Hoje (e sempre) é dia de honrar e agradecer os pais!
E tem um eclipse solar chegando para constelar nossas relações com eles!
E tem um eclipse solar chegando para constelar nossas relações com eles!
Hoje é dia de honrar os pais pela vida que criaram e os cuidados oferecidos. Até mesmo
quando seus esforços não são reconhecidos, como a sombra da Lua encobre o Sol
em um eclipse. Mas não é só esta dinâmica que o obscurecimento celeste vai
acionar em nossa psique no dia 21 de agosto de 2017. Mas antes de falar sobre elas, vamos saber
mais um pouco sobre este evento no Céu.
Haverá
um eclipse total solar em Leão daqui 8 dias. Este signo é regido pelo Sol, estrela que se
refere, entre outros significados, ao pai e também à mãe. O Eclipse Solar Total
é quando a Lua fica entre a luz do Sol e a Terra, escondendo totalmente o disco
solar para o observador terreno. Este deslocamento orbital criará uma sombra
visível em alguns lugares do planeta: na América do Norte, um pouco na
América Central e terminando ao Norte da América do Sul. Em Carbondale,
Illinois, é onde a sombra ficará mais tempo.
Como
projetamos as nossas estruturas psíquicas na lousa celeste, o que acionará em
nós esta dinâmica das estrelas? O que será constelado quando avistarmos um
gigante engolir outro maior ainda trazendo a noite para o dia?
A
relação com os nossos pais em nossa psique!
Didaticamente
falando: a relação (Luz do Sol) com os nossos pais (Sol e Lua) em nossa
(Terra) psique (Sombra), entre outras coisas.
Por exemplo:
Se
uma mãe, ou família, ficou entre a filha ou filho e seu pai, com apegos
excessivos ou até alienação parental, não foi feito o caminho para ele ainda.
Não adianta brigar com a mãe, mas sair da sombra criada e seguir adiante até
ele. O caminho para o pai, mesmo sem barreiras, é como aprender a andar
novamente.
Se
tem uma mágoa entre um filho/a e o pai, “as-sombra-ndo” a relação
permanentemente, vai ser constelado que ninguém é perfeito, muitas vezes nos
empurrando a fazer algo errado também. Não adianta culpar o eclipse! Tem é que
aprender com ele: o pai (ou a mãe) não tem que corresponder às expectativas de
ninguém, apesar do apoio deles fazer toda a diferença. Que eles busquem ajuda
se não estão conseguindo fazer isso. E aos filhos, que a gente se desapegue da
mágoa e das expectativas irreais e construa nossa relação com o nosso pai. Se
for preciso, que busquemos ajuda para isso com um bom analista.
Lembrando
que toda relação deve dar ao menos 60 % de chance para os erros, como disse
Bert Hellinger criador das Constelações Familiares. O índice é alto? Sim, a
criatividade e as soluções precisam de terreno para florescer, assim como todo
o resto do planeta continua recebendo a luz do Sol num eclipse que tem o nome
de “total”.
Falando
nisso, como disse a antropóloga Luciane Coccaro, o pai e a mãe não devem agir
como um totem enorme sombreando o filho porque concordam em tudo em relação à
criação dele. Esta rigidez de horizontes faz com que a criança não tenha
nenhuma chance nem saída. Mas quando o pai e a mãe discordam em alguns pontos,
o filho fica aliviado e ganha mais ângulos para o pensamento. Da nossa parte,
temos que permitir também que o nosso pai e mãe sejam diferentes, inclusive na
demonstração de amor. Reconhecer isso, ajuda a entender que os afetos assumem
muitas formas.
Se
o pai morreu quando o filho era pequeno, a penumbra do esquecimento pode
impedir de acessar algum sentimento. Por trás dela, no entanto, ainda está o
Sol já que metade da gente tem o pai e toda a linhagem dele. Somos que nem um
pássaro: uma asa é a linhagem da nossa mãe e a outra do nosso pai. Quando estas
duas asas estão conscientemente integradas, mesmo que um deles tenha partido
tão cedo, podemos voar para nosso destino. Uma boa maneira de fazer isso é
manter contato com a família do pai.
Se
o pai magoou a mãe de verdade, ou vice-versa, este é um desafio doloroso deles.
Não cabe ao filho tomar partido, a não ser que queira ficar partido também.
Desculpe o trocadilho, mas é isso que acontece e chamamos de coração partido.
Se os filhos não se meterem, como a Lua fica entre o Sol e a Terra, há mais
chances dos dois buscarem ajuda para se entenderem.
Há
ainda outras ações escondidas como culpa, que serão acionadas com o eclipse,
como convites para novas soluções. Há os pais que não reconheceram ou
abandonaram o filho ou a filha. Uma pena, mas a gente, se for o filho, ainda
pode se permitir reconhecer um amor de sangue que, como seiva, nos sustenta no
inconsciente. Portanto, excluir o pai do coração porque ele mesmo fez isso com
a gente, não age tão profundamente quanto aceitar que o pai quis ir embora, mas
temos ele no peito. E se ele cair em si e tentar voltar..., há sempre chances
de reconciliação. Nenhuma sombra fica para sempre. Encarar a culpa também será
um convite. Não adianta sentir pena de si mesmo ou se condenar com auto
sabotagem para o resto da vida, porque continuaremos a não olhar para os nossos
filhos.
Se
o pai é cruel e violento conosco, o eclipse vai nos lembrar dos limites e os
limites dos limites. Nos afastamos dele para impedi-lo de machucar o bem mais
precioso que ele nos deu: a nossa vida. Mas no coração guardamos o lugar dele.
Não é fácil, mas cada um de nós tem desafios para nos fortalecermos para
alcançar o infinito. Com o tempo ele pode melhorar também.
Se
o pai culpou a mãe pela gravidez, como se ele fosse uma vítima inocente
corrompida pela malévola mulher, dá raiva mesmo! Ainda bem que não é eclipse
lunar da Lua Sangrenta! Mas a dor na mulher e na criança é imensa. Novamente,
como filhos, não podemos ser o psicólogo ou juiz dele. Os pais e mães existem
para a gente viver o papel de filho e deixar com eles o que é deles. Se um pai
fez isso, o eclipse vai fazer ele querer buscar ajuda por algo que falta, como
a Luz do Sol, mas que não sabe exatamente o que é. Virar adulto sendo capaz de
responder pelos seus atos? Quem aceita ajuda especializada erra menos, porque é
bom descobrir que servir à vida é sempre um acerto e sempre uma escolha, mesmo
que inconsciente.
Se
o pai é tão ausente, mesmo trazendo toda segurança e sustento para casa, não se
pode acreditar que os problemas dos filhos na escola e nas relações são do
caráter deles. Toda criança cria crises, inconscientemente, para ter seu pai
(ou mãe) presente. A linguagem do amor dos filhos é o beijo ou as crises. Um
bom analista ajudaria aos pais. Mas sabemos que é o filho quem vai parar no
consultório. Se for o caso, lembre-se, não é o filho o problema. Ele é a
solução.
Se
os pais estão se separando de forma litigiosa, deixe que os advogados cuidem
disso, porque eles, os profissionais, não têm o menor interesse em brigar. Quem
busca advogado não quer brigar. Já quem busca os filhos como juiz, ou os filhos
se colocam neste lugar...
Se
uma criança tem dois pais homens e geneticamente ela é filha de um deles, a mãe
tem que ser incluída! A Lua não passa na frente do Sol, fazendo um eclipse
TOTAL, porque não quer ser vista. Novas formas de família não podem excluir, se
não, não é nova família mesmo.
Da
mesma forma, se duas mães têm um filho que geneticamente é de uma delas, o pai
tem que ser incluído. A criança tem o direito de saber de onde vem a sua
história pessoal. Isso evita neuroses futuras. Se a gente está abrindo o amor
em tantas esferas, que todos que fazem parte sejam incluídos. Se não a caretice
e a dor serão as mesmas. Com relação aos bancos de sêmen, ou óvulos de outra
mulher, eu acho mesmo que a criança tem que ter o direito de conhecer seus pais
e sua história. Porque ela vai querer isso em algum momento.
Nesta
mesma linha e sem julgamentos: se a mãe não revela, mas sabe quem é o pai, ou
mente a verdadeira origem dizendo que o filho é de outro pai, o eclipse dura
até 3 minutos, mais que isso mata o planeta.
Se
um filho vem de outros pai e mãe, a melhor maneira é aceitar que antes de
você(s), ele/a teve estes genitores, que se encontraram e teceram ele do
infinito. A sombra do abandono, ou a morte prematura dos pais, não pode esconder
que o Sol ficou de frente para Lua quando a Terra escureceu. O amor em suas
origens e o amor dos pais adotivos por todos eles pertencem. Quando adotamos
uma criança, adotamos toda a linhagem dela.
Por último, nossa mãe nos deu o nosso pai com tudo o que implicava para ela, até a morte algumas vezes, para trazer a nossa vida. E ele nos deu a nossa mãe. Os melhores presentes. Quanto mais tomamos a vida que nos deram, e agradecemos tudo o que custou para eles, mais seguimos em frente.
Hoje
é o dia dos pais para lembrar que devemos todos, honrar eles! Porque a nossa
vida está antes do pai e da mãe, como futuro deles.
Feliz
dia dos pais e minha imensa gratidão!
“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.”
ResponderExcluirCarl Sagan
Que lindo! Uma honra estarmos vivos compartilhando esta experiência!
ExcluirQue presente esse texto hoje, dia dos pais e data que marca os 15 anos que o meu faleceu. Presente também ter encontrado a constelação e ter retomado o afeto pelo meu pai. Um abraço, Manika!
ResponderExcluirObrigada aos teus pais por terem trazido vc, querida, a este mundo! Um abraço com carinho, Anne Marie!
ResponderExcluirTexto lindíssimo, Manika! Grande presente pro dia dos pais! Tudo isso coloca o amor na sua ordem e, assim, a vida mais leve de trilhar. Beijão.
ResponderExcluirOi Dane, boa tarde! Muito obrigada! Tb sinto assim! Beijos! Feliz dias dos pais sempre!
Excluirmuito lindo Manika, os fatos se encaixando na vida.
ResponderExcluirmil beijos
Oi Maria Teresa! Sim, tudo vai encontrando um lugar de amor! Obrigada pela leitura e pelo comentário! Beijos!
ExcluirOi, Manika! Que belo link entre o eclipse e os pais no dia dos pais! Hoje é aniversário do meu pai: 84 anos. Feliz por esse seu texto neste dia. Beijos, Lícia
ResponderExcluirOi Lícia querida! Q maravilha! Parabéns a ele! Já passou um pouco desde que vc postou aqui o comentário, mas desejo um ano maravilhoso para ele e vcs! beijos
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