uma
das pessoas que se ofereceram. Ela subiu ao palco, se virou para mim. Nos
olhamos. Era a mesma menina russa de dois meses atrás, que ele não sabia quem
era, até porque não estava no outro curso que fizemos.
Só eu e ela
sabíamos como esta "coincidência de amor" nos impactava.
Agora em São Paulo,
dias 8-10 de abril de 2016, quando estávamos no Seminário com eles, eu disse
para o Campo – inteligência que une e permeia a Nova Constelação – “estou com
você”.
Eu escrevo isso
e meus pés começam a torcer de cãibra como aconteceu lá.
Eu não levantei a mão
para ser constelada porque eu resolvi ficar totalmente entregue. Queria
vivenciar o Campo sem expectativas, sem medo e sem intenções e vivenciar como
ele atua sem tentar ficar controlando tudo.
Chegando ao Rio, eu
fui tomar café com uma pessoa de minha família e ela, do nada, me conta algo
que nunca havia falado. Imediatamente eu senti meu coração soltar um bloqueio.
Ela com 80 anos e
vitalidade de 20, diante do que me contou se tocou de outra revelação:
- Que
engraçado, eu nunca tinha visto que meu pai foi um sucesso no trabalho. Que
estranho, como é que eu nunca vi isso? Ele foi um sucesso!
Este parente
direto nunca foi a um Seminário de Constelação, mas fazia uma na minha frente.
A conversa pausou como se olhássemos para a realidade de outra maneira. Um
holograma invisível nos contou a história por outra via. E, naquele espaço sem
tempo, o final de uma ferida que eu ainda tinha desaparecia.
Mas como pode
isso, se o que falávamos eu e este parente “não tinha nada a ver” com esta minha
cicatriz? De repente, estava tudo lá: o sentimento dos nossos ancestrais se revelou
entre eu e a minha ferida.
Como este
sentimento não teve lugar em nosso sistema, ele se colocou onde podia ser
visto. Olhar para e incluir esta situação me liberou de uma projeção ancestral.
(Isto é uma explicação possível, mas não dá conta do que realmente aconteceu.)
Me lembrei
também, depois de dias, do conto que mais me marcou em minha infância, que no
nível arquetípico me dizia exatamente o que aconteceu com um ancestral do meu parente
e como eu estava conectada afetivamente com isso. As "Histórias
Atuam" e por isso, também, criamos os seminários dos contos de fada com as Constelações, chamado HISTÓRIAS QUE ATUAM. Aqui tem um texto sobre esta relação.
Fiquei parada
sentindo.
Se eu tivesse pedido uma constelação – como
tentei em 3 seminários com o Hellinger - para me ajudar a curar esta mágoa,
teria sido tão eficaz? E eu nem saberia o que meu parente me falou, porque só
surgiu depois do último seminário das constelações.
Fui constelada.
E o que ainda estará em movimento?
E o que ainda estará em movimento?
Isso é a Nova
Constelação: todos JUNTOS somos levados a outros níveis da realidade, onde somos
tocados por algo que nos ultrapassa e abre caminhos para dimensões de inclusão
e reconciliação.