Prefiro um Pai do que as Velhas Opiniões Formadas
sobre Tudo
Mônica Clemente (Manika)
Todos estavam comovidos com a história dela, sem ver que seu
sofrimento, na verdade, não era por conta do que descrevia.
Era um seminário com mais de mil e quinhentos
participantes e ela disse ao Hellinger que tinha problemas com os homens,
porque seu pai era alcoólatra.
Um homem da plateia subiu ao palco para representar
o pai. Ele se colocou de lado e ela de frente para ele, numa distância de 10
passos longos.
O rosto da moça, cheio de dor, olhava para o pai de
forma altiva.
Durante 15 minutos, sem nenhuma palavra, o salão foi
se enchendo de expectativas.
“Qual será o passo para dissolução daquele
sofrimento? Como sua experiência com o pai a afetou em relação aos homens?...”
Foi quando o Hellinger
falou:
“Com tamanha soberba, não há salvação.”
Um espanto sonoro e coletivo acompanhou um véu de ilusão desaparecendo dos nossos olhos. O problema com os homens não era o alcoolismo do pai, que até o momento era o nosso vilão. E todos sabem como pode machucar os filhos. Mas a forma soberba com que ela, e qualquer um de nós, lida com quem julgamos.
Foi neste dia que aprendi que a maioria das soluções se escondem atrás das histórias que contamos para nós mesmos.
E que as críticas são as grades da prisão que
queremos sair, não o caminho da salvação.
Eu cheguei ao hotel e liguei para o meu pai. Desta
vez, sem as velhas opiniões formadas sobre ele.
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
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PS: no dia seguinte, a moça estava linda e radiante. Subiu ao palco e agradeceu o Hellinger.
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