O turn point é aquela parte dos roteiros na qual não podemos
mais voltar. Pode ter sido um evento que se abateu sobre o protagonista, sem
que ele tenha qualquer participação anterior, mas deste ponto em diante, tem!
Ou é a consequência dos seus atos e até a escolha de ir para Toscana deixando
um marido infiel com suas mesmices.
Daquele ponto em diante ele vai se transformar na luta (em
vão) de voltar ao estado anterior, que na verdade o leva à outra forma de estar
no mundo. Tudo o que não sabia sobre si mesmos virá à tona porque o
desconhecido em si será forçado a ajuda-lo!
Aí chega o segundo turn point, neste ele vislumbra o que
perdeu, mas terá que acessá-lo completamente diferente do que era. Do pintor
que ficou daltônico até descobrir uma
nova obra feita em tonalidades de preto e branco, houve luta, desespero e perda
da fé até o êxtase do descobrimento de sua nova fase como artista.
As protagonistas
do filme Thelma e Louise estavam infelizes no casamento e decidem viajar juntas
num final de semana. No caminho, uma delas sofre uma violência e para se
defenderem tomam uma decisão radical. Este é o primeiro turn point delas. Algo
as arrebatou para uma direção completamente diferente de tudo o que viveram até
aquele momento.
Elas fogem da
polícia e neste percurso descobrem coisas sobre si mesmas que nunca souberam viver.
A mais submissa descobre sua força, raiva e foco, a mais velha que tinha ainda
muito o que viver. No caminho encontram um forasteiro que as prejudica
novamente, segundo turn point, mudando todos os seus planos de fuga.
Agora elas só
têm duas opções, se entregar para a polícia e serem condenadas pela agressão
que sofreram, voltando para aquela vida que já não cabiam mais, ou seguir em
frente, mesmo que o horizonte fosse um abismo.
O mesmo
abismo de todas as conquistas que ainda não conseguimos para viveremos mais
felizes em sociedade. Ou o abismo do desconhecido que saltamos e, graças a
nossa coragem, criamos asas.
Todos nós
temos estes momentos de viradas sem retorno – turning points with no return –
que nos levaram além do que pensávamos que éramos. Quais foram os seus turning
points e o que eles revelaram sobre você?
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