Paradoxos Hellingerianos
Mônica Clemente
Hellinger não tem paradoxos (contradições), porém
eles existem e com o Hellinger entram em uníssono sem desaparecerem. Como
o Yin que vira Yang e vice-versa.
Por exemplo:
Recebemos muito nas Constelações Familiares, embora
o essencial seja simples.
Andamos léguas, com apenas o próximo passo.
Seguimos em frente com a força dos ancestrais.
Somos o amor de nossos pais levado às últimas
consequências, que se transforma no primeiro movimento de nossa vida: tomar
este amor.
O amor que mais tarde queremos na vida de casal
começa ao receber a vida que veio dos pais.
Portanto, só tem para dar quem aprendeu a
receber.
Quem cobra não transborda.
As ordens do amor atuam como a gravidade,
acreditando nelas ou não, mas isso só se aprende em suas desordens, que geram
dores, que levam a busca de ajuda.
Morrer faz parte do viver, ainda assim só crescemos
se servimos à vida.
A finitude é um portal para mais compreensões.
E Hellinger disse: “mit ende beginnt”: “com o
fim começa.”
Quem se relaciona abre mão da liberdade para ter a
completude, afinal se conecta e se afeta e com isso é preenchido:
“(…)é
preciso coragem para a felicidade maior. A grande conquista é segurar o fácil e
claro e olhar adiante, deixando para trás todo o anterior. Toda tentativa de
voltar atrás é uma fuga do peso da felicidade. Pois sim, que a felicidade é
fácil! Aliás, precisa de uma grande coragem porque, no final, essa felicidade
maior só pode ser conservada como um presente não merecido, para o qual não se
pode e nem se deve pagar nada. Isso é humildade” (Hellinger 2007: 100).
O caminho para os pais é feito por nós, mas foi dado
por eles.
Com o Hellinger vivenciamos o paradoxo
num universo dobrado sobre si mesmo, como um rocambole esférico. Espiralado.
Não importa para onde vamos, nem se faz sentido,
sempre nos reencontramos onde parecia repartido.
Constelação Familiar é a arte de unir o que foi
separado, ou ainda melhor: deixar aquilo que une nos levar mais
(r)adiante.
Mônica
Clemente (Manika)
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Observação :
Algumas pessoas me perguntam de quem é autoria dos textos deste blog.
Todos os textos publicados aqui são da minha autoria. Quando há citação, eu coloco entre aspas, e às vezes coloco a fonte bibliográficas. Quando falo com minhas palavras um pensamento que não é meu, eu digo "segundo fulano de tal".
Os textos que não são meus, eu coloco a autoria logo no início, com link do texto original.
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