Como mudar padrões destrutivos nas relações?
Mônica Clemente (Manika)
Os padrões são heranças que escrevem destinos com
sangue. Tanto é que o animus, a contrapartida masculina no psiquismo da mulher,
é moldado pelos mandatos da mãe, herdados das vivências e conceitos
sobre os homens das avós e ancestrais.
E é talhado, principalmente, na relação com o pai, cultura
masculina do clã e uma pitada oceânica de nós mesmas atacando ou aceitando os
homens. O animus positivo nos leva além, mas o negativo nos impede de ter
uma boa relação com um homem de carne e osso.
Sistemicamente, vemos relações difíceis com os homens na filha
que rejeita o pai ou no oposto: a filhinha do papai que rejeita a mãe. “Basta”
atender às expectativas do pai como se ele fosse um deus e negar a mãe como
mulher e mãe.
Para não ficarmos refém do Animus negativo não adianta mudar
fora, no homem, o que o feminino tem que fazer. Porque mesmo sendo
submissas, o animus negativo nos torna cruéis, castradoras e possessivas nos
fazendo pensar que resolveremos os problemas de relacionamento assim: “eu agora
só namoro homem espiritualizado como eu”.
Este é o melhor disfarce do Animus Negativo! Desistimos de um
homem de verdade pela imagem de um santo. Tem também outras vozes
interiores que parecem ser nossas, mas é de um animus possessivo, que suga toda
a energia da mulher só para ele, como algo “demoníaco” (Falamos disso nopodcast do Benzadeusa: “Lilith, a Soberana das sombras”):
“Se ele não me responder em 2 segundos eu acabo com ele!”, ou
“quando amo faço assim, porque ele não faz igual?!”, ou “Ele vai te achar uma
p... se você pintar as unhas de vermelho e se vc falar p...”, “os homens não
prestam”, “ele só quer me comer!” etc.. Se um homem ou mulher cobrar você
assim, sai pela esquerda, mas se é você quem pensa assim, o “inimigo” está
dentro, fazendo você acreditar que está certa ao destruir as relações com exigências
descabidas ou perda da identidade.
Então dizemos: “Vou dar uma lição de constelação familiar pra
ele!”… na expectativa de convencê-lo de que você tem razão.
O Animus negativo adora ser psicóloga dos namorados. Como tratá-lo,
então? O seu animus, se ele está negativo, não o namorado:
1.
Nunca ataque o animus em você ou ele projetado no
homem.
2.
Busque um psicanalista.
3.
E tome dois antídotos: “meu pai é o certo pra mim” e
“eu tomo a vida das minhas ancestrais, sem me meter nas relações que elas
tiveram com seus homens.”
Mônica
Clemente (Manika)
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