Princesa Leia Organa
Nunca fui de beber,
mas Luke SkyWalker apareceu aqui com um holograma da princesa Leia saindo de um
robô chamado R2PO que falava digitalês. Ela, querida, alguém
que a ajudasse na rebelião contra a Estrela da Morte. Eu disse não, mas ele,
como se fosse o Joseph Campbell*, disse:
- Moça,
a forca ou a força? A jornada chama todos para sair do mundo real e ir para o
mundo mágico.
Lá são todos os
poderes ocultos dentro da gente. Lá, o novo desafia ultrapassar mãe ou pai,
até os abusivos, relacionamentos destrutivos, medo da gravidez, de ser
pai ou mãe, medo de ser o que queremos e nem sabemos. Ele é todo chamado
revelador dos nossos não roteiros impostos e do que realmente queremos, quando nos libertamo desta imposição. Eu
disse:
- Sai pra lá,
bonitinho!
Era medo. medo do novo.
A Jornada do Herói tem 12 fases que ajudam saber em que roteiro oculto estamos presos e qual a nossa missão depois de nos libertarmos disso:
A Jornada do Herói tem 12 fases que ajudam saber em que roteiro oculto estamos presos e qual a nossa missão depois de nos libertarmos disso:
1. O mundo
comum: Skywalker desmonta robôs em desuso, mas quer as
estrelas. (O que você quer e o mundo quer de você?);
2. O chamado à
aventura: Luke recebe o chamado de Leia para uma rebelião (Engravidamos, homens
e mulheres, sem “querer”; temos pais ou parcerias abusivas, trabalhos sem
sentido; não sabemos para onde ir; etc.);
3. Recusa do
chamado: Luke lembra que os tios padrastos não o deixariam partir (Nós queremos
abortar; não somos capazes; “isso não é para mim”; meus pais,
amigos, sociedade são culpados de eu estar assim...só não cabe aqui situação de
vulnerabilidade. Neste caso é difícil mesmo sair sem políticas públicas.);
4. Encontro com o
mentor: Luke encontra Obi Wan Kinobe que o treina para ser um Jedi (Temos um
sonho, um analista, uma amiga, grupos, políticas públicas que conseguem “nos salvar” do que impede
de viver nosso destino?);
5. A travessia do
primeiro limiar: Luke contrata o irascível Han Solo e o Chewbacca para
leva-los até Leia. (Aceitamos os ônus e bônus da travessia? Se tod@s abortaram ou abandoaram seus filhos em nossa família, seguiremos esse caminho? Se não o fizermos, não pertenceremos? Conseguimos fazer um pouquinho diferente, mesmo sentindo culpa?);
6. Provas, aliados
e inimigos: Darth Vader é um inimigo muito perigoso (Muitos abortaram e abandonaram filhos na família? Não seguiram o chamado e se acomodaram? Como
fazer diferente sem ser pretensioso ou sucumbir ao poder?);
7. Aproximação da
caverna secreta: Luke treina com Yoda e descobre seus poderes (Damos
conta de ser pai ou mãe, embora a sociedade queira o diploma ou o companheiro/a
certos? Somos bons e felizes no que fazemos? Bancamos o que queremos ou nos fazemos de vítimas?);
8. A
provação: Luke, agora Jedi, enfrenta Darth Vader, seu pai, e a
Estrela da Morte. (Quem disse que seria fácil fazer diferente?);
9. A recompensa:
Luke descobre a sua força.(Nós também);
10. O caminho de
volta: Luke, Leia, Han Solo e Chewbacca vencem a Estrela da Morte (Vencemos as núpcias
com o que não nos leva além. Tomamos a vida do pai ou da mãe e não nos deixamos de
ser abusado/a por eles? Tentamos novas relações, mesmo depois das decepções? Nos responsabilizamos pelas
dores e amores da nossa vocação? Etc.)
11. Ressurreição:
Darth Vader não morreu e é pai de Luke e Leia. A aventura levou todos a se autoconhecerem. (Entendeu que quis abortar porque todos abortaram na família? Que quis se
separar porque naquela mesma idade seus pais se separaram? Que quis ser infeliz
no trabalho porque seus pais fizeram o mesmo? Ou que está repetindo um padrão que não é teu e pode se libertar disso sem se sentir melhor que teus ancestrais? Agradeceu a vida, o
sustento, os sacrifícios sem se punir?);
12. O retorno com o
elixir: Luke, Han Solo, Leia e Chewbacca são vitoriosos.
Consegue reconhecer o que ganhou, cresceu e aprendeu com o que passou? Ou ainda sente rancor?
Consegue reconhecer o que ganhou, cresceu e aprendeu com o que passou? Ou ainda sente rancor?
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* Por que Guerra
nas Estrelas capturou o inconsciente coletivo, se tornando um dos filmes mais
visto do século passado e atual? Porque ele contou com a ajuda do mitólogo
Joseph Campbell e seus estudos sobre os desafios da Jornada do Herói, no qual todos
nós, em algum momento, somos convidados a fazer.
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