13 de mar. de 2023

522) Mulher por Inteiro

 

Já que foi o Dia Internacional da Mulher, vamos falar de uma série que trata dela por inteiro. Antes de tudo, felicidades a todas nós!

É uma honra compartilhar esta experiência com vocês! 

 

Sex/life (Netflix), não é a melhor série que existe, mas tem um mérito: o de deslocar didaticamente a mulher do “ou” para o “e”, independentemente de serem mais ousadas ou conservadoras, afinal estas fronteiras, internamente, nunca existiram.

 

Como disse Sophie Hellinger, em um seminário de Constelação Familiar em Bad Reichenhall:

 

“É uma tragédia a mulher ter que escolher casar ou ter uma profissão. Ter filhos ou ter aventura. Casar ou viver um romance. A mulher pode, se quiser, ter tudo da maneira que mais lhe convier.”

 

Ela pode realizar a sua carreira e casar e viver romances e aventuras no casamento ou se for solteira. E ter filhos, sem que o marido, a sociedade e os próprios rebentos achem que isso seja o ápice de sua vida.

 

Toda esta lógica de cindir a mulher fazendo-a escolher entre uma vida ou outra, está calcada na velha e conhecida cisão ocidental entre Espírito x Corpo que, entre todas as rupturas que fez, fundou a cisão “santa x puta*” substantivo que coloca a sexualidade feminina à serviço do imaginário e do desejo masculino.

 

Estas reduções não existem na deusa egípcia Bastet, com cabeça de gato, uma vez que simboliza todas as características femininas, até aquelas castradas como a sexualidade e a inteligência. 

 

Por tudo isso, vou fazer uma live sobre o livro “O Gato”, de Marie-Louise Von Franz, um símbolo da mulher inteira, contado em 2 mitos, que acabou sendo o tema central com da série Sex life. (depois coloco o link aqui)

 

Feliz dia das Mulheres, queridas do meu coração!

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

———

 

*”No dicionário Crítico Etimológico Castellano e Hispánico de Joan Corominas encontramos que “puta” provém da palavra putta (menina jovem), feminino de putto (menino jovem), adolescentes femininos e femininas que na época romana estavam associados à prostituição.” (Nora Biuch, 2016). 

 

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