Quando eu pergunto: como é a sua relação com a sua mãe? A
resposta, 99% das vezes, é um julgamento pro bem ou pro mal. Ou pior, um
diagnóstico: “ela é narcisista”, “ela é bipolar”, etc.
A pergunta é sobre “sua relação com sua mãe” e não “como é sua
mãe?”.
A resposta cheia das nossas dores viradas em julgamentos, revela
uma expectativa que devia ficar na Infância, quando a mãe é o nosso corpo e
paraíso, atendendo e frustrando as nossas necessidades.
Se esta frustração é muito grande, ao invés de nós, adultos,
mudarmos como nos relacionamos com ela, para ver se conseguimos outra resposta
da vida, mantemos a dinâmica de sofrimentos.
Por exemplo, se toda vez que queremos a ajuda da nossa mãe para
sermos mais felizes numa relação amorosa, e ela fala mal dos homens, do
casamento ou da gente, imediatamente ficamos mais confusos ainda.
Aí, se alguém pergunta: “como é a sua relação com sua mãe?”,
respondemos: “ela me odeia!” ou “ela odeia os homens!”...
Ao invés disso, podíamos realmente ter pensado sobre a nossa
relação com ela. Tipo assim: “Nossa! Eu continuo esperando algo que ela não
pode me dar. Aí eu a forço a me dar o que não gosto e depois eu a julgo por
isso. Vou fazer diferente de agora em diante!”
Isto nos forçará a descobrir tudo o que ela realmente pode nos
dar. E desta imensidão, o que queremos.
Depois de descobrirmos um dos mais valiosos presentes que a
nossa mãe nos deu, como a vida, podemos construir novos caminho até ela.
Não é isso que fazemos com um GPS ao procurar a melhor rota para
chegar aonde queremos?
Pode ser também, que o melhor jeito de nos relacionarmos com
ela, quando nos espezinha, seja dizendo: “Ih! Tenho que trabalhar! Depois
falamos? Te amo! Tchau.”
Mas sem a esperança de que ela vai fazer diferente, se a gente
chegar nela da mesma maneira.
Por isso, toda relação de casal fusional e apaixonada, que faz a
gente sentir que perdeu um braço quando termina (e sempre termina), vem para
nos contar sobre uma relação simbiótica, que insistimos em manter com a nossa
mãe na vida adulta.
Então eu (me) pergunto: qual a sua relação com a sua mãe? Como
você chega nela? O que espera dela? O que faz com ela? O que você pode mudar
para ter uma resposta diferente?
Você escolhe se quer ter
uma relação fada ou bruxa com a sua mãe.
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