Decepção é como exigir da Noite mais do que as
Estrelas
Mônica Clemente (Manika)
Se você quer parar de brigar, ou se decepcionar, precisa criar
outros caminhos para se relacionar.
Durante 20 anos fiquei imaginando como eu teria sido mais feliz
se tivesse namorado um certo rapaz. Em meus sonhos, ele teria sido fiel,
parceiro, amigo, o homem certo que eu não tive coragem, nem maturidade para
namorar.
Um dia, porém, nos reencontramos e conheçamos uma relação. Eu me
apaixonei perdidamente, como diziam os meus sonhos. Durante 4 dias, meu
príncipe encantado comprovou a minha intuição: era ele desde sempre!
Do quinto dia em diante eu vivi a maior decepção da minha vida,
afinal, como eu não previa, ele não correspondia a nada do que inventei. Não
porque não era um bom homem, mas porque eu nunca olhei para ele, de fato, só
para mim mesma.
A partir deste relacionamento parei de vendar meus olhos com
fantasias de vidas não vividas e comecei a reconhecer o que os outros parceiros
tinham me dado e, até então, desconsiderei.
Aquele encontro “decepcionante” me mostrou, também, novos caminhos
para serem feitos em direção às pessoas, antes cobertos por expectativas
arbitrárias que só me faziam ficar mais ressentida.
Sabe, quando a gente fica exigindo algo que os pais
não podem dar, fazendo-os falhar? Quando ficamos refazendo o mesmo caminho
até eles com armadilhas que terminam em brigas?
Por exemplo, se uma mãe sempre vai defender o irmão, mesmo que
isso prejudique uma filha, não deve ser abordada por esta trilha.
Ela, a filha, precisa descobrir e construir outro caminho de
amor até a sua mãe, que não as enrede em antigas feridas e decepções. Que não
as façam falhar.
Afinal, a Noite nunca será menor do que as suas Estrelas, nem a
vida menor que as nossas fantasias.
Mônica Clemente (Manika)
#Decepção #Maya #Ilusão #Mãe #amor #Cobranças
#Expectativas
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