15 de nov. de 2012

9) Sonhos e Acordes





HENRY VITOR portfolio - Sonho Azul


Para Jung e outros estudiosos dos sonhos, o pesadelo tem a função de chamar a atenção da pessoa para algo que ela se recusa a ver. Não é à toa que ele leva o sonhador a despertar no ápice de sua trama, como se dissesse: “acorde para isso!”

Algumas Constelações, por mais sutis e delicadas que sejam, têm quase o mesmo efeito se a pessoa constelada está longe do seu centro: “acorde para a sua força”, “acorde para seus emaranhamentos”, “acorde para o fato de amar seu Pai (sua mãe), mesmo que sua mãe (seu pai) o (a) rejeite”. É que muitos pais têm sido negligenciados arbitrariamente dentro de suas famílias, e muitas mulheres descartadas afetivamente por seus companheiros de forma grosseira. Mas estes assuntos merecem um texto inteiro cada um...

 “Acorde para os sentimentos que curam!”

Sobre eles, Hellinger diz que não é a raiva reprimida que causa a doença, mas a repressão da ação que leva à solução o terreno para os desequilíbrios (2001:93). No caso, a atitude que busca a saída é o  sentir juntos sem acusações e / ou indignação. Ao invés de se apegar às dores passadas e apontar os/as culpados/as, pode-se dizer para si mesmo, humildemente, visualizando o/a causador/a do sofrimento: “que pena mamãe (papai) que nossa relação foi tão difícil”. Esta ação une, fala a verdade e deixa os sentimentos fluírem em lágrimas reverentes.

Nem o sonho difícil, nem o despertar de uma constelação causam danos, ou são oráculos de má fortuna. São sim o encaixe para uma vida mais plena em acordes mais serenos (ou mais viscerais), porque, como diz Hellinger (2006), "no centro sentimos leveza". 



Memorial Mineiro - Henry Vitor (1939) (meu artista preferido)


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