“O maior presente que um filho dá ao pai e à mãe é ser
seu filho, assim os pais se tornam pai e mãe”
Eugenio Davidovich
Alguns pais só “vão ter” seus filhos tarde na vida.
Ou, de outra forma, seus filhos só caminharão até eles já adultos. Tem até bons
pais que nunca os terão, se alguém ficou falando mal deles desde o deboche
sistemático até a alienação parental. E “bom”, aqui, não quer dizer
perfeito.
Têm boas mães que “perdem” seus filhos nos primeiros
anos da vida deles. Dito de outra maneira: seus filhos não caminham mais
para elas ou rejeitam seus cuidados porque um dos dois (mãe ou filho) ficou
doente ou longe por mais tempo do que a criança pudesse suportar. Ou
porque também houve deboche e desprezo sistemático e até alienação
parental.
Existe ainda outros motivos que fazem as pessoas deixarem de exercer
sua jornada como filho/a. Por exemplo: quando elas mesmas julgam cegamente seus
pais; querem salvá-los e até debocham, excluem e os desprezam. Ou quando se
tornam juízes, capatazes, aliados parciais e até mãe ou pai dos seus
pais.
Pode ser que haja, repito, um movimento de amor interrompido,
quando na infância a mãe ou o pai por algum motivo estava longe fisicamente por
mais tempo do que a criança podia suportar. Mas, como diz Mimansa, “nunca
é tarde para ter os pais. E é sempre a primeira vez”.
Geralmente, quando pensamos nisso, começamos a justificar nossas
barreiras emocionais em relação aos pais citando os erros deles. Mas o
foco aqui é destacar nosso poder de escolher a forma como nossa jornada de
filho será, até descobrir aqueles caminhos mais favoráveis para relação com
eles. Nosso foco neste texto e na vida, não é descobrir como mudar a
jornada dos nossos pais (que também podem reavaliar suas ações).
Pode até ser que o melhor caminho para eles seja parar de
caminhar até eles, se isso for o mais adequado em um momento. Portanto, se os
pais cometem erros, os filhos podem ficar presos neles por anos, ou descobrirem
outros caminhos melhores até seus pais.
Por isso o Hellinger dizia uma frase sanadora para estas
situações: Todo pai e mãe são os certos e seus filhos também.
Ou seja:
Ser filho, todos nós somos. Mas ser filho dos nossos
pais é uma jornada e tanto!
Mônica Clemente (Manika)
#EugenioDavidovich
#BertHellinger #mimansa #paisefilhos #mãesefilhas #paiemae
#familienstellen #amor #constelacaofamiliar #psicanalise
#jornadadosfilhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário