Não curo quem Sou. Me curo para ser quem Soul
Mônica Clemente (Manika)
O maior presente que uma pessoa pode nos dar é ser
ela mesma! Quem está pronto para dar e receber tamanho presente?
Quem já se criticou ou foi criticado por conta de
alguma característica essencial sua, já percebeu que o seu mundo ficou mais
estreito.
Empurrar para o calabouço o que não entendemos sobre
nós mesmos, ou o que a nossa sociedade não entende sobre o nosso comportamento,
tem um desdobramento:
A indicação ou a busca de ajuda terapêutica para
aprisionar mais ainda este eu, como se isso fosse uma cura.
Por exemplo, uma mãe ou pai extrovertido tem uma
filha introvertida, igual ao seu cônjuge.
Digamos que o parceiro extrovertido tem algum
problema de relacionamento por conta da introversão do outro, ou porque não
aceita a introversão como uma característica normal de algumas pessoas.
Sem conseguir uma solução satisfatória no
relacionamento, o parceiro extrovertido poderá projetar a sua insatisfação
sobre a filha introvertida, atacando-a ou tentando consertá-la, levando-a ao
psiquiatra para ver se ela tem algum problema.
Se o terapeuta for comprometido com a verdade do
inconsciente do seu consulente, a paciente encontrará sua cura: ser ela mesma.
Assim como encontrará um novo lugar em sua família,
diferente da dinâmica familiar que a fez virar alvo da raiva de um dos pais, ou
ficar no meio da briga deles.
Se o terapeuta for comprometido com ideias
moralistas, suas ou da sociedade, a paciente “nunca mais” se encontrará.
É assim que as crises de identidade explodem na meia
idade, época das verdades escondidas se libertarem.
Mas… e se uma pessoa nasceu para ter 2 parceiros
simultaneamente? Será que conseguiríamos fazer o exercício de aceitá-la sem
julgamentos morais?
Para tanto, é “só” lembrar de que quando aceitamos o
que é essencial em nós mesmos, encontramos parceiros, trabalhos e caminhos de
vida compatíveis com a gente.
Do contrário, passamos a vida tentando curar quem
somos, ao invés de nos curamos para ser quem somos.
Mônica Clemente (Manika)
#Terapia
#autoconhecimento #alteridade #familienstellen #dinamicasfamiliares
Nenhum comentário:
Postar um comentário