10 de jul. de 2021

321) Dinâmicas Familiares por trás do Uso dos Óculos

 


Dinâmicas Familiares por trás do Uso dos Óculos

 

Há alguns anos, Bert Hellinger falou sobre algumas dinâmicas com a nossa mamãe envolvendo o uso dos óculos. Ele não estava falando, especificamente, sobre os diversos problemas oftalmológicos, mas de como somos guiados pelo olhar da mãe ao colocarmos os óculos.

 

Ou como corrigimos os nossos olhos desfocados, exatamente no ponto onde a perdemos. Exatamente onde temos que “voltar” para solucionar um movimento interrompido.

 

No primeiro caso, estamos olhando o mundo pela lente (valores, dores, emaranhamentos e histórias) dela, sem reconhecer a nossa própria maneira de ver o mundo, o pai, as nossas dores e sentimentos. Ao invés de fazermos alguns exercícios de correção com os olhos, nos “acomodamos” naquela maneira de ver.

 

No segundo caso, é quando temos algum movimento interrompido (trauma) em relação a ela. Como a sua morte precoce, desmame antes do tempo, falta de amamentação. Afastamento da mãe na infância por doenças, adoção e outras dinâmicas que ainda buscam alguma solução. 

 

Nem todos que passaram por estas provas de vida (e todos nós as temos), terão problemas com os olhos, mas o contrário tem mostrado a sua relevância para compreensão dos problemas de visão.

 

O médico Rudijer Dahlke, em seus livros sobre o significado da doença, observa os problemas dos olhos como movimentos que devem ser seguidos, para saber o que revelam. De certa forma, ele também está dizendo que o uso do óculos, como único recurso, interrompe o movimento sanador. 

 

Por exemplo, ele diz para a pessoa com astigmatismo olhar de forma diferente para o mundo, assumindo seu jeito de enxergar, para daí tirar as suas conclusões e reflexões sobre a sua vida. Talvez uma criança rebelde, dentro da gente, tentando se libertar de uma mãe autoritária que impunha sua visão de mundo? Ou uma dor tão avassaladora que a gente não quer mais ver?

 

Sobre a Miopia, Dahlke fala da estreiteza do olhar, negando a realidade. O que pode uma criança, quando a mãe está indisponível, se não se agarrar numa idealização?

 

Na verdade, Dahlke usa este esquema de seguir o caminho dos sintomas para quase todas as doenças. Para as Constelações Familiares é assim também: a doença guarda o caminho de amor perdido em alguma situação atual ou ancestral.

 

Então, sempre pedimos para os representantes e constelandos tirarem seus óculos quando estão numa Constelação.  Assim eles começam a ver com os seus olhos, sem correções, até onde puderam caminhar. Até onde pararam e aguardam uma solução.

 

Podemos também encontrar medo, raiva e outros sentimentos onde não conseguimos mais enxergar, mas estarão no lugar certo e não mais sentados no nosso nariz.

 

Mônica Clemente (Manika)

__________

 

PS: Este texto não é para criarmos mais um problema com as pessoas que mais temos que agradecer, a nossa mãe e pai. É para ampliarmos nossa visão.

 

Na foto, o artista africano usa óculos re-feitos de materiais achados do lixo de Nairobi. Transformando-os, para incentivar reflexões ambientais, políticas e sociais (Reflexões - capacidade de ver e pensar a realidade por si mesmo). 

 

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