31 de ago. de 2021

344) Sobre a Vitória

 



A garganta da minha criatividade estava debaixo do bumbum enorme de uma raiva tão antiga que eu nem lembrava. Querida! Eu disse para raiva, venha! Venha! Você também é bem-vinda! 

 

E ela me disse algo sobre a minha mãe. Não sobre o que ela fez e me deu raiva, mas sobre a minha decisão de fazer tudo errado com a minha vida para denunciar ao mundo os “erros” dela. 

 

Decidida a nunca mais buscar culpados para o que fiz, arranquei da minha carne o chip da derrota. Ele estava na minha suprarrenal.  Foi assim que a minha tiroide destravou e a minha criatividade voltou.

 

Na linguagem do meu corpo, o chip estava cravado no final das minhas asas. E a tiroide era o túnel do tempo. O assento da consciência, dos 1000 que todos temos.  Foi assim que eu sonhei com o coração da Grande Tecelã batendo junto do meu.

 

Por meses, a energia dela entrelaçada a do meu pai, tecia do corpo dela o meu próprio corpo do invisível. Foi ela quem sentiu raiva e não eu. Raiva do meu pai, por engravidá-la logo depois de ter parido seu primeiro filho. Por levarem o amor deles, de novo, até as últimas consequências.

 

Como tem homens que se enraivecem por uma namorada engravidar. Como se os dois não estivessem lá se conectando com a criatividade pulsante da vida.

 

O que muitas pessoas sabem sobre o sexo se resume ao gozo. E do gozo que buscam tão avidamente, não sabem nada. 

 

E eu ainda fui muito atrás do êxtase e me vi em outras vidas. Meus pais nem estavam lá, mas a raiva e a criatividade sim. Depois fui muito para frente e descobri outros caminhos. Num deles o bumbum grande ainda me sufocava.

 

O que eu faria? Ficaria nele ou ousaria o  desconhecido como a minha mamãe fez ao me ter?

 

Mônica Clemente (Manika)

 

#mãe #pai #filha #filho #tecelã #raiva #vitória #GrandeTecelã #criatividade #tiroide #suprarrenal #5Chakra 

 

30 de ago. de 2021

343) O que significa Krishna e sua função de Taraka Brahma

 


Hoje é o aniversário de Shrii Krsna! Ele é um Taraka Brahma, ou a manifestação da Consciência Cósmica na forma humana. Um mestre que nasce para liberação dos seres humanos quando o dharma, nossa qualidade intrínseca, é distorcido. 

Por isso, seu nome tem alguns significados, que lembram seu propósito. 

1)    “aquele que atrai a todos, independente de sabermos disso ou não" (Sarkar)

Filosoficamente falando, é a atração em direção à nossa essência, que coincide com um centro de onde tudo surgiu.

Mas não é um retorno à origem, porque já “saímos” de lá quando os universos foram nascendo. É a jornada que fazemos até nos tornarmos mais do que infinitos.

Essa atração, então, é irresistível como o som de sua flauta, mesmo que os pés digam que não vão.

2)    O outro significado da palavra Krśńa, segundo P.R.Sarkar, é "núcleo do universo".

Assim Krsna é a atração, mas também o centro atraindo e desenhando o caminho até ele, com todas as suas manifestações. Ou seja, tudo nos leva até ele.

3)   O terceiro significado de Krśńa é "a cor preta" (Sarkar)

Se você já se sentou numa manta preta para meditar, sentiu como é mais fácil entrar em sintonia com a mente cósmica e, conscientemente, seguir a atração que nos levará ao nosso dharma.

Mas “a cor preta” também quer dizer que os seres humanos só sabem que existem porque tem um “pano de fundo”, um núcleo “Eu existo” atuando nesta descoberta da nossa consciência.

Portanto, hoje se comemora o nascimento de Krsna, a força por trás do "eu existo". O nascimento da consciência durante a jornada de autoconhecimento. Cujo maior presente que podemos dar é seguir o nosso dharma, que é a atração dele sobre a gente.

Feliz Janmastamii,
Táraka Brahma Shrii Krsna!

Mônica Clemente (Manika)

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342) Quando eu Comecei a me amar - Kim McMillen

 


Quando eu comecei a me amar

Trechode um poema de Kim McMillen 

 

“Quando comecei a me amar 

compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar e hora certos. Então pude relaxar.

 

Quando comecei a me amar

Percebi que o sofrimento emocional é um sinal de que estou indo contra a minha verdade.

 

Quando eu comecei a me amar

parei de desejar que a minha vida

fosse diferente e comecei a ver

que tudo o que acontece contribui

para o meu crescimento.

 

Quando eu comecei a me amar

comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma coisa

ou alguém que ainda não está preparado - inclusive eu mesma.

 

Quando eu comecei a me amar

comecei a me livrar de tudo

que não fosse saudável: pessoas, tarefas, crenças e - qualquer coisa que

me pusesse pra baixo. Minha razão chamou isso de egoísmo. Mas hoje eu sei que é amor-próprio.

 

Quando eu comecei a me amar

deixei de temer meu tempo livre

e desisti de fazer planos.

Hoje faço o que acho certo

e no meu próprio ritmo.

Como isso é bom!

 

Quando eu comecei a me amar

desisti de querer ter sempre razão,

e com isso errei muito menos.

 

Quando eu comecei a me amar

desisti de ficar revivendo o passado

e de me preocupar com o futuro.

Isso me mantém no presente,

que é onde a vida acontece.

 

Quando eu comecei a me amar

percebi que a minha mente

pode me atormentar e me decepcionar.

Mas quando eu a coloco

a serviço do meu coração,

ela é uma valiosa aliada.”

 

________

 

O poema se chama “When I Loved Myself Enough” 

 

E está no livro “When I Loved Myself Enough: Inspiring words to help you find happiness and joy”  de Kim e Alison McMillen.

 

https://www.amazon.com.br/When-I-Loved-Myself-Enough/dp/0283073373

 

Há quem traduza o título do poema com “quando eu me amei de verdade”. Eu optei traduzir  “quando eu comecei a me amar” porque o amor não precisava de nenhuma condição para atuar, muito menos para ser verdadeiro. Ele não cobra nada. 

 

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22 de ago. de 2021

341) Constelações Folclóricas

 


Destalhe de uma Ilustração de Carlos Rana 

Se você quer realmente se conhecer, é preciso não só conhecer sua história pessoal, dos seus ancestrais e da sua cultura. É preciso também acessar suas raízes no inconsciente coletivo do seu povo, por meio do folclore. 

Por isso, eu acredito em Boitatá, Curupira, Saci, Cuca e todas estas lendas que falam do meu país e dos meus povos. Porque assim eu me descubro também. 

Os Ameríndios, por exemplo, povos originários brasileiros, já sabiam que quando desequilibramos os ciclos da caça na floresta (natureza), os efeitos cairão sobre a gente, como os pés do Curupira que apontam para trás.

Simbolicamente falando dos passos passados que nos levaram ao problema bem a nossa frente.  

A Cuca é um dragão esfomeado, como a cara da mãe terrível, ou o lado fúria da natureza. Na Índia ela se chama Kali.  

Até aqui sabemos que a nossa relação com a natureza é fundamental para entendermos quem somos. Por isso a Amazônia e a diversidade cultural do nosso país é tão importante para nosso povo. 

Já o Saci é um trickster, ou o tropeço que damos em nossos próprios enganos. Aquilo que a gente, como povo, ou individualmente, ainda não aprendeu. 

Este arquétipo ensina a gente a lidar e driblar os abusos dos povos e formas de pensar que querem nos dominar. 

Tem o Boitatá, aquela cobra reluzente, cheia do fogo-fátuo dos corpos em decomposição. Como os eventos que, embora difíceis, nos impedem de sofrer algo mais grave.

E tem a Mula sem Cabeça e o Negrinho do Pastoreio nos lembrando da história de outras mães e pais nossos, que são do povo Ibérico e Africano, e de como um tratou o outro respectivamente, reverberando até hoje nos desafios sociais do nosso país. 

Há outras lendas inesquecíveis que são comemoradas hoje, dia 22 de agosto, o dia do Folclore. O dia do “conhecimento popular”, que é o significado do seu nome, etimologicamente originado da palavra folk (povo) lore (conhecimento). 

O dia das nossas manifestações culturais, que trazem o inconsciente coletivo para o dia a dia, como o maracatu, bumba meu boi, mamulengo, orquestra do cavalo-marinho, o tambor de crioula, entre tantas outras. 

Estes festejos têm um poder especial de invocação das nossas raízes no inconsciente coletivo brasileiro. Porque o Folclore, frequentemente associado a fábulas, lendas ou sagas difundidos pela tradição oral, revela a sabedoria que os nossos ancestrais deixaram para nós, como uma vela acesa na escuridão do esquecimento. 

Qual o seu folclore preferido? O que ele ensina para você? 

Feliz dia do nosso folclore, as nossas histórias mais potentes!  

Mônica Clemente (Manika)

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18 de ago. de 2021

340) Vine: o Desatador de Promessas que Viraram Correntes

 


Algumas explicações de uma essência dos Florais de Bach nos faz acreditar que ela é só para personalidades dominadoras ou tirânicas. Então não a levamos em consideração em fórmulas que nos permitiriam viver um bom relacionamento de amor.

 

Digamos que uma pessoa teve uma relação bem difícil com sua mamãe ou seu papai.  Vou especificar a dificuldade: um, ou os dois, tentaram dominá-la. Com autoritarismo, desprezo ensaiado ou até proteção em demasia, que servia à fome de carícias dos pais e não da criança. 

 

Esta pessoa acabou acreditando que todo vínculo de amor era assim, sufocante, simbiótico, manipulador e aprisionador, se protegendo da dominação com a mesma força contrária. 

 

Uma Inflexibilidade extrema, física e mental, feita com uma promessa de vida inteira: “nunca mais vou depender de ninguém.” Afinal dominação e dependência para ela passaram a ser a mesma coisa.

 

Daí em diante, escolherá alguém para casar que não honre o vínculo criado, se protegendo de outros “assaltos”.  Ou ela mesma fugirá para esquerda se um pretendente vier pela direita.

 

Atenção ao pulo do gato: nos tornamos adultos saudáveis quando aprendemos a depender positivamente de outros adultos, fazendo trocas equilibradas de cuidados.

 

E qual é a 1ª vivência da dependência positiva? A relação com os nossos pais. Sendo que aqui não há equilíbrio nas trocas. Eles sempre dão mais porque nos deram a vida.

 

Some a isso os cuidados que recebemos temperados com dominação. Além do vínculo ficar em carne viva, faremos de tudo para nunca mais tocar nele. 

Nesta hora, Vine, a flor de uma trepadeira dependente de apoio para crescer, pode nos ajudar. Porque ela mesma foi da escravidão ao êxtase, quando dançou com Dioníso o deus da alegria libertadora (não Dionísio, que é um seguidor do deus).

 

O Marido apaixonado e bondoso de Ariadne, anteriormente abandonada por Teseu, que a usou para ter mais poder. Porque as árvores sábias de onde Vine nasceu, são escravizadas por milênios, sem que seu vinho, com o qual o deus libertou as bacantes da tirania, perdesse seu esplendor.

 

Mônica Clemente (Manika)

 

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16 de ago. de 2021

339) Heather - O Floral de Bach que Coloriu o Vazio

 


Heather o Floral de Bach que Coloriu o Vazio

 

Quando um grande vazio se apossa do horizonte, Heather o povoa com as suas cores cintilantes. Não à toa, esta flor “contou” para o Edward Bach o que ela aprendeu sobre si mesma durante a solidão e os anos de escassez emocional.

 

E, assim, ela se tornou o Floral de Bach que nos ajuda a povoar de amor a nossa paisagem interior.

 

Alguns autores da Terapia Floral, então, nos ensinam que a personalidade, ou o estado mental relacionado ao Floral de Bach Heather, deve aprender a olhar e a escutar os outros para sair de sua imensa solidão. 

 

Deve reverter sua desmedida loquacidade, que fala de si mesma para ter certeza da sua existência, ou seu ensimesmamento exacerbado,  em receptividade. 

 

É verdade, o amor começa quando a gente toma a vida que veio da mãe e do pai, sem julgá-los, como disse Hellinger.

 

Mas a pessoa necessitada dos ensinamentos de Heather sobreviveu em um meio familiar onde não a olhavam e a respeitavam de fato, embora tenham lhe dado a vida, o que já é imenso.  Ou até olhavam, com expectativas do que ela deveria ser, mas não de quem ela era.

 

A pessoa neste estado emocional não aprendeu a se ver e a se valorizar. Não sabe receber carícias positivas, ou só sabe receber e pedir carícias negativas, ficando faminta física e emocionalmente.

 

E, sem alimento emocional, acaba se tornando voraz por comida e reconhecimento, como quem pergunta para o vazio: 

 

 - Eu existo? Eu existo?

 

Por isso, este floral também é indicado para  nos auxiliar a escolher o que realmente nos nutre, seja na horta ou no relacionamento.

 

Antes, porém, de se tornar receptiva ao seu rico mundo interior e aos outros, esta “personalidade” precisa (des) cobrir a si mesma, cantando, por exemplo, um mantra de amor:

 

O seu nome inteiro, como quem toma o bebê mais lindo do mundo em seu colo generoso. 

 

Esta pessoa precisa parar de dever para si mesma quem ela é, e parar de se abandonar, como fizeram com ela na mais tenra infância e adolescência. Foi assim que Heather aprendeu a colorir as montanhas com a sua presença, atraindo para si a companhia das abelhas.

 

Mônica Clemente (Manika)

 

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583) Quem Nunca Matou um Dragão Por Dia?

  Quem Nunca Matou um Dragão por Dia? Mônica Clemente (Manika)   @manika_constelandocomafonte Por que tanta devoção a um Santo rebaixado...