É verdade que depois de uma idade podemos fazer muitas coisas sozinhos. Inclusive refletir sobre o mundo e si mesmo.
Ninguém
consegue fazer isso, no entanto, sem o reflexo de tudo e todos que estão em seu
entorno.
Podemos
também ver os nossos seios, barriga, sexo, coxas e pés com os nossos próprios
olhos.
Mas
se quisermos ver o nosso rosto, precisaremos da ajuda de um espelho. E se
quisermos ver as nossas costas, precisaremos de dois deles.
Da
mesma forma, os relacionamentos, as terapias, as estações do ano e os seres da
natureza. Eles mostram algo que não conseguiríamos ver sozinhos.
Ainda
assim achamos que podemos tudo.
Sendo
que morreremos sem que os nossos olhos vejam o nosso rosto diretamente, mesmo
que a gente possa ver as outras pessoas por inteiro.
Acho
que esta é a expressão máxima da conexão entre todos os seres.
Somos
incapazes de nos enxergarmos totalmente, o que nos torna dependentes.
Ao
mesmo tempo, podemos ver nossos filhos desde o ultrassom até a maioridade, os
amigos e os outros seres.
O
que temos feito com este poder de ser os espelhos dos outros?
Temos
esquecido que eles também são os nossos espelhos?
Se
tudo for destruído, nunca mais nos veremos. E se tentarmos nos ver sem ajuda,
não nos enxergaremos.
É
por isso que o “eu” mora no peito, onde o nosso dedo aponta e a nossa visão
pode alcançar.
Já
o “nós” está na troca de olhar.
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