Autoanulação e Florais de Bach
Mônica Clemente (Manika)
Será
que alguém é sempre melhor que você em tudo?
Segundo
suas fantasias, há sempre uma pessoa mais adequada para seu parceiro, ou seu
trabalho?
E
você se sente estranhamente consolado quando a realidade confirma essas
crenças?
Verdade.
Melhor que outro carregue o peso da sua felicidade, não é?
Pois
é.
Nem
sempre um triângulo amoroso tem raízes edipianas. Às vezes, é só autoanulação
mesmo.
No
filme “O Noivo da Minha Melhor Amiga”, Rachel vive à sombra da
melhor amiga Darcy - extrovertida, dominante, e até manipuladora.
E
o mais desconcertante:
Rachel
acredita que é melhor assim.
Que
brilhar não é para ela.
Um
caso clássico de autoanulação.
Brilhar,
aqui, não é “aparecer a qualquer preço”, mas manter-se confortavelmente
estabelecida em sua própria luz - sem precisar projetá-la nos outros.
Além
disso, amizades tão simbióticas - com pessoas tão diferentes - como a de Rachel
e Darcy, podem estar compensando mutuamente suas sombras.
Se fôssemos montar uma fórmula de Bach para a Rachel - que se apaga - seria assim:
1.
Centaury
Para quem tem dificuldade de dizer “não”, servindo aos outros e sendo manipulado. Acredita que se sacrificar é a chave para o “céu”.
2.
Larch
Para a baixa autoestima que impede de se lançar, de competir em pé de igualdade. Rachel acha que “não é mulher para aquele homem”, e o entrega de bandeja.
3.
Walnut
Para se proteger de influências externas e conseguir fazer as próprias escolhas, rompendo com padrões antigos, inclusive de relações sufocantes.
4.
Pine
Para a culpa de desejar, mesmo quando o amor está no seu caminho.
5.
Agrimony
Para quem esconde o sofrimento atrás de um sorriso, por medo de enfrentar conflitos.
6.
Mimulus
Para os medos conhecidos, como o de perder a amizade, ser julgada, bancar a própria felicidade.
Fórmula
enxuta:
A tríade Centaury, Larch e Walnut já atua com profundidade sobre quem se apaga e tem dificuldade de romper padrões tóxicos, como o de quem vive a vida através dos outros por achar que assim é mais fácil.
Não é.
Afinal, a Darcy, como um sintoma exasperante de pessoas que se anulam, vai embora quando se toma a vida por inteiro.
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