O arquétipo da Louca está espalhado
por aí...
....em contos de fada, filmes, na
nossa vida, nos homens, nas mulheres e até em latas de chá vazia. A Louca pode ser a
rainha gelada, que se desconectou dos sentimentos para chegar ao topo.
Ou é aquela, com olhos de dragão, queimando
qualquer tentativa de emancipação.
Tem a Santa, que não desenvolveu
seus dons mediúnicos, criando um oceano viscoso de culpa disfarçado de
abnegação.
E tem a Louca do Vazio. Ninguém se aproxima dela
sem cair fora de si mesmo, atrás de uma carícia que nunca vem.
O arquétipo da louca, não importa o
tipo, chega para nós como uma poderosa energia psicológica e emocional que quer
ser desenvolvida há gerações.
Ou como uma força destrutiva, se a
reprimimos ou a ignoramos. Linda S. Leonard escreveu sobre
esta força criativa em seu livro “E a louca tinha razão”, título desta postagem.
Adivinha onde o arquétipo da louca em nós é
projetado?
Na nossa mãe.
Enquanto alguns brigam com esta
potência, projetando-a em sua mãe, que pode também ter uma Louca em si mesma,
outros a tomam até a borra, incorporando e agradecendo o poder adquirido:
Da santa para integração do seu dom
de cura, da raiva do dragão para a ação que enxerga os outros, das montanhas
geladas para mente afiada conectada ao coração, da ausência para o apoio das
relações.
Mas ainda há outro arquétipo
confundido com o da Louca. Como se o movimento das águas
pela Lua fosse loucura. Porque é
neste período que a mulher acessa mundos além da percepção.
Ele é o nosso lado feiticeira,
chamado erroneamente de TPM. Um nome científico que serve para perpetuar
séculos de repressão.
Tanto é que os homens também têm
seu lado mago, mas sem rótulos patológicos para identificá-lo. Quando vão além da
percepção, chamam eles de gênio criativo, artista ou xamã. E são mesmo!
Mas o que podemos fazer se nós, mulheres, temos estes lampejos todos os meses? Nos envergarmos? Ou criarmos um espaço em nossa vida para esta experiência acontecer?
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Busca “menstruação” no site pensador.com e veja o
que falam sobre este período em que somos agraciadas com visões.
Mônica Clemente (Manika)
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