8 de nov. de 2020

207) Amores Verdadeiros

 


Lá, onde tudo em mim está dilacerado, seu Sol nasceu. Onde os grilhões esmagaram a sua garganta, minha Lua se deita com sorriso esgueiro.

 

Não vai ser fácil a minha bem-aventurança tocar a sua dor. Nem a sua esperança cair na minha masmorra. 

 

Seu Céu briga com o meu, sem que a gente queira brigar, testando nossa capacidade de amar.

 

Quem vencerá?

 

As dores de um tentando apagar o brilho do outro? 

 

Ou o que temos de cura tecendo o nosso encontro?

 

Demorou anos para a gente chegar tão perto, criando abraços que não empurrem os próprios espinhos. 

 

Valeu à pena, suave sobrancelha dos ventos. Sua leveza me abriu para o aconchego. Minhas carícias lembraram o seu valor verdadeiro.

 

Simplesmente porque o egoísmo das nossas histórias tristes se dissolveu diante do que invejávamos um no outro.

 

Quem imaginaria que o que não tínhamos foi a antessala do nosso primeiro beijo?

 

Que as nossas falhas atraíram o que nem sabemos que temos. 

 

Essa é uma história sem fim, escrita nos amores verdadeiros. 

 

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