4 de set. de 2021

346) Como mudar padrões destrutivos nas relações?

 


Como mudar padrões destrutivos nas relações?

Mônica Clemente (Manika)

 

Os padrões são heranças que escrevem destinos com sangue. Tanto é que o animus, a contrapartida masculina no psiquismo da mulher, é moldado pelos mandatos da mãe, herdados das vivências  e conceitos sobre os homens das avós e ancestrais. 

 

E é talhado, principalmente, na relação com o pai, cultura masculina do clã e uma pitada oceânica de nós mesmas atacando ou aceitando os homens. O animus positivo nos leva além, mas o negativo nos impede de ter uma boa relação com um homem de carne e osso.

 

Sistemicamente, vemos relações difíceis com os homens na filha que rejeita o pai ou no oposto: a filhinha do papai que rejeita a mãe. “Basta” atender às expectativas do pai como se ele fosse um deus e negar a mãe como mulher e mãe.

 

Para não ficarmos refém do Animus negativo não adianta mudar fora, no homem, o que o feminino tem que fazer.  Porque mesmo sendo submissas, o animus negativo nos torna cruéis, castradoras e possessivas nos fazendo pensar que resolveremos os problemas de relacionamento assim: “eu agora só namoro homem espiritualizado como eu”. 

 

Este é o melhor disfarce do Animus Negativo! Desistimos de um homem de verdade pela imagem de um santo. Tem também outras vozes interiores que parecem ser nossas, mas é de um animus possessivo, que suga toda a energia da mulher só para ele, como algo “demoníaco” (Falamos disso nopodcast do Benzadeusa: “Lilith, a Soberana das sombras”):

 

“Se ele não me responder em 2 segundos eu acabo com ele!”, ou “quando amo faço assim, porque ele não faz igual?!”, ou “Ele vai te achar uma p... se você pintar as unhas de vermelho e se vc falar p...”, “os homens não prestam”, “ele só quer me comer!” etc.. Se um homem ou mulher cobrar você assim, sai pela esquerda, mas se é você quem pensa assim, o “inimigo” está dentro, fazendo você acreditar que está certa ao destruir as relações com exigências descabidas ou perda da identidade. 

 

Então dizemos: “Vou dar uma lição de constelação familiar pra ele!”… na expectativa de convencê-lo de que você tem razão.

 

O Animus negativo adora ser psicóloga dos namorados. Como tratá-lo, então? O seu animus, se ele está negativo, não o namorado:

 

1.    Nunca ataque o animus em você ou ele projetado no homem. 

2.    Busque um psicanalista.

3.    E tome dois antídotos: “meu pai é o certo pra mim” e “eu tomo a vida das minhas ancestrais, sem me meter nas relações que elas tiveram com seus homens.”

 

Mônica Clemente (Manika)

 

#Relacionamento #Animus #Jung #AnimusNegativo #AnimusDemoníaco #AnimusPositivo  

 

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