O Pai nos prepara para o Mundo, mas
qual mundo? O mundo terreno, do aqui e agora. Das possibilidades reais. Com o
pai deixamos de ser semideuses com seus emaranhamentos e viramos humanos.
Conseguimos assim sobreviver, viver, crescer e amadurecer com o mundo.
O semideus não consegue fazer isso.
Ele é filho de uma humana com um deus nos mitos, sendo perseguido por deuses
inimigos o que significa ser filho de um pai que não vemos, ou não
reconhecemos, ou ainda não integramos, sem conseguir a força que nos protege.
Quando começamos a dar os primeiros
passos, colocando os pés na terra, se a mãe conduz a criança para o pai,
aprende que pode ter seu pai também, além da mãe. Se o pai está lá para a
criança quando a mãe gentilmente o conduz nos primeiros passos, o filho está
seguro para ganhar o mundo. Pode ser que a mãe não queira fazer isso, aí gera
alienação parental. Pode ser que o pai não esteja presente, aí gera movimento
interrompido. No primeiro impedimento, a criança terá medo do mundo ou será
“tão corajosa” que se meterá em encrencas contra “os deuses” - aquilo maior do
que suas possibilidades reais. Os feitos grandiosos dos deuses não cabem aos
humanos. As tragédias gregas já nos ensinavam isso. No segundo impedimento,
congelamos no trauma e não avançamos mais. Como retomar ou fazer a primeira vez
o caminho para o pai?
Pode ser também que a gente fique
no meio da briga dos pai e da mãe, sem conseguir sentir apoio de nenhum deles.
E pode ser que a gente tenha o pai sempre ao nosso lado, mas nossas fantasias
de perfeição não nos deixam reconhecer o que aquele homem faz por nós. Pode ser
que sejamos a filhinha do papai, uma semideusa de mãe divina e pai mortal, ou
seja, rejeitamos a mãe e nos achamos melhores do que ela para o pai. Este
pedestal de ilusão será a rasteira de nossas quedas.
Vivenciaremos estas e outras
dinâmicas no seminário de Constelação Familiar “O Pai e o Mundo”, hoje dia 13
de setembro de 2019 às 19 até 23 horas e
dia 14 às 10 até 18 horas, em Porto Alegre. Foi ideia da Arati e será
facilitado por mim, Mônica Clemente (Manika) e Adriane Amaral (Arati). Se
sentir o chamado de entrar no mundo com a força da mãe e do pai bem integradas,
lembrando que um pássaro só voa com suas duas asas, me escreve: manika@manika.com.br ou para arati.a@terra.com.br
@adrianeamaral.arati @constelandocomafonte
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