3 de abr. de 2021

276) Catedral do Mar e seu Simbolismo sobre as Mulheres Excluídas



        
Você sabia que todo conto de fada, mito ou síbolo é uma infiltração do sagrado na realidade? E que precisamos destes arcabouços ficcionais para aguentarmos os desafios?

É sobre esta necessidade psicológica de nos espelharmos nos mitos, e eles na gente, que o livro (e filme) “As Aventuras de Pi” fala. Nele, conseguimos encarar o terrível e o extraordinário sem nos destroçarmos.

Uma boa história ficcional tem, portanto, o enredo principal entrelaçado em uma segunda linha narrativa silenciosa.

Como o psiquismo que não vemos, mas atua em cada decisão que tomamos, nos sintomas físicos e nos tropeços.

Vou dar um exemplo: se alguém tem uma ligação muito forte com uma Santa ou tem um mito ou conto de fada preferido no qual uma Santa aparece, encontramos uma mulher excluída durante sua Constelação Familiar.

Em “A Catedral do Mar”, de Ildefonso Falcones ( livro e série da Netflix) a história visível é a de um pai e filho lutando pela liberdade na idade média.

A história não visível é a de dezenas de mulheres excluídas tendo um só símbolo a lhes dar um lugar durante todo romance: a Virgem Maria.

E a catedral erguida em sua homenagem, com pedras carregadas por todos que um dia tiveram uma mulher excluída em sua vida.

A que mais me marcou foi uma trancafiada pelo marido, numa pequena prisão construída por ele, com apenas uma janelinha por onde ele jogava restos de alimentos, e por onde seu filho recebia o carinho dela.

Igual ao desenho Dumbo, com sua mãe acalentando o bichinho. As duas imagens estão ao longo do texto.



Agora imagina um épico (que trata do séc XIV) e um desenho animado (do séc XX) falando sobre a mesma coisa:

Se o mal e a dor moram no segredo, a arte rompe este silêncio. Em outras palavras: era comum no século XIV, e dentro da lei, emparedar mulheres.

Como era comum, desde lá até recentemente, o que aconteceu com mulheres excluídas e homenageadas pela Virgem Maria  em a Catedral do Mara. Portanto fui comparando seus dramas com casos reais. O texto está no blog Cinema e Constelação Familiar ou neste link.



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