13 de jul. de 2023

552) Morgana Fala

 

Morgana Fala

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

Rei Arthur, ícone lendário da fundação da Inglaterra, estava do outro lado desta história, na verdade. Sua lenda retrata as lutas “celtas” contra a romanização e as invasões anglo-saxónicas. E o desejo de que houvesse um líder capaz de salvá-los.

 

Na hipótese do Rei Arthur ter existido, sua fama começa a partir da vitória esmagadora dos britanos (celtas) sobre os anglo-saxões, na Batalha do Monte Badon. 

 

Com sua lenda terminando quando é levado para a ilha de Avalon, uma terra desaparecida pelo esquecimento. A ilha mágica é um dos recursos míticos que trata de várias dimensões da psique ou de tudo o que um dia existiu e agora está suspenso no inconsciente coletivo.

 

Por isso, “os mitos têm uma ligação com as mais secretas modalidades do ser”, como dizia Mircea Elíade, porque são arcabouços de toda saga humana não contada ou esquecida pela história oficial. 

 

A prova disso, está em Merlin, conselheiro do Rei Arthur, que se parece com os antigos druidas (sábios celtas), ligados às forças mágicas da natureza e responsáveis por aconselhar os reis.

 

Está em Excalibur, que tem a fama das antigas espadas celtas, que eram tratadas como sagradas, tendo velórios em um lago quando seus donos morriam, como aconteceu na lenda com a dama do Lago. 

 

Está no Graal, símbolo incorporado pelo cristianismo e que tem  o mesmo formato e poderes dos caldeirões celtas, relacionados à 3 estágios de desenvolvimento e ao útero sagrado de algumas de suas deusas.

 

E, finalmente, está em Morgana, a irmã de Arthur, que é a deusa céltica Modron (A mãe Terra) que aparece em versões antigas da lenda, numa época em que ela era cultuada, mantendo o pacto entre civilização e natureza. 

 

Nos 4 volumes de “Brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley, o pacto que mantém em equilíbrio a sociedade humana com a Terra viva (e todos os problemas advindos da sua quebra), ganha uma voz feminista.

 

E, uma vez que a igualdade de gênero também ganha fôlego e se regenera sobre este pacto, Morgana é a narradora, abrindo o romance com a sua voz:










 Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

#Reiarthur #celtas #morgana #modron #Feminismo #MarionZimmerBradley 

#brumasdeavalon 

 

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