Introvertidos e Extrovertidos
Segundo Jung, há 2 movimentos de
acesso à realidade em todos nós, sendo que um predomina e o outro é auxiliar.
Numa pessoa introvertida, o mundo
interno predomina, mas isso não faz dela tímida, antissocial, séria e complexa,
embora possa ser tudo isso também. Ela, inclusive, pode ser comunicativa e
engraçada quando lhe convém.
Uma pessoa extrovertida tem o mundo
externo como predominante, e isso não quer dizer que ela seja espalhafatosa,
superficial, prática e racionalista. Ela pode ser tudo isso e profunda,
hipersensível e calada também.
A diferença básica, então, é em
qual dos mundos, interno ou externo, nos sentimos mais em casa. E como
acessamos a vida: de forma objetiva ou subjetiva.
O introvertido, portanto, se cansa
mais no contato com as pessoas, porque ele tem que processar suas experiências
com a sua realidade interna.
O extrovertido se cansa da solidão
ou da falta de estímulo, porque o mundo em sua volta é o que aprofunda a sua
alma.
Quando o introvertido está bem
equilibrado, ele usa sua 2a função, que é extrovertida. Assim, tem boa relação
com o mundo e as pessoas. Isso não quer dizer que ele não tenha que voltar para
a concha para se recarregar.
Quando o extrovertido está bem, ele
se retira um pouco do mundo, se recuperando no silêncio do seu sábio coração.
Isso não quer dizer que ele não vai
voltar para o mundo de fora para recarregar a sua energia.
Na relação um com o outro, um
introvertido tem muito o que aprender com o extrovertido e vice-versa, mas não
podem se tornar diferentes do que são.
Por isso, se exigirmos a presença
constante do introvertido, achando que isso é a prova de amizade ou amor dele,
ele vai fugir da gente.
Se exigirmos horas de papo cabeça,
num local fechado, e só encontros a 2, com um extrovertido, como se isso fosse
a prova de que ele gosta da sua companhia, ele vai fugir da gente também.
Não porque não nos amem, mas porque
eles têm que ser fieis ao modus operandi de suas funções cognitivas. Da mesma maneira, se
a gente não se respeitar, vamos pifar.
Mônica Clemente (Manika)
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