Lua Cheia da Bem-Aventurança
Você
pode conversar diretamente com a Lua como um aprendiz. Ela vai ensinar alguma
coisa sobre você que só ela poder ver.
Hoje é Vaisakha Purnima, o dia em que a Lua se apresenta como professora.
Os Alquimistas, há milênios, já conversavam com ela e outros
planetas, plantas e metais em busca de seus ensinamentos.
Aliás, eles conversavam com tudo, como
aprendiz, porque queriam se relacionar com todas as formas da existência
descobrindo as mais auspiciosas combinações e evitando as mais perigosas delas.
Por isso, descobriram a essência do
casamento: aquilo que se mistura, não como simbiose, mas como uma nova entidade
a partir de substâncias diferentes.
O auspicioso, aqui, não se refere ao que o casal
vive de bom num casamento, mas à possibilidade de se colocar à disposição de se
unir para se tornar outra “coisa” juntos.
Este tema, do Mysterium Conjunctionis, é
amplamente tratado por Jung e, recentemente, na obra Outlander de Diana
Gabaldon.
Os Yoguis, na Índia, também aprendiam com os gatos
se espreguiçando, ou na forma de uma deusa Shashthi-Dev.
Os Povos Indígenas também reconhecem a maestria
de todos os seres.
A Jurema é uma de suas árvores professoras.
As montanhas são uma de suas mestras do silêncio, que dizem na paisagem: um
segredo atua como um monumento.
Eles, como os alquimistas, não aprendiam SOBRE a
Lua, por exemplo. Aprendiam COM a Lua em seus próprios corpos.
Por isso, eles aprenderam que hoje é dia de jejuar,
já que o “empuxo” de um eclipse lunar ajuda a purificar o corpo. Ou a
“envenená-lo” com suas próprias marés internas, se comermos demais.
Embora esta forma respeitosa de se relacionar com a
existência não esteja muito na moda nos últimos 1000 anos, os mestres não
deixam de ensinar quem chegar até eles.
Hoje, a Lua Cheia de Sangue me falou sobre fertilidade, saúde,
casamento e alimentos. E
talvez esteja pronta para contar para você outros segredos.
Mônica Clemente (Manika)
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