23 de abr. de 2020

133) Quando o pai fere o feminino na filha.




Vou falar de um mal jeito, não de um perpetrador. Um pai sedutor, que não olha para esposa, ou compete com ela, ou está bravo/magoado com ela, pode fazer a menina acreditar que é melhor do que a mãe como mulher. A filhinha do papai tem o ferimento da inflação do ego, que tira o seu poder e contato com a sua fonte feminina, a mãe

A filhinha do papai se sente atraída pelo filhinho da mamãe, encontrando nas dificuldades com a sogra o que “fez” consigo mesma. Pode ser que o pai tenha medo de perder a filha para vida adulta, então a ataca na puberdade xingando-a, debochando, projetando sua depressão nela ou até batendo em seu rosto. A cachoeira de hormônios femininos se depara com uma barragem! Ela se torna a hidrelétrica emocional do pai, desviando seus ricos sentimentos para ele e não mais para a própria vida.

Se a mãe (ainda) ataca este pai, até por “justa causa”, alienando um do outro, a menina se sentirá rejeitada e sem forças. Se o pai, um adulto, não entender o jogo e cair na briga, atacará a filha, porque não percebe que a rebeldia ou ataques dela é insuflado pela (ex) esposa. O ferimento aqui é a depressão. O caminho para o pai não foi feito! Se a filha se arrogar contra o pai julgando-o fraco ou desprezível, o punhal se vira contra o próprio peito. Esta é uma das dinâmicas do vício: tomar algo no lugar do que realmente falta.

A gente nasce na esfera da mãe e faz o caminho para o pai desde o 1º  passo. Pai e a mãe devem promover isso. A função do pai é:

·       apoiar a filha, sem tentar ser uma mãe, como alguns com inveja do poder de gestação da mulher fazem ao criticar a mãe com o mãe;
·       buscar ajuda profissional, como qualquer um de nós, se não consegue exercer sua responsabilidade;
·       saber que é tão responsável pela concepção da criança quanto à mãe:
·       Não falar mal da mãe para filha, nem a mãe mal do pai. No coração dela o amor do pai e mãe está em uníssono, não adianta fazer ruído.

O pai (e o irmão) é um homem impossível, mas como pai ele tem o coração que apoia, os passos que emancipam e a mão que tira a gente do abismo. Os dois, pai e filha, podem contar com isso.

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