30 de jul. de 2020

164) Amores desde o Fim até o Começo



Ilustração Sabrina Gevaerd

A relação de amor que a gente busca tem a ver com quem somos desde o fim até o começo.

Queremos um parceiro/a continente. Aquele/a que dê conta de nossa inteireza como outro adulto tão imenso quanto a gente.

O que vemos, no entanto? Que aquilo que nos “deformou” quando éramos muito bebês até os 7 anos, será repetido como encanto nas relações de casal até recuperarmos quem somos/seremos. 

Se nos pegavam no colo quando chorávamos, possivelmente expressaremos quem somos ao parceiro/a. Mas se toda vez que uma dada emoção era bloqueada porque o pai e a mãe não a aguentava, o que vamos procurar? Alguém que não nos aguente.

Se a criança ficou mais de 3 dias afastada fisicamente da mãe quando era bebê, seus instintos impediram o movimento até ela por uma questão de sobrevivência psíquica (já que a física se sentiu tremendamente ameaçada). O que procuramos na relação de amor? Uma parceira/o indisponível para não tocarmos naquele trauma primeiro. 

Se o pai era o único saudável emocionalmente, mas distante, o que buscamos? Amores impossíveis ou platônicos. Não se namora o pai, mas continuamos buscando ele em cada homem.  

Até nos permitirmos ser aquilo que somos, buscaremos quem nos mantem onde estamos. 

Não adiante mandar carta para os pais dizendo tudo o que erraram. Desabafo é jogar lixo na porta dos outros, sem fazer nossas feridas virarem ouro.  Então adianta perdoá-los? Por eles nos darem a vida, fazer o melhor que podiam e nos criar como humanos e não como geleia? 

O que ajuda é terapia, porque um bom terapeuta sabe usar a sua ferida para a nossa ferida dizer a que veio. Destas fendas resgatamos todas as partes soterradas, com um brilho diferente. 

Se não fossem estes rasgos na alma seríamos normóticos, afinal a Totalidade circula do fruto doce para o fruto amargo para o fruto doce...até o êxtase. Nesta árvore espiralada há outros pássaros querendo namorar. Possivelmente capazes de dar conta do que agora podemos suportar. 

O mapa da nossa estrada circular cheia de ouro, o ouroboros, aparece na primeira infância, a cada beijo, a cada serviço à vida e a cada espanto. 

Como disse Jung, “Tudo vem de muito longe e tudo aponta para o futuro, de coisa alguma podendo afirmar-se com segurança se é somente o fim ou se já é princípio.”




163) Você Gostava do Recreio?




Você gostava do recreio? 

Chegou a levar lancheira para escola? 

1)    Todo dia era uma surpresa dentro da malinha de merenda?

2)    Usava uniforme ou a roupa que queria?

3)    Leu os livros que a profe de português pediu ou catou uma sinopse com um amigo?

4)    Matou aula? Teve ataque de riso na aula de Educação Religiosa para parecer descolado?

5)    Odiava Educação Física ou se destacou como esportista?

6)    Teve algum professor que te marcou, pro bem e pro trauma?

7)    Levou boletim para casa tremendo pelas consequências?

8)    Fez coisas dignas de ir falar com a direção, mas o professor nem deu bola porque sabia que se desse você aprontaria mais? 

O que cada pergunta/resposta acima revela sobre você e suas relações?

1)    Quem fazia seu lanche? Você escolhia? Agradecia?
2)    Quem fez suas roupas ou uniforme? Você escolhia o que usar? Baseado em que?
3)    Descobriu o tipo de literatura que te fascina?
4)    Sabe dizer não?
5)    Aguenta disciplina? O que sabe sobre o seu corpo? 6
6)    Como lidou com os traumas? Reconhece o presente da vida?
7)    Você se sentiu apoiado pelos pais na sua vida ou não? Consegue ver o efeito disso?
8)    Conhece a sua sombra? 

Você gostava de recreio? Te dava a sensação de liberdade ou era um momento de sofrer rejeição?

Tudo isso para dizer que as nossas escolhas são respostas, mas não são livres. A falácia do livre-arbítrio é uma maneira equivocada de lidar com os limites, os mesmos que dão formas às águas, mas não as definem. 

No yoga o que define algo se chama dharma, qualidade intrínseca, que se revela a casa escolha condicionada por milhares de fatores. O dharma humano, por exemplo, é ser feliz. Segundo esta filosofia, todo o “livre-arbítrio” serve a este propósito ou não. Ou você acha que se tornar adulto é ser mais livre ao invés de aprender com todas as relações?


162) O Tempo é Mais do Que Ponteiros





Se tem uma coisa que impaciente sabe e valoriza é o tempo.

Se ele erra ao imaginar que todos têm noção desta imensa oportunidade que nos é dada, o tempo, ele acerta ao entender o valor de algo que nos é desafiado a cada instante: a presença.

O impaciente também erra ao achar que todos têm que andar no ritmo dele e erra ao não deixar claro que o seu maior apreço é o tempo que tem. Um bom impaciente diz logo a que veio. 

Quem conviveu com pessoas que morreram muito jovens e cheias de vida, lembram que elas eram, possivelmente rápidas e muito eficientes, porque sabiam do tempo que tinham e precisavam viver o máximo que podiam. 

Brené Brown agradece às pessoas que assistem suas palestras, reconhecendo o valor daquele investimento de tempo.

Quando cheguei pela primeira vez no meu psicanalista Eugenio Davidovich ele me disse: você tem tempo para perder?

- não!
- Nem eu!

Por isso não faço uso inadequado de WhatsApp, ele não poupa tempo das pessoas igualmente. Ele rouba tempo de alguém para outro não perder seu tempo. 

Também não gasto meu valioso tempo com papo furado, só se me fizer rir. Porque aí é meditação. Riso é trampolim para outras dimensões.

Como usar o tempo?

Na Idade Média usava-se o tempo para se conectar com tudo. Corpo, energia e valores ainda andavam juntos. Não vivemos lá, mas podemos usar o tempo em Uníssono com o que estamos fazendo, com quem somos e com quem nos relacionamos. Isso exige de nós escolhas.

Marte está em Áries e ficará lá até janeiro d de 2021 nos dizendo para valorizar o nosso tempo. E em algum momento vai encontrar Plutão no caminho para dizer que não bastar valorizar o tempo, o coração sofre se a mente está atrás do que não mais faz sentido. 

161) Os Cavaleiros do Apocalipse e nossas Respostas



E se os Cavaleiros do Apocalipse fossem respostas e não o destino?

O primeiro a chegar é o Cavalo Branco com o seu Cavaleiro Coroado portando um arco. Ele é a antiga ou a nova Ordem Mundial com valores e metas correlatas. Ele é um padrão de consciência coletiva que precisa mudar para continuarmos em desenvolvimento. Não sabemos o que virá, mas há quem diga: “mudou o paradigma! vamos nos adaptar”. Adaptar ao que? Ainda não sabemos.

Para uma mudança coletiva todos são levados em consideração. Por isso a cor de sangue do 2  Cavalo, representando  nossa irmandade. Seu Cavaleiro usa uma espada e se chama Guerra. Qual Guerra? A que mata quem aceita a mudança? A que mata quem é contra ela? A guerra contra a nossa estreiteza?

Em “Ideias de Canário”, de Machado de Assis, o sábio passarinho vê o mundo como uma gaiola no meio do seu brechó! Ao mudar de casa, proclama que o mundo é um jardim com um homem, seu secretário, anotando seus pensamentos. Quando foge do cativeiro, filosofa que o mundo é um Céu vasto e azul. O conto para aí, insinuando horizontes além do que conhecemos. 

A espada nos liberta dos grilhões, mas não é o novo mundo. Na incerteza, blefamos: “O mundo não mudou!” Ou “O mundo mudou! Se adapte a isso!” Ao que? Ao velho mundo se mantendo: “O mundo não pode parar!” Ou “As universidades no pós pandemia terão só aulas online! Dane-se os efeitos psicóticos do isolamento.” Quem diz isso? O antigo mundo entrando em guerras que mudarão o que ele evita mudar.

Então chega o Cavalo Preto, a cor do misterioso porvir.  Quem comandará o novo mundo? Aquele que ficar com a balança do Cavaleiro. O que ela pesa? 

Quem pode pagar a pouca comida depois da guerra, tá dentro. Quem não pode, está fora. Portanto, o nome deste cavaleiro é fome: o maior mecanismo de controle social do mundo. Ela mata, silenciosamente, muito mais do que as batalhas sangrentas. Então, o que realmente pesa? 

Finalmente chega o Cavalo pálido. Seu Cavaleiro é a Morte... do que não serve mais para a nossa expansão. O que vemos, porém, são corpos empilhados no meio dos 4 cavaleiros apostando vida ou morte? Paz ou guerra? Máscara ou não?... para preencherem seus vazios com nosso tempo. 


#passatempos
#mudançadeconsciênvia 
#EricBerne 


160) O Príncipe Virou Sapo?





O príncipe virou um sapo? 

Ele/a prometia algo maravilhoso e começou a decepcionar? 

Se lançamos expectativas nele/a, sem enxergá-lo/a, o problema foi nosso: ainda temos que aprender a amar. Se alguma máscara dele/a caiu, o problema é dele/a: ainda tem que aprender a se amar.

Mas se enxergamos direito e ninguém usou máscaras, pode ser que alguém esteja tratando o outro ou a si mesmo com desprezo.

Quando o Príncipe e o Sapo aparecem juntos num Conto de Fada, geralmente é a mulher, no conto, que não reconhece o valor do companheiro, inclusive jogando o Sapo na parede, que então vira um príncipe!

Uma vez que todos nós nascemos príncipes e princesas, por que viramos um sapo? 

Se para você tudo dele/a é maravilhoso e tudo seu é ridículo ou sem valor, quem tornou você um sapo? Não foi ele/a.

Se para ele/a tudo dele/a é maravilhoso e tudo seu é ridículo e sem valor, por que você se sentiu um sapo?

Relações abusivas e relações “Eu estou ok, você não está ok” sempre tentam transformar o/a parceiro/a em sapo. Ficam nestas relações que têm a tendência de ficar na postura “Eu não estou Ok, você está ok”. Qual a saída?

Naquele filme maravilhoso, “A Forma da Água”, de Guilhermo del Toro, ser um anfíbio nunca foi o problema. Tratá-lo mal, sim! Quando a personagem sem voz descobre, finalmente, quem ela é graças ao “sapo” que a tratava bem, os dois se descobrem reis. 

#HistóriasQueAtuam
#TheShapeOfWater
#AFormaDaÁgua
#OPríncipeEoSapo
#RelaçõesQuePodemDarCerto
#EuEstouOkVocêEstáOk
#EricBerne



16 de jul. de 2020

159) A Fé





Era uma vez um porquinho medroso que treinava esgrima com um espadachim.

O mestre dizia: se você tem dentes, mastigue. Se tem unhas, afie e se tem espinhos, agradeça. Na hora da luta, use a inteligência e se for atacado mortalmente morda, arranhe e fure. 

O porquinho preferia morrer a machucar alguém, mesmo que fosse só para se defender. Até que um dia ele viu a vizinha fincar as garras de sua raiva dentro de si mesma, ao invés de colocar um limite na relação abusiva.

Apavorado, ele voltou para caverna e a voz do mestre o perturbou: “você já sabia: medo de morrer não se compara ao medo de machucar alguém.” 

O bichinho tomou coragem, invadiu a casa e lançou seus espinhos na clavícula da vítima! Ela gritou e maldisse: “Como sou azarada! Meu marido me maltrata e o porco-espinho me ataca ao invés de furar ele! Eu nasci para sofrer!”


Ela pegou uma vassoura e foi atrás do espinhudo que corria na direção do agressor. 

- Você não estava com bursite, mulher? 

- Estou!

- Então,  como segura esta vassoura como se fosse uma espada? 

A dor no ombro tinha sumido mesmo e um tremor arrepiou os seus cabelos! Se ela não atacasse o marido, mataria o bicho ou voltaria a ficar com o braço paralisado.

Durante a madrugada agradecia a falta de movimentos. No dia seguinte, endireitou a coluna, pegou a sua bolsa e foi parar num terapeuta, que, entendendo a radicalidade da sua questão, lhe explicou os serviços da delegacia da mulher dizendo: “quem não quer brigar busca a ajuda certa, seja terapia, advogado e até uma delegacia. Os profissionais não vão querer brigar no seu lugar e sim chegar numa solução.” Ela retrucou: “mas eu não posso fazer isso!” E o terapeuta acrescentou: “É um ato de amor não deixar quem a gente ama nos machucar. É um alívio para esta pessoa também.”

Depois de um tempo, confiando na razão e guiança dos seus sentimentos, o maior ato de fé que há, iniciou o processo de separação do companheiro. Não por falta de amor, mas por saber que ali não tinha mais solução. 

Hoje ela faz aula de esgrima com o professor do porco-espinho. A sua 2a lição foi deixar as unhas crescerem para fora. A primeira foi aprender o nome e significado do seu novo mestre: Fé. 
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Quem me ensinou sobre esta Fé que confia nos próprios sentimentos e intuição foi o meu psicanalista Eugenio Davidovich

#Fé #RelaçõesAbusivas #Raiva #Sentimentos #EugenioDavidovich


6 de jul. de 2020

158) Como Funciona o Triângulo Dramático - Parte 2


Como sair do Triângulo Dramático?
Mônica Clemente (Manika)




No texto anterior “Como Funciona o Triângulo Dramático - parte 1" , falamos em como se entra neste jogo doentio, atuando ora como Salvador, Vítima e Perseguidor.

Representamos todos os papéis, sendo 1 ou 2 deles preferidos e de acordo com as nossas fraquezas. Se não suportamos as responsabilidades, podemos atuar na posição da vítima. Se o nosso calcanhar de Aquiles é o medo da aniquilação, tendemos à perseguição. Ou se ainda achamos que podemos mudar o mundo, nos afinamos mais com o papel do Salvador.

A fraqueza do Salvador, então, é se sentir um Deus ou Deusa, evitando a sua realidade. Como o Superman, que evita a kriptonita, pedra que o faz se tornar um mortal, e ter os mesmos problemas de um homem comum. Sua isca é oferecer uma ajuda não pedida ou que não sabe dar.

A Fraqueza do Perseguidor é controlar no lado de fora o caos que sente dentro dele. A sua isca é causar medo e julgar, como a personagem da Meryl Streep Miranda Priestly no filme “O Diabo Veste Prada (2006). ” Em uma das cenas, Miranda não aceita que a sua secretária não consiga um voo no meio de um tufão que fechou os aeroportos.

E a fraqueza da vítima é não se tornar responsável pela sua vida e negar a sua raiva, se fazendo de Dr. Banner que apanha muito antes de virar o Hulk, um maltrapilho excluído e inconsciente do estrago que faz. Sua isca é transformar os outros nos punhais que ela vai enfiar no próprio peito. Além do autoflagelo, tende a distorcer uma boa ajuda em “levei um tapa na cara”, sendo frequentemente mal-agradecida.

O jogo seguirá até que se resolva conquistar a própria fraqueza. Por exemplo, se uma pessoa deixa você louco/a, para de ficar louca com ela (ou de morder as iscas que ela joga) e crie novas respostas ou perguntas baseadas na realidade. Ou seja, deixa a pessoa ser como ele é e conversa com ela normalmente.

Por exemplo: “Obrigada por me alertar sobre o problema. Vou prestar atenção. ”  “Tem razão! Não lavei a louça. ” “Poxa! Quando você me chama de burro (feia, vagabundo...) fico triste! Sou inteligente (responsável...). ” “Me ajuda a entender esta questão? ”  “Lembrei que tenho um compromisso! Depois falamos? ” O que você acha disso? ” A Comunicação não violenta é uma boa estratégia para sair dos jogos psicológicos.

Podemos também evitar os gatilhos com uma piada, não respondendo, ou nos afastando, sem dramas e sem exclusões. Ou até com bloqueios, nos casos difíceis.

Com o tempo, conquistamos a força emocional tão almejada que sustentam as boas relações. A inteligência emocional que a gente tanto queria e ganhou graças aos convites do triângulo dramático, nos mostrando onde estavam as nossas fraquezas.

Mas atenção: os anzóis continuarão lá, como alertas, tentando nos seduzir, tentando nos convencer de que são eles, e não a imensidão, a verdadeira natureza do mar.


Se quiser saber mais sobre esta temática, eu fiz duas gravações para o site do Movimento Sistêmico - Rádio Sistêmica. Sobre o que escrevi acima, só clicar aqui.


#triângulodramático #EricBerne #JogosPsicológicos #triângulodeKarpman #manika #constelandocomafonte


157) Como funciona o Triângulo Dramático - Parte 1


Como somos enredados no Triângulo Dramático?
Mônica Clemente (Manika)



Já se sentiu muito mal depois de responder rispidamente a uma pergunta simples de um dos seus pais, filhos ou cônjuge? E passou o dia ruminando sobre a razão da sua explosão sem encontrar uma explicação?

Se não é hipoglicemia, que deve ser tratada, pode ser que você caiu em um dos vértices do Triângulo Dramático (Salvador, Vítima e Perseguidor). Cada um deles nos enreda num jogo psicológico doentio.

Vamos analisar três situações:

1-    A mãe pergunta: “Que trajeto você vai fazer?”. O filho retruca: “fala logo o que você quer que eu compre no caminho!” Ela: “eu larguei tudo para cuidar de vocês e o que recebo?!”

2-    A mãe chega do trabalho e a casa está decorada com louças sujas, produzidas pelo filho marmanjo maratonando na TV. Ela o xinga de vagabundo para baixo. Na madrugada, chora sozinha.

3-    A filha fala: “Vai comer carne?! Como o colesterol alto e coração fraco que você tem?! ” E o pai, diante da boa comida feita pela esposa diz: “Você enche o saco igual a sua mãe! ” E a filha defende: “Machista! A gente quer te cuidar! ”

Vítima, Perseguidor e Salvador estão todos, ao mesmo tempo, se alternando dentro da gente, como iscas que jogamos e fraquezas que caímos.

No 1º caso, o filho explode porque julga (Perseguidor) a mãe, já pressentindo que ela vai jogar, como sempre, a vítima. Ao se sentir culpado, escolhe nunca sair de casa para cuidar da mãe como um salvador, compensando sua ingratidão forjada no triângulo dramático, o que faz eles sentirem raiva e... Se ele é casado, possivelmente vai convidar sua esposa e filhos a jogar mesmo jogo.

No caso 2, o filho quer uma carícia da mãe ausente, chefe de família. Ela, para voltar a ter controle sobre sua vida caótica, xinga violentamente (Perseguidora) o filho. Logo em seguida acredita que falhou como mãe. O filho tem a atenção que queria, mesmo que seja negativa, perseguindo-a e virando a sua vítima.

O Salvador, caso 3, ofereceu uma ajuda não pedida ou que não sabe dar. Se a pessoa prefere o papel de vítima, aceita a ajuda para depois mostrar que não funcionou e até piorou. Se a sua fraqueza for se tonar um Perseguidor dará um fora como o pai deu, com a filha virando salvadora da mãe, cuja comida criticou (Perseguidora) e vítima do pai, ao colocar o pai contra ela e a mãe na armadilha que criou.

O Triângulo Dramático é um diagrama, elegantemente criado por Joseph Karpman, analista Transacional, para mostrar este rodizio de ações e reações que nos prendem, viciosamente, dentro de um jogo psicológico (Berne: 2007:159). Homofobia, racismo, ataques contra a mulher, criança, velho e pessoas em geral são crimes, geram vítimas reais, portanto não são triângulo dramático.

Clique aqui para acessar a parte 2 deste texto.

Se quiser saber mais sobre esta temática, eu fiz duas gravações para o site do Movimento Sistêmico - Rádio Sistêmica. Sobre o que escrevi acima, só clicar aqui.





#triângulodramático #EricBerne #JogosPsicológicos #triângulodeKarpman #manika #constelandocomafonte 


583) Quem Nunca Matou um Dragão Por Dia?

  Quem Nunca Matou um Dragão por Dia? Mônica Clemente (Manika)   @manika_constelandocomafonte Por que tanta devoção a um Santo rebaixado...