A moeda mais cara do universo é o tempo. O seu tempo de vida, expressão da sua existência.
Por isso, como diz o Hellinger, não importa se um ser viveu 1 dia e outro 100 anos. O valor existencial deles é sempre o mesmo: refletir o infinito na janela que se abriu.
Por que, então, esquecemos de um se eles têm o mesmo valor?
Porque doeu muito não ter tido mais tempo com quem ficou pouco. Essa dor é a base de todo esquecimento. Já imaginou reencarnar lembrando de todos os vínculos perdidos da outra vida?
Portanto, o tempo se mistura com os fios da sua vida, trazendo à tona a singularidade da sua existência. Como já diziam os gregos: as Moiras (tecelãs dos fios da vida) têm em suas mãos os desígnios de Cronos (deus do tempo).
Se queremos saber o grau dos nossos interesses e desinteresses, só observar como tecemos o tempo em dadas situações.
Assim aprendemos quanto tempo dar a cada setor da vida, quanto tempo leva para criar relações e trabalhos significativos. E que basta um segundo, ou um ato leviano, para tudo acabar.
Por exemplo: quando começamos a justificar atrasos e faltas, é hora de nos perguntarmos se o compromisso assumido realmente nos interessa.
Porque não faz o menor sentido ficar falando o quanto nos sacrificamos para estar num compromisso. Ou nossos esforços são melhores dos que estão lá nos esperando?
Também não faz nenhum sentido dar desculpas do porquê não cumprimos com o combinado. Neste caso, se justificar é forçar o outro a usar o fio da vida dele com o que não queremos fazer.
Então, quando uma pessoa falta com seus combinados e fica se justificando pelas mesmas coisas que não impediram os outros a levarem adiante o acordo feito, é hora de avaliar se investiremos nesta relação.
Talvez uma conversa realinhe os parceiros. Mas pode ser que as Moiras cortem o fio dizendo:
- Saia daí! E não gaste mais nenhum segundo se explicando do porquê saiu.
Os tecelões sabem que tapetes ficam prontos com linhas e não com justificativas.
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