Muita gente diz “eu não consigo
meditar!”, e estão absolutamente certas! É impossível! Meditação não é um ato,
mas um estado que se chega depois de fazer a Sádhana - esforço de introverter o
foco mental num ponto de energia no corpo e, por meio de um mantra seguir a
respiração, imaginando a comunhão com a Suprema Subjetividade.
Ou “apenas” se sentar de olhos
fechados e recitar um mantra vibrado por um Guru. Ou ainda, de olhos semiabertos,
se conectar ao ambiente como apenas Um. Há diversas maneiras de fazer a
sádhana, que chamamos comumente de meditação.
Sempre precisamos fazer algum esforço
para ter aquele tempo diário de quietude. Durante o processo também precisamos
de vontade para manter a atenção à técnica escolhida e, mais um pouco de ânimo
toda vez que a mente tentar voltar ao antigo padrão de preocupação. Um dia,
depois de semanas “meditando”, ultrapassamos o vozerio interno e chegamos a um
estado meditativo. Nessa hora um véu cai e se abre uma janela direta para imensidão.
Ficamos em uníssono com o que nos nutre.
É uma experiência incrível, mas...
Quanto mais meditamos (sádhana), mais
a mente se rebela, mais rápida fica a vida, acelerando os aprendizados. Todas
aquelas reações em potência de nossas ações passadas começam a amadurecer para
liberar a mente de seus grilhões. Acabamos ficando assustad@s e queremos
desistir da prática. Se nos esforçarmos mais um pouco, ultrapassamos também
estas resistências, mas podemos ainda atrair dores no corpo para não conseguir
mais ficar sentados meditando! Muita gente, eu inclusive, desiste neste ponto. A
propaganda dizia que ia ser bom. E foi..., nos dois primeiros dias! Depois,
precisamos de muito esforço para continuar a prática da bem-aventurança.
Então, como se defender destas
sabotagens da mente? Descobrindo um
motivo íntimo para meditar todo dia. Aí o afeto faz uma almofada mais macia para
a nossa disciplina. Por exemplo, a gente pode pensar algo que nos impeça de
meditar e, em seguida, contraefetuar este pensamento com uma necessidade nossa que
a meditação pode ajudar. Assim: “Não
quero meditar! Quero rir vendo Brooklyn 99 na netflix! Mas se eu me perguntar, durante
a meditação, por que eu estou com a barriga borbulhando, possivelmente o
incômodo vai embora ou até descubro uma solução...”
O nosso foco vai para barriga. Sentimos ela, que, num relâmpago, mostra que
engolimos um sapo que precisamos resolver. Depois o foco vai para meditação e
então, depois daquele esforço, é o tempo do deleite da série de TV.
Meditação é um estado de entrar em
contato com a infinita aventura que é você.
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