Sexta-Feira Santa e seu Convite antes da Ressurreição
Mônica Clemente (Manika)
1a Fase Arquetípica da Semana Santa
Hoje, por tradição, é um dia de reflexão. E, todo ano, desde
pequenina, eu não consigo pensar neste dia como o dia em que Deus, na posição
de um pai, mandou seu filho ser sacrificado para salvar a humanidade.
Que tipo de pai ou de Deus sacrificaria um
filho? Não importa o motivo.
Como é que uma família, mesmo do tamanho da
humanidade, espera que seus pecados sejam purificados com a morte de um irmão?
Mesmo que ele seja divino.
E como esta interpretação esconde as lutas políticas
da época, na qual um povo era oprimido por outro, inclusive matando quem lutava
pela sua libertação.
Gosto de me sintonizar com outra mensagem dentro da
Paixão de Cristo.
A de que todos, um dia, passarão por uma
crucificação: a morte de um velho paradigma.
Uma vez que a cruz - ficar em pé de braços abertos
para o novo, sem ser pregado pelas opressões -, simboliza a experiência do
cruzamento entre o mundo espiritual (sua verticalidade) e a vida na Terra (sua
horizontalidade), o que possibilita a chegada ao centro.
O self, o si mesmo, a convergência entre o pessoal e
o coletivo.
O “lugar” onde se intui, graças ao encontro das
“coisas” espirituais com a vida, o que nos faz feliz e nos liberta do que não
serve mais à nossa jornada.
Com a mudança de paradigma, a ressurreição que logo
virá na Páscoa germinará uma nova maneira de pensar, como “insinuam” os ovos de
chocolate.
Pessoalmente, então, eu sempre me pergunto na Sexta-Feira
Santa:
Quais modelos de vida, quais as formas de pensar que já
não servem mais à (minha) felicidade?
E quais os novos pensamentos e compreensões que
agora servem ao (meu) viver?
Boas reflexões para você, nesta 1a fase arquetípica da Semana Santa!
Mônica Clemente (Manika)
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