A Mulher e a Constelação Familiar
Mônica Clemente (Manika)
Se a gente pesquisar “sinônimo de mulher” no Google vai
encontrar: “esposa, cônjuge, consorte, patroa, dama (…)”, palavras equivalentes
ao uso da palavra como: “Quero lhe apresentar minha mulher”
No inglês, por exemplo, woman (mulher) e wife
(esposa) se referem ao inglês antigo wifman. A ideia de estar a
serviço do homem, conjugando wif, para mulher, e man, em relação a ser humano,
que permanece intacto para especificar o sujeito universal.
Então, o termo Mulher pode ser sinônimo de esposa, mas “faltam”
os equivalentes que se referem a um SUJEITO capaz de ter subjetividade; um
Indivíduo; uma pessoa que se sente feminina; uma humana.
Quando pesquisamos “sinônimo de homem”, não vem o sinônimo, mas
sim o significado: “(…) pessoa, indivíduo, SUJEITO, ser, criatura, gente
(…).
Aqui, os termos equivalentes se referem à própria ideia de
sujeito e ser humano. Isto porque a palavra homem deriva do termo latim,
“hominem”, que vem de “humus” - solo, barro ou terra, de onde “viemos”.
Bem, as mulheres vieram da costela de Adão que foi feito de
barro (humus) e não de uma mãe, segundo a Bíblia.
Ou seja, não há sinônimo para homem, e sim uma definição do que
é sujeito e de onde podemos estudar a subjetividade da raça humana. E qual a
disciplina que tem como objeto de estudo o sujeito e as subjetividades? A
psicologia.
Aí, começaram a difamar a Constelação Familiar, dizendo que ela
é machista porque define mulher como mãe. Mentira!
“Estudamos” a mãe como uma das experiências SUBJETIVAs
vividas por SUJEITOS do sexo feminino, na relação com os filhos. Uma das
diversas formas da manifestação da subjetividade feminina. Mas entendem
que fazemos uma redução da mulher ao papel de mãe.
Quem realmente reduz a mulher à esposa e mãe, além do google? Aqueles
que escutam a palavra mãe e imediatamente a associam a única definição de
mulher, projetando esta compreensão na Constelação Familiar.
Ora, historicamente, sujeito (logo, ter subjetividade), é que
tem relação direta com a palavra HOMEM, e seus representantes, e não com a
palavra mulher e suas representantes. Muito menos com a palavra mãe. Então, não foi a
Constelação que criou o machismo estrutural, muito menos navega sobre ele em busca de suas compreensões.
Se tem uma abordagem que trata a mulher como sujeito em suas diversas subjetividades, inclusive no papel de mãe, devemos atacar esta abordagem?
Quem sairá perdendo nesta briga?
As mulheres, novamente.
Mônica Clemente (Manika)
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