27 de fev. de 2021

263) O Que as Moiras Ensinam Sobre o Tempo

 

Ilustração do fantástico Artista  Frank Howell

A moeda mais cara do universo é o tempo. O seu tempo de vida, expressão da sua existência.  

Por isso, como diz o Hellinger, não importa se um ser viveu 1 dia e outro 100 anos. O valor existencial deles é sempre o mesmo: refletir o infinito na janela que se abriu. 

Por que, então, esquecemos de um se eles têm o mesmo valor?  

Porque doeu muito não ter tido mais tempo com quem ficou pouco. Essa dor é a base de todo esquecimento. Já imaginou reencarnar lembrando de todos os vínculos perdidos da outra vida? 

Portanto, o tempo se mistura com os fios da sua vida, trazendo à tona a singularidade da sua existência. Como já diziam os gregos: as Moiras (tecelãs dos fios da vida) têm em suas mãos os desígnios de Cronos (deus do tempo).  

Se queremos saber o grau dos nossos interesses e desinteresses, só observar como tecemos o tempo em dadas situações. 

Assim aprendemos quanto tempo dar a cada setor da vida, quanto tempo leva para criar relações e trabalhos significativos. E que basta um segundo, ou um ato leviano, para tudo acabar. 

Por exemplo: quando começamos a justificar atrasos e faltas, é hora de nos perguntarmos se o compromisso assumido realmente nos interessa. 

Porque não faz o menor sentido ficar falando o quanto nos sacrificamos para estar num compromisso. Ou nossos esforços são melhores dos que estão lá nos esperando? 

Também não faz nenhum sentido dar desculpas do porquê não cumprimos com o combinado. Neste caso, se justificar é forçar o outro a usar o fio da vida dele com o que não queremos fazer. 

Então, quando uma pessoa falta com seus combinados e fica se justificando pelas mesmas coisas que não impediram os outros a levarem adiante o acordo feito, é hora de avaliar se investiremos nesta relação. 

Talvez uma conversa realinhe os parceiros. Mas pode ser que as Moiras cortem o fio dizendo: 

- Saia daí! E não gaste mais nenhum segundo se explicando do porquê saiu.  

Os tecelões sabem que tapetes ficam prontos com linhas e não com justificativas. 

#Tempo #Energia #Vida #Tecelãs #RelaçõesPessoais #Mitologia #Moiras #Cronos #RelaçõesDeTrabalho  

 

262) Sem Criar Espaços Não Fazemos Mudanças

 

Já tentou se virar num corredor no qual você só cabe de lado? Ou seguir em frente num ônibus abarrotado? Pois, é! Sem espaço interior não conseguimos fazer mudanças.

Por isso, toda a vez que quisermos nos transformar, será necessário criar espaço para vermos por todos os lados e ter novas perspectivas. E, principalmente, para encaixar uma nova potencialidade, imagem, pessoa ou situação que antes não cabia.  (Mesmo que o espaço seja criado para colocar um limite). 

Por exemplo: Você está na sua Constelação Familiar e surge uma pessoa que você nunca viu. Pode ser o noivo da avó, abandonada por ela. Ou um irmão falecido, antes mesmo de nascer, filho do primeiro relacionamento do seu pai.  Antes de conseguir vê-los, abrimos espaço para o eles.  

Como? 

O constelador assume a postura fenomenológica, na qual se distancia para ter uma visão mais ampla e criar espaços para o novo passo.  Então, todos os que estão no grupo seguem os movimentos dos representantes, como cegos num mundo a ser descoberto. 

O amor cego, que não vê uma pessoa ou situação, e que nos faz repetir o mesmo destino dela, olha para o vazio, como se lá tivesse alguém. E tem! Colocamos um representante naquele espaço e deixamos o movimento seguir. 

Muitas vezes, diante destas revelações nós nos dizemos: “mas eu nem conheci a minha avó. Ou “não me relacionei muito com a família do meu pai. Não sei como isso pode me influenciar.” Ou “Foi só sexo. Meu pai nem amou esta mulher.” 

Estes pensamentos revelam que ainda não nos abrimos o suficiente para incluir o que não sabemos, mesmo que atue em nosso destino nos bloqueando.

 Que não temos lugar para o que pede para ser visto e incluído por meio dos sintomas físicos, psíquicos, dificuldades de relacionamentos, alguns tipos de depressão (etc.) que nos levaram a procurar uma Constelação Familiar.

 Sabe como descobrimos se temos horizontes ou não para mudar? Observando quanto tempo, dinheiro (energia) e esforço estamos dispostos a investir em nós mesmos.

 #Fenomenologia #Familienstellen #Éter

#ConstelaçãoFamiliar #Transformação #Espaçoparamudar

--


261) Yoga Não Nos Tornam Mansos

 


22 de fev. de 2021

260) Pontos de Viradas nos Scripts da Vida

 


O turning point ou ponto de virada é aquela parte dos roteiros (e da vida) na qual não podemos mais voltar ao modo de vida anterior. 

 

Pode ter sido um evento que se abateu sobre o protagonista, sem que ele tenha qualquer participação anterior nos eventos que o encontraram, mas deste ponto em diante, tem! 

 

Ou é a consequência dos seus atos, e até a escolha de ir para Toscana deixando um marido infiel nas suas mesmices, para tentar refazer sua vida.

 

Daquele ponto em diante, o protagonista vai se transformar graças a luta, em vão, de tentar voltar ao estado anterior. O que na verdade o levará à outra forma de estar no mundo.

 

A um novo estado de ser, porque tudo o que ele não sabia sobre si mesmo será forçado a ajudá-lo! 

 

Aí chega o segundo turning point. Nesta virada, ele/a já conseguiu vislumbrar o que ganhou por conta da perda, mas terá que fazer uma escolha.

 

Por exemplo, um pintor fica daltônico depois de um acidente, como conta Oliver Sacks em seu livro “Um antropólogo em Marte”. Este é o 1o ponto de virada do pintor. 

 

Até ele descobrir uma nova forma de pintar com tonalidades de preto e branco (2º turning poitnt), houve luta, desespero, perda da fé e vontade de se matar.

 

Mas o êxtase do descobrimento de uma nova fase como artista, o fez ver o que aconteceu sob outra perspectiva.

 

Ele agora vai decidir se bancará a nova vida que conquistou, depois de tanto esforço, ou se continuará se lamentando.

Telma e Louise decidiram nunca mais voltar para uma vida na qual não podiam ser elas mesmas e nem contar com os homens. Mesmo que seguir para o novo destino as levassem para o abismo.

 

O 1º  turning point que enfrentamos, portanto, é o nascimento. Daí vem as viradas “naturais” - adolescer, se tornar adulto, casar, envelhecer etc. - e os que as relações e a vida trazem.

 

Para cada turning point há histórias, mitos e contos de fada ensinando como lidar com suas passagens e desafios.

 

Toda vez que um conto de fada, livro, filme ou letra de música não sai do nosso coração,  pode estar dando alguma pista.

 

@conexoessutis

@historiasqueatuam

@manika_constelandocomafonte

 

#MitologiaeConstelaçãoFamiliar #scripts #turnpointwithnoreturn #turnpoint #pontodevirada #JornadaDoHeroi #JosephCampbell

 

18 de fev. de 2021

259) Qual o seu Ikgai, sua Razão de Viver ?

 


Qual a força motriz do seu viver?

Mônica Clemente (Manika)

Segundo os japoneses, a busca profunda pelo o que chamamos de Si Mesmo nos alinha com o nosso Propósito ou IKIGAI ( ).
Este conceito significa "a razão de ser" - Iki (viver) Gai (razão) - sendo aplicado rotineiramente em várias esferas da nossa vida.

Sua residência, então, está no que tem sentido para você: o sorriso do neto. A comida que acabou de fazer. O limoeiro do vovô...

... o infinito condensado na singeleza do momento, sem necessariamente significar sucesso profissional.

Ikigai, inclusive, tem sido objeto de pesquisas sobre saúde e longevidade, como prova a longa vida dos japoneses. Ou sobre os sintomas de quem ainda não encontrou o seu IKGAI.

Segundo a investigação de RMCholewa, foi o psicólogo espanhol Andrés Zuzunaga que criou o gráfico que ilustra este post, mas sem o Ikgai no centro. Nem as setas.

Este diagrama foi usado por Borja Vilaseca, em um livro, e depois pelo empreendedor Marc Winn para refletir sobre o Ikigai.

O diagrama de Winn com o de Zuzunaga, então, é uma mandala com dimensões da nossa existência formando grandes pétalas em movimento.

E frustrações, nas pequenas pétalas, quando alguma dimensão não é contemplada.

A gente não precisa desta fórmula para chegar ao nosso Ikgai, mas uma boa contemplada nela pode nos ajudar.

Por exemplo: Aquilo que amamos quando se encontra com o que o mundo precisa, manifesta-se como missão.

Se esta dimensão do mundo se une com o que podemos ser pagos, encontramos a nossa vocação.

Como Hellinger observou nas Constelações de Trabalho, vocação é um emaranhamento. Ou seja, está à serviço do mundo* (família, grupo e época), às vezes como felicidade, às vezes como sofrimento.

Quando o que podemos ser pagos se une com o que sabemos fazer, temos uma profissão.

E se o que somos bons se une ao que amamos, nos apaixonamos pelo o que fazemos.

Todos estes encontros são a razão de ser de cada um em seu trabalho. Ou suas frustrações (setas) quando falta algo. “Só” deixar o diagrama falar com você.

Mas lembre-se, o Ikigai é mais simples, embora nos pegue em cheio.


#Ikigai #Propósito #RazãoDeViver #AndresZuzunaga #MarcWinn #BorjaVilaseca

 

16 de fev. de 2021

258) Como Semear Felicidade na Tela Mental

 


Existe lugares, em nossa tela mental, onde estão as memórias de sucesso. E outros com tatuagens de dor.  

Há ainda paisagens interiores que não conhecemos, embora sejam cheias de potenciais. E zonas nas quais repetimos as mesmas histórias e experiências difíceis, sem achar uma saída. 

Como semear imagens de felicidades nestas regiões da mente?  

Vamos começar com um exercício da Muriel James:

 

1.    Naquele círculo acima (expandido para 12 áreas da nossa vida, de acordo com a astrologia) coloque 2 (+) nas áreas nas quais você se sente em plenitude.

 

2.    Coloque 1 (+) nas áreas que estão em crescimento satisfatório.

 

3.    Coloque 1 (-) nas áreas que precisam de mais atenção.

 

4.    E 2 (-) nas áreas que, por qualquer motivo, você desistiu de cuidar.

 

Agora vem um exercício da PNL. 

 

1.    Localize em sua tela mental, que pode ser um painel celeste imenso envolvendo você por todos os lados, o lugar no qual está sua memória daquelas áreas de sua vida que estão com 1 ou 2 sinais de menos.

 

2.    Procure em sua tela mental, em qual região estão as áreas de sucesso daqueles assuntos insatisfatórios. 

 

3.    Lembre-se: talvez você nunca tenha estado naquela região interior. Então desbrave-a com amor.

 

4.    Lá, você cria uma imagem de sucesso, bem colorida sobre a questão que busca uma solução. E puxa aquela “memória insatisfeita” para este novo lugar, que imediatamente será transformada na nova imagem auspiciosa.

 

5.    Faça isso com todos os assuntos que pedem sua atenção.

 

6.    Deixe a nova imagem colorida atuar enquanto você cria novas frases e permissões, e repita para si. Uma vez, com sinceridade e amor.

 

Por exemplo: “eu agora me permito criar uma boa relação com ...”  ou “Agora me autorizo a completar o que começo” ou... 

Evite frases contra a natureza. Por exemplo: “me permito fazer regime”. Regime é um tipo de colonização violenta da mente, por isso não funciona. Opte por: “agora me permito sentir os meus instintos”. Eles são aliados da vida, fazendo você buscar a orientação certa para comer bem. 

Faz esta visualização e frases de permissão 1 X por dia, até suas ações começarem a semear na vida exterior aquelas imagens interiores positivas. 

Em meus atendimentos de Revolução Solar Anuais eu indico uma outra visualização, que chamei de “Mandala Astrológica Anual”.  Uma ótima complementação para a visualização acima. 

Basta colocar sua foto no centro de uma mandala. Colar imagens que representem o que quer para você, naquelas áreas que destaquei no desenho deste post – sem deixar nenhum espaço entre todas as figuras coladas. 

E meditar com ela no dia e hora do seu aniversário anual. Que varia de mapa para mapa.

Todas estas visualizações ajudam a focar a mente no que importa e não deixa-la rodando mandatos inconscientes que já não servem para a pessoa. 

A melhor visualização de todas, no entanto, é a meditação. Porque com ela nosso foco mental só quer uma coisa, se unir ao Infinito que somos. 

#Script #MurielJames #ImagensQueCuram #TelaMental #Meditação #PNL Astrologia #AstrologiacomManika #Mandalas

 

257) Dia dos Namorados desde Eros e Psiquê

 


Dia 14 de fevereiro é o Dia dos Namorados em alguns países do mundo, por conta das festas em homenagem ao Deus Romano Lupercus, durante os séculos VI a.C.  até II d.C.

Lupercus corresponde ao deus grego Pã, que disse para Psiquê, no auge de seu desespero, continuar a lutar para reconquistar Eros (sua capacidade de amar).

Até esta fase do mito de Eros e Psiquê, eles ainda viviam o amor à primeira vista, que é se apaixonar. Que é ser tocada/o pela dimensão divina, colocando em cheque as alianças invisíveis, e não mais necessárias, com os nossos pai ou mãe.

Namorar um deus, ou as nossas aspirações de quem somos de verdade, é necessário para mudar a Ordem Mundial do nosso mundo pessoal. Nos tocamos, pela primeira vez, que podemos formar outra família, que podemos ser a nossa vida. Por isso que dá medo, raiva, brigas e insegurança. Mas se estamos vivos, é porque o encontro de amor por milênios encontrou um caminho além dos medos.

Sem este contato divino (apaixonar-se), dificilmente abriríamos espaço para as grandes transformações. Os laços simbióticos com os pais não deixariam. Se apaixonar, então, é a mão divina nos debulhando e dizendo:

É por aqui. Agora você vai devorar um pedaço da minha transcendência. Para isso, não darei o objeto do seu amor, que partirá, até você cair em você mesma/o.

De que adiantaria Eu no Céu e você na Terra, se somos Um? Na verdade, quando você caiu de amor, era eu em queda até o seu coração.

Só depois disso conseguiremos amar numa relação terrena, ultrapassando nossos mais desconcertantes abismos, aqueles que outrora engoliram tantas oportunidades de felicidades.

O caminho espiritual tem destas coisas, preencher os espaços que ele mesmo cria, fazendo a gente perder o que impedia o contentamento, para ganhar o verdadeiro.

Enamorar-se é ser amparado pelos braços do amor. É somar-se, como diz o “en” no enamorado. Que significa chegar mais perto, ir para dentro (in), virar o próprio amor.

En-amor-ar - se é se colocar na frequência dos que amam. Ser ainda mais felizes porque agora têm espaço para o outro.



#Eros #Psiquê #Paixão #Amor #RobertAJohnson #CaminhoEspiritual #êxtasedivino #ValentineDay
#DiaDosNamorados

583) Quem Nunca Matou um Dragão Por Dia?

  Quem Nunca Matou um Dragão por Dia? Mônica Clemente (Manika)   @manika_constelandocomafonte Por que tanta devoção a um Santo rebaixado...