Nien Lunares
Mônica Clemente
Não se pode excluir nada, que nos pertença, que
não volte em busca da doçura do nosso olhar.
Até lá…
- Meu nome é NienLunares
Eu moro nas fumaças cinzas atrás do fígado de
quem fica cego de raiva. E no medo que paralisa.
As Fúrias são minhas amigas e as Loucas também.
Não adianta me levar em casa espírita que tenho
proteção contra desobsessão.
A única coisa que me evitaria seria aquele
olhar de fruta doce no pé benzido com passarinhada.
É a forma de ver em pradarias que me faria
sumir. Reaparecendo, enfim!
Sim, eu sou como antenas. Pego tudo em segundos
e embrulho em histórias de traição, desamor e perseguições.
Não, não tenho visão positiva de nada.
Alguns me chamam de bruxa.
Muito mais bruxa do que isso!
Estou aí na palavra errada que alguém escolhe
para estragar uma relação.
E antes disso, no ciúme doentio e naquela
frustração crônica que nunca encontrou uma solução.
To no stress de uma vida sem sentido que compra
o que não quer e tem o que não precisa.
Se me olhassem como quem deseja uma tangerina,
talvez eu me abrisse em pétalas e o meu orvalho não corroeria o mundo.
Mas preferem o Rivotril. Ah, eu sou embalado em
Rivotril!.
Sou eu quem anuncia: Toda Presença confinada
numa Ausência um dia Voltará!
Eu sou a sina da Lua Nova: ninguém vê, mas ela
está lá.
Mônica Clemente (Manika)
#Lilith #Sombra #Negação #Exclusão #Inclusão
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