Vamos Encorajar os Afetos?
Mônica Clemente
Cinema e Constelação Familiar
Em toda obra “Orgulho e Preconceito”, de Jane
Austen, é mencionado o encorajamento dos afetos para uma relação seguir em
frente.
A começar com o Mr. Darcy que não chama a Elizabeth
Bennett para dançar, porque ela não tinha os predicados que pudessem mobilizá-lo
a tal oferta.
Em dado momento, ele pergunta a ela “se não a
poesia, o que encorajaria a afeição (de uma mulher)?”.
Lizzie, no filme, responde ironicamente: “dançar,
mesmo que o parceiro não seja tão bonito.”
Em outro momento a melhor amiga de Lizzie alerta que
Jane, a bela irmã mais velha de Lizzie, não deixa transparecer os sentimentos e
isso poderia desencorajar o Mr. Bingley, seu pretendente.
Ele se convence mesmo de que Jane não tem afeto por
ele e vai embora.
Darcy, ao tentar declarar seu amor por Lizzie,
menciona o quanto luta com a inferioridade das condições dela. Esta gafe gera
aquela cena “batida de carro” na qual os dois, mesmo sedentos de paixão, se
enchem de repulsa graças às palavras de desencorajamento.
As coisas só chegam ao bom termo quando os afetos
são revelados, abrindo o canal de amor.
Durante “Razão e Sensibilidade”, da mesma autora,
Edward não fala o que sente para Elinor, que em sua discrição não mostra o seu
amor para ele. Só no final confessam o que sentem.
Já Willoughby falava demais e desaponta a Marianne,
irmã de Elinor.
Isto nos leva aquele axioma de que a linguagem do
amor é o beijo. Então o que fazer?
Algumas palavras de encorajamento pavimentam o
caminho do amor. Um “tenho saudades” no meio do nada aquece o
coração.
Já os silêncios do tipo “não preciso falar! Minhas
atitudes dizem tudo”, podem levar ao rancor.
Um canalha, no entanto, pode usar as palavras para
enganar, deixando isso evidente a um ouvido atento.
A traição e o amor sempre deixam pistas no início de
uma conversa, mas isso falamos outro dia.
Hoje ficamos com o encorajamento dos afetos. Obrigada,
de verdade, por sua presença aqui comigo neste blog!!
Mônica Clemente (Manika)
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