Ilustração de Charlotte Edey
Olhos da Percepção - Fenomenologia Hellingueriana
Mônica Clemente (Manika)
Por que deixamos as imagens falarem mais do que as
palavras numa Constelação Familiar?
Seus ouvidos escutam eu amo você, seus olhos veem a
traição.
Seus ouvidos escutam as piores coisas sobre o seu
pai ou a sua mãe, seus olhos veem tudo que eles fizeram de bom pela
família.
Você xinga alguém que enxerga sua projeção.
E assim a vida continua. Alguém escuta a derrota
enquanto tudo é vitória.
Alguém ouve promessas divinas, enquanto em sua
frente só tem destruição.
Os ouvidos não sabem decifrar símbolos nem mentiras.
São espirituais e sociáveis demais para exercer estas funções.
Os olhos são tímidos, piscam o dia inteirinho, mas
conseguem ver, até com astigmatismo, o que as palavras tentam esconder.
Aquele que diz o que viu sem mentir, sem ferir, sem
se intrometer, sem projetar suas imagens interiores, une olhos e ouvidos e pode
ser perseguido por aqueles que tentam moldar o mundo arbitrariamente com suas
expectativas.
Com suas ilusões.
Embora o mundo não ceda à arbitrariedade dos
desejos, as guerras começaram assim.
Por isso, Bert Hellinger diz para nos atermos ao que
vemos numa constelação familiar…
…sem intenção, sem medo, sem teoria, sem amor, sem
ficar anotando os seus passos que jamais se repetirão, até que surja uma
percepção e dela uma compreensão.
Toda elucubração antes disso, e explicação depois da
compreensão vista, serve para iludir os ouvidos.
Eles são caixas de som experts em mantras, alavancas
espirituais para a imensidão, mas suscetíveis à enganação.
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