É sobre esta necessidade
psicológica de nos espelharmos nos mitos, e eles na gente, que o livro (e
filme) “As Aventuras de Pi” fala. Nele, conseguimos encarar o terrível e o
extraordinário sem nos destroçarmos.
Uma boa história ficcional tem,
portanto, o enredo principal entrelaçado em uma segunda linha narrativa
silenciosa.
Como o psiquismo que não vemos, mas
atua em cada decisão que tomamos, nos sintomas físicos e nos tropeços.
Vou dar um exemplo: se alguém tem
uma ligação muito forte com uma Santa ou tem um mito ou conto de fada preferido
no qual uma Santa aparece, encontramos uma mulher excluída durante sua
Constelação Familiar.
Em “A Catedral do Mar”, de
Ildefonso Falcones ( livro e série da Netflix) a história visível é a de um pai
e filho lutando pela liberdade na idade média.
A história não visível é a de
dezenas de mulheres excluídas tendo um só símbolo a lhes dar um lugar durante
todo romance: a Virgem Maria.
E a catedral erguida em sua
homenagem, com pedras carregadas por todos que um dia tiveram uma mulher
excluída em sua vida.
A que mais me marcou foi uma
trancafiada pelo marido, numa pequena prisão construída por ele, com apenas uma
janelinha por onde ele jogava restos de alimentos, e por onde seu filho recebia
o carinho dela.
Igual ao desenho Dumbo, com sua mãe acalentando o bichinho. As duas imagens estão ao longo do texto.
Agora imagina um épico (que trata
do séc XIV) e um desenho animado (do séc XX) falando sobre a mesma coisa:
Se o mal e a dor moram no segredo,
a arte rompe este silêncio. Em outras palavras: era comum no
século XIV, e dentro da lei, emparedar mulheres.
Como era comum, desde lá até recentemente, o que aconteceu com mulheres excluídas e homenageadas pela Virgem Maria em a Catedral do Mara. Portanto fui comparando seus dramas com casos reais. O texto está no blog Cinema e Constelação Familiar ou neste link.
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