O
que te faz ficar vivo ou viva?
Será que terias desistido de... se tivesse respondido
esta pergunta todos os dias? Será que escolheria este caminho, esta rotina,
este trabalho, estudos, esforços, parcerias, atitudes, rupturas,
associações...?
O que nos faz ficar em sintonia com a pulsão de vida? (Eu não
acredito na pulsão de morte, mas falo disso outro dia.) Eu acredito em algo que nos faz ficar vivos e
é único. Acho também que há camadas da existência interferindo na resposta. Uma
delas está além e fora do alcance, outra é a cultura, depois a época, aí a
esfera dos ancestrais, da família atual e então o que nos faz sentir vivos
para, finalmente, chegarmos à radicalidade do que nos faz ficar vivos.
Se conseguíssemos ultrapassar todas as camadas, até o nosso
íntimo, teríamos a nossa resposta original e intransferível? A digital de uma
encarnação?
Não importa se a resposta nos desse “só” mais um segundo. Seríamos
tocados pela dobra do infinito no mínimo que somos? E propulsionados para fora
dos perigos, sejam eles quais forem?
Eu só não sei se temos o direito de saber das respostas dos
outros. Me parece tão pessoal como o amor por um filho no meio de cinco, por um
pai e não pela mãe (ou vice-versa), por um companheiro difícil, um atributo
frívolo, um bicho, um sorriso...
Será que alguém debocharia ou menosprezaria o alicerce do fio da
vida de alguém? Qual o efeito do desprezo em algo tão essencial? E que
direito temos de questionar, julgar ou até ficarmos magoados pelos diversos
motivos? O que eles nos contam sobre o Infinito?...
Aí está a mão estendida da vida contra o desaparecimento. Mesmo
que ninguém nos entenda, a resposta àquela pergunta é o viço que mantém a seiva
fluindo.
#EuFicoViva
#PulsãoDeVida #EugenioDavidovich
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