9 de ago. de 2020

167) A Mão do Pai

 

09 de Agosto de 2020 – Dia dos Pais

Obrigada, Papai!

 

Em 2015 o Hellinger nos conduziu para lembranças de uma situação ainda não resolvida, como se estivéssemos num quarto escuro sem saída, sozinhos e desamparados.

Para quem não sabe, sentir que não contamos com ninguém é a base do desespero e da síndrome de pânico. 

Então o Hellinger disse para estendermos os braços na imaginação e chamarmos o nosso pai. A mão do meu pai agarrou a minha e me tirou de lá, dissolvendo a sensação de aprisionamento e desamparo.

O mestre completou a visualização guiada mais ou menos assim: o pai nos tira de toda a escuridão. Com ele ganhamos o mundo. 

Era um Seminário sobre o Pai no qual vivenciamos o que já estava disponível desde o dia em que nascemos. E este é o detalhe desapercebido: estender a mão e chamar o nosso pai é um movimento de alma. Se o fizermos, a mão dele sempre virá, mesmo que ele mesmo nunca tenha feito isso.

É uma senha de corpo inteiro, que tem a ver com esta postagem,  que abre as portas interiores, independente dele ter dado ou não o apoio necessário.

Esta atitude não tira a responsabilidade paterna ou ameniza a sua ausência, mas revela outro movimento: existe o andar do pai para o/a filho e existe o nosso andar na direção dele.

É que para amadurecer temos que construir o caminho até o pai. Uma estrada só nossa, que não tem nada a ver com qualquer outra trilha até ele como marido, filho dos pais dele, irmão ou pai de outro filho.

Enquanto não criamos esta avenida, ficamos sem saída. E se o orgulho não permitir, pode ser que os megafones da alma gritem sintomas de depressão, vícios, rebeldia...

Quando ousamos esta jornada, o pai que a gente achava que não tava nem aí pode se revelar o pai que a gente sempre quis. Não porque atendeu às expectativas, mas porque dissemos sim. Pode ser que ele seja até melhor, ou permaneça ausente, difícil ou impossível de conviver. O caminho, no entanto, é nosso e nem mesmo ele pode nos tirar isso.

Sempre é dia dele, que me deu a vida e muito mais. Eu fiz esta jornada de amor. Muito obrigada por ter me iniciado no mundo com um dos mantras da vida: papai! O outro mantra é mamãe!

Felicidades aos pais que despertaram e despertarão para a sua imensa importância na vida da gente! 

 

Outros textos publicados neste Blog sobre o pai:

Carta ao Pai de Bert Hellinger

Um Pássaro Voa com Duas Asas

Quando o Pai fere o Feminino da Filha

O Pai e o Mundo 

Como o Pai Atuam em Nossa vida?

Animus e a Relação da Mulher com os Homens

Como Transformar Padrões de Destruições de Relações

O que Ganhamos com a Constelação Familiar?


 

 

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