Simbologia Carnavalesca
Mônica Clemente (Manika)
@constelacao_mitologica
@manika_constelandocomafonte
Os festejos carnavalescos nos colocam na pele um do outro, como aqueles ritos de passagem de uma vida para outra.
A moça trabalhadora é a rainha da bateria. O homem grandão veste sainha de mocinha. E a menina rica é um dos garis desfilando na avenida.
Fronteiras são rompidas mostrando o teatro das vidas ao som da bateria. Um portal do tempo, feito por xamãs e feiticeiros, fantasiado de instrumento musical.
A festa da carne também tem uma função psicológica. A de nos confrontar com a finitude da carne e sua potência regenerativa.
As procissões das escolas de Samba que o digam! Por quatro dias florescem seus enredos de heróis e heroínas, do dia a dia virando mitologias para tudo acabar em cinzas.
Ahhh, ciclos da vida… por que nos apegamos ao que não fica?
Fora as homenagens aos excluídos, representados nos blocos e músicas, que precisam ser cumpridas nas ações mais simples de todo o dia.
Então, nestes dias de folia coletiva, se coloca o bloco na rua dos monstros, gigantes, ancestrais e deuses para ressaltar, com o contraste, o nosso singelo parentesco de sangue com todos os que um dia estiveram aqui fazendo sua jornada mítica e humana.
Com todos os que estão ao nosso lado, ou até em nós mesmos, como reis e rainhas e a gente não vê, não dá um lugar e não escuta.
E com aqueles que um dia virão botar para ferver, quando não estivermos mais aqui com as nossas fantasias.
Viva a folia!
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Na foto a Rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos (maravilhosa), reverencia sua ancestralidade com fantasia em homenagem Iansã.
Mônica Clemente (Manika)
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