Para aprender uma linguagem simbólica esquecida, mas que sempre esteve pulsando por dentro das perguntas que fazemos na escuridão.
Artigos de Mônica Clemente (Manika) baseados em pesquisas e oficinas nas áreas da Educação, Saúde e Espiritualidade por meio do Yoga, Brincadeiras, Mitologias e Constelação Familiar (Familienstellen): Prática Integrativa e Complementar em Saúde (PICS), criada por Bert Hellinger e, posteriormente, junto a Sophie Hellinger. São dinâmicas de grupo e individuais fundamentadas na fenomenologia, com enfoque em soluções para as relações familiares e humanas, educação, saúde, negócios, direito.
Para aprender uma linguagem simbólica esquecida, mas que sempre esteve pulsando por dentro das perguntas que fazemos na escuridão.
A Ajuda dos Arquétipos
do Tarot
Mônica Clemente (Manika)
Não se salva alguém de um naufrágio com um cadarço.
Por isso, eu fujo dos “10 passos” para atingir qualquer coisa.
Porque eu sei - e você sabe também -, que é o primeiro passo que faz toda a diferença.
E esse passo, embora simples, vai mudar
muita coisa, como um efeito borboleta… só que, ao invés de caos, você vai
querer ter uma certa previsibilidade dos próximos acontecimentos.
O que eu estou querendo dizer, é: se eu estiver naufragando, não precisarei de muita coisa, muito menos de um cadarço que não me alcança no mar tempestuoso.
Vou precisar é de uma corda resistente, conectada a uma embarcação, e de alguém presente para me ajudar.
E esse alguém nem precisa ser um herói, nem um grande nadador. Basta que ele saiba o que realmente ajuda em dada situação.
Além disso, se eu souber ao menos um pouco como me manter viva enquanto a ajuda não chega, terei muito mais chances.
É isso que fazem os mitos e os arquétipos:
Eles não nos tiram do mar, mas nos ensinam a não afundar antes da ajuda certa chegar.
O Tarot, por exemplo, vai muito além da função oracular, que é preciosa. Ele guarda pistas simbólicas para momentos de crise.
Se você reconhece, por exemplo, qual situação está sendo constelada na carta do Enforcado - e sabe as pistas que esse arquétipo pode oferecer -, mesmo em uma fase de estagnação você terá instrumentos psíquico para atravessá-la.
É sobre isso que falaremos no meu próximo curso:
“Cartografia das Crises nos Arquétipos
do Tarot”
Não é um curso para ensinar a ler o Tarot como um oráculo.
É um curso para reconhecer as boias
simbólicas que a humanidade já nos deixou, para que possamos sobreviver às
tempestades internas com mais clareza, confiança e sentido.
Mônica Clemente (Manika)
@constelacoes_mitologicas
@manika_constelandocom a fonte
Wesak Moon: como essa lua atua em você?
Hoje, dia 12/05/2025, é Wesak Moon, a Lua de Buda.
Não sei se reparou, mas faz uma semana que tudo o que precisava ser visto começou a aflorar em seu psiquismo.
Isso porque, quando o Sol em Touro ilumina a Lua em Escorpião, seu signo oposto, temos a Wesak Moon, ou a Lua de Buda, envolta no entrelaçamento de tradições espirituais, movimentos astrais e sabedorias profundas.
Neste dia, que varia a cada ano de acordo com o calendário lunar - e conforme a tradição budista -, celebra-se a iluminação de Buda, também associada ao seu nascimento e à sua morte.
Essa tríplice celebração do chamado “ciclo búdico” foi oficialmente reconhecida pela ONU em 1999, sendo desde então considerada feriado oficial em alguns países, sempre no mês de maio, mesmo quando a Lua cheia ocorre no final de abril, o que pode resultar em uma segunda Lua cheia em maio.
Mas há uma forma sensível de saber quando a Wesak Moon nos atinge em cheio, como um Guru nos despertando:
Cerca de uma semana antes do seu apogeu, começam a surgir noites de insônia, sonhos intensos de purificação, sensações de estarmos sob um feitiço, encontros marcantes com pessoas que nos iluminam, e com partes nossas que pedem por transformação.
Você se sentiu assim nesses últimos dias?
Isso acontece porque a Lua de Wesak se dá no eixo Touro-Escorpião, com a Lua geralmente entre 15° e 25° de Escorpião.
Uma Lua cheia no início do Sol em Touro, antes ou depois dessa região do Zodíaco pode não ser sentida tão profundamente.
Mas quando ela se dá nos graus de intensas transformações do eixo da vida e da morte, da matéria e do espírito, do corpo e da transfiguração, a viagem iniciática de Europa montada sobre um Touro celestial se anuncia.
Não poque essas polaridades estejam separadas, mas porque são encruzilhadas. E como diz Letícia Núñez Almeida, encruzilhadas são encontros onde todos os sentidos permanecem, e temos que lidar com isso.
Assim, o Sol em Touro fala da encarnação, da estabilidade, do prazer de estar vivo, do valor do corpo encarnado, enquanto olha para a Lua em Escorpião, que representa o desapego, o mergulho nas sombras, a purificação profunda.
Essa Lua, portanto, traz
intensidade emocional, sonhos visionários, pesados, limpezas físicas e
energéticas.
Por isso, é comum vivenciar insônia, estados alterados de consciência, encontros significativos, fim de ciclos e processos de depuração nos dias que a antecedem.
Até ela se tornar uma “Lua de Portais”, quando amplia a consciência, favorece estados meditativos e conduz a experiências de expansão espiritual.
Não por acaso, diversas tradições celebram esse momento com jejuns, vigílias, preces e meditações coletivas como forma de sintonizar e acelerar o próprio caminho de realização interior.
Hoje é o dia em que o mistério
não consegue mais se esconder na matéria.
Deixe seu Buda Interior se aproximar de você.
Em outro momento, falarei mais sobre o Buda Interior em cada um de nós...
#Wesakmoon #vesakmoon #luacheiadebuda #luadebuda #budismo #jornadaespiritual #puriticação #sonhos #meditação #astrologia #astrology #astrofenomenologia
Você acredita que seu processo de autoconhecimento pode ser mais profundo ao incluir a história do seu país e dos seus povos? Se reconhece tudo o que foi excluído?
Se sim, assista essa live sobre o romance bibliográfico "Lua, um griô em Porto Alegre", de Letícia Núñez Almeida, clicando aqui.
Esse livro conta a história de José Alves Bittencourt, o Nego Lua, mas fala, também, de todos nós.
Fala dos silêncios, das encruzilhadas, dos porões onde o racismo estrutural se esconde.
Fala da política como um ato de cura.
E da escuta como um gesto de justiça.
Esse livro e a live, nos dias que antecederam a Lua de Buda, me atravessou como poucos.
Porque quando um povo não pode ocupar os lugares que construiu, a sociedade inteira adoece.
O livro pode ser adquirido no direct da autora:
Leticia Núñez Almeida @leticianunezalmeida
Com a Editora Coralina @editoracoralina
Na Amazon
E, se você estiver em Porto Alegre, pode comprá-lo na livraria Paralelo 30, no Bonfim.
Mônica Clemente (Manika)
Ele reaparece como
“amigo de infância”, criando um vínculo simbólico de uma história que merece
uma segunda chance.
Ele acende essa memória
emocional para criar uma abertura, como quem planta nostalgia e colhe
confiança.
Depois vem o flerte
disfarçado.
Envia mensagens, fotos
de flores noturnas, a Dama da Noite, com seu perfume de enigma e promessas,
fazendo brincadeiras ambíguas e falando em “ligação especial”.
Ele joga no campo
simbólico do erotismo sutil de quem quer provocar encantamento sem se
comprometer.
A seguir vem o convite:
“Venha me visitar nessa praia paradisíaca.”
Um roteiro romântico
para um reencontro, aparentemente escrito a quatro mãos.
E então, no auge do
envolvimento que ele mesmo alimentou, revela:
Vou me casar com o amor
da minha vida.
É nesse instante que a
máscara caiu.
Ele não compartilhou
uma decisão. Ele teatralizou uma vitória.
E, ao fazer isso, deixa
ela na posição desconfortável de quem dançou no compasso de outra música que só
agora ouviu.
Ele lhe oferece um
papel no espetáculo da própria vaidade, sem avisar que ela era só figurante.
Por fim, como um ato
final de charme distorcido, envia fotos de flores novamente.
Flores que não celebram
o amor, mas tentam manter vivo o poder que imagina ter, como se quisesse dizer:
“Mesmo indo embora,
deixo meu perfume. Mesmo te ferindo, te encanto. Mesmo não te escolhendo,
continuo presente.”
Isso é o ego dele
dizendo:
“Olha como sou
especial: posso casar com alguém e ainda ser inesquecível para você.”
Ele planta desejo e
colhe vaidade em si mesmo.
E se retira do palco
acreditando que deixou saudade, quando na verdade deixou apenas a poeira de um
jogo covarde.
E ela nem tossiu.
Se ainda fosse poeira de estrelas...
—
P.S.: Netuno e Vênus
entraram em Áries, em conjunção, trazendo esses convites que parecem desejo,
mas podem ser só feridas de um ego sem fim.
Mônica Clemente
(Manika)
@manika_constelandocomafonte
Não se tomam decisões importantes lamentando uma derrota *
Mônica Clemente (Manika)
Quantas vezes você já tomou decisões precipitadas após uma
briga?
Essa decisão aproximou ou afastou você do seu centro?
*A frase supracitada, como título desse texto, foi escrita pela
roteirista Erica Lipez, na Temporada 2, episódio 10 da série Suit / Netflix
para a personagem Jessica Pearson, uma advogada interpretada pela maravilhosa Gina
Torres.
Seu temperamento estrategista, semelhante ao da deusa Atena,
compreende que decisões importantes não podem ser tomadas com foco no que foi
perdido.
Para que haja vitória, é preciso focar na solução. E essa
estratégia não se aplica apenas a competições; ela é igualmente válida para a
vida cotidiana.
Lamentar a derrota significa se perguntar: “Por que isso
aconteceu comigo?”, “Por que sempre atraio esse tipo de relação?”…
Primeiro, não há “atração”. O que existe é uma busca
inconsciente pela repetição das emoções dolorosas vividas na infância — até que
se tome consciência do padrão e se decida transformá-lo.
Se a pergunta está voltada para a derrota (“Por que eu…?”),
não há saída.
Focar na solução, como na Constelação Familiar, leva a
perguntas mais eficazes: “Como resolvo essa questão?”
Às vezes, a resposta vem como um raio: “Honre sua mãe”,
“Pare de adiar a terapia”, “Faça uma formação”, “Não coloque os pontos nos ‘is’
com quem nunca escutou você e nunca reconhecerá seus esforços”, etc.
Na vida amorosa, lamentar o fim de um relacionamento
perpetua uma situação que se arrastará por anos.
Por outro lado, como Hellinger orientava, se apoiar no amor
sentido desagua em uma nova vida.
No trabalho, focar em ser mais feliz pode eliminar
irritações desnecessárias no emprego atual, ao mesmo tempo em que canaliza sua
energia para construir pontes de saída, seja por meio de uma nova formação ou
empreendimento.
E lembre-se: algumas vezes, não há solução.
Nesses casos, ou a questão já está resolvida e é você quem
continua criando o problema, ou este é o início da sua jornada espiritual — um
chamado para se entregar a uma força maior que irá guiá-lo para uma vida mais
plena.
____
Floral: White Chestnut + Willow. O 1o traz clareza. O 2o faz
parar de sentir pena de si mesmo, buscando culpa no mundo, para partir para a
ação.
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
Fica Técnica SUIT
2011 - 2019 | min | Comédia, Drama, Crime
Criado por Aaron
Korsh
Elenco: Gabriel
Macht, Rick
Hoffman, Sarah
Rafferty
Netflix
#suit #prsarkar #Hellinger #constelacaofamiliar
#FloraisDeBach
Cinema e Constelação Familiar,P.R. Sarkar, Hellinger, Gina Torres, Suit, Jessica Pearson,Florais de Bach, White Chestnut, Willow
Ilustração de Yuval Robichek @yuvalrob
A
imaginação feminina, que alça seu homem às alturas, ou ele, com sua visão mais
realista?
Ou será que a imagem fala do amor refletido no Luar, pouco importando quem projeta o quê no outro?
Talvez os amantes estejam sonhando, projetando desejos nas estrelas...
Ou seria um déjà-vu ciclônico?
Aquela velha sensação, de séculos e mais séculos, de colocar o Luar onde nem existe Lua?
Nem sempre o homem é o intuitivo, imaginativo, artista e idealista na relação, embora, sobre a mulher, quase sempre pese os afazeres domésticos.
Quantas artistas, de mãos cheias, passaram a vida cuidando – muitas vezes até financeiramente – de maridos escritores, empreendedores, visionários ou que ainda não se encontraram?
Quantas delas foram abandonadas com filhos de homens que sonhavam com outras vidas?
E quantas delas abdicaram das suas vocações para dar chão aos devaneios de outros, muitas vezes nem tão promissores como elas?
Algumas desistiram de se casar novamente, depois de perceberem que seus esforços extraordinários, raramente reconhecidos, eram tratados como algo óbvio. Enquanto os feitos de seus ex-maridos, por menores que fossem, eram celebrados como extraordinários?
Nem a Terra nem o Céu concordam com esse “des-balanço”... Até porque vivem se beijando.
Ilustração de Yuval Robichek
@yuvalrob
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
#darereceber #familienstellen
#constelaçãofamiliar #intuição #sensação #mbti #relaçãodecasal #Yuvalrobichek
Mônica Clemente (Manika)
Temos, mesmo sem saber, sensibilidade compartilhada com o Universo. O nome desse relacionamento cósmico é astrologia.
Na China, por exemplo, a astrologia é usada para calcular o dia, a hora e o local de uma morte, permitindo encontrar a pessoa em sua próxima vida. É dessa forma que o Tibete tem identificado o Dalai Lama por séculos.
Os Reis Magos, com outros cálculos, encontraram Jesus.
Para Jung, a astrologia é a arte de ler o inconsciente projetado nas estrelas.
Na Mitologia, ela nos guia em segurança para dentro e para fora do labirinto do Minotauro, como fez Ariadne.
Para Osho, astrologia é espiritualidade, pois somos um com o Universo.
Para os alquimistas, as estrelas também nos habitam. Somos um Céu.
Para mim, a astrologia é a revelação da empatia cósmica: as conexões sutis que entrelaçam todos os seres em múltiplas relações.
Por isso, transformei-a em Astrofenomenologia: a leitura astrológica do mapa de uma pessoa por meio da fenomenologia da Constelação Familiar, reconhecendo que somos parte afetadas e afetantes de sistemas maiores.
A forma como essas dinâmicas se manifestam em cada indivíduo é algo que a postura fenomenológica ajuda a revelar, não por meio de protocolos rígidos, mas através de fluxos de compreensão.
Minha gratidão a todas as pessoas maravilhosas que já fizeram suas jornadas astrofenomenológicas comigo e àquelas que, generosamente, indicam meu trabalho.
Feliz Dia do Astrólogo!
Feliz Dia dos Reis Magos!
Mônica Clemente (Manika)
#diadoastrologo #diadosreismagos #astrologia #reencarnação
Quanto tempo você tem perdido imaginando ou esperando que as condições ideais cheguem para fazer o que veio fazer?
Para Shrii Shrii Anandamurti (Baba), mestre espiritual, grande parte das “impossibilidades das condições”têm uma fonte que pode ser transformada rapidamente.
Era assim que ele treinava seus monges, desafiando uma das maiores barreiras de toda realização.
Baba os instruía a criarem planos
para inaugurar escolas infantis nas áreas mais pobres do planeta. Os monges
traziam planejamentos de dois anos, que eram imediatamente recusados:
— Muito tempo. Menos!
Eles repensavam e propunham um
ano. Baba insistia:
— Menos!
Seis meses? Ainda não.
A negociação continuava até que concordassem em estabelecer as escolas em 24 horas, assim que chegassem aos seus postos de trabalho.
Então, Baba encerrava as reuniões com uma poderosa lição:
“O maior obstáculo está em suas mentes. Se eu der dois anos, vocês encontrarão mais problemas pelo caminho.”
E foi assim que muitas escolas da Ananda Marga, a ONG de Baba, surgiram: em 24 horas (Eu mesma fui professora de duas delas, em São Paulo e Porto Alegre).
Em 2025, Plutão entra em Aquário após 18 anos em Capricórnio. Netuno, depois de 11 anos, e Saturno, depois de dois anos, caminharão juntos em Áries. Urano, depois de sete anos em Touro, fará sua transição para Gêmeos, preparando-se para uma permanência definitiva em 2026.
Essas mudanças de signos dos planetas lentos - mais alguns alinhamentos de planetas no nosso sistema Solar - ecoam o ensinamento de Baba. E, curiosamente, encontram ressonância nas palavras de uma escritora que nunca o conheceu:
“Seja lá o que você deva fazer, faça agora. As condições são sempre impossíveis.” (Doris Lessing)
Obrigada, 2024!
Sim, 2025!
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PS: curiosamente, esse é 30 texto escrito em 2024, sendo o 605 texto desse blog. Em 2025 eu faço 60 anos, 2o retorno de saturno finalizado, desde a data que nasci, em 1965. Sincronicidades.
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
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“Whatever you’re meant to do, do it now. The conditions are always impossible.”
(Doris Lessing)
#yoga #felizanonovo #prsarkar #sim #anandamarga #anandamurti #astrologia #astrofenomenologia #dorislessing #amurt #amurtel
Mercúrio Retrógrado: Um Portal para Talentos e Transformação
Mercúrio fica retrógrado três vezes ao ano. Na verdade, ele não anda para trás, mas a posição da Terra em relação a ele cria essa perspectiva, que simbolicamente significa a visita de territórios já percorridos em sua sombra, abrindo caminho para revisões e reflexões.
Nascer com Mercúrio retrógrado no mapa astral é um convite para enxergar o que outros não veem, especialmente no signo e casa onde ele se encontra. Além disso, se Mercúrio estava retrógrado quando uma pessoa nasceu, seu Mapa Progredido, que reflete a evolução do mapa astral, pode estender esse período retrógrado por anos, influenciando temas-chave da vida.
Por exemplo, Freud tinha Mercúrio retrógrado na 8ª casa, relacionada a sonhos e terapia, em harmonia com Plutão. Essa configuração astrológica refletia sua criação da psicanálise. No meu caso, tive Mercúrio retrógrado em Áries, migrando da casa 12 para a 11 nos primeiros 16 anos de vida. Essa posição despertou dons mediúnicos e premonições que, inicialmente assustadores, me levaram à prática do yoga e ao estudo da astrologia e cartas ciganas. Mais tarde, desenvolvi essas habilidades em pesquisas acadêmicas e na prática astrológica.
Independentemente de ter Mercúrio retrógrado no mapa natal, todos podem explorar os dons dessa energia ao observar os trânsitos retrógrados no céu. Em 2025, Mercúrio retrógrado ocorre nas seguintes datas:
1) 14/03 a 07/04: de Áries/fogo até Peixes/Água. Observe emoções e pensamentos que impactam o coração. Se sente o chamado para ser artista, terapeuta e espiritualista esse é o momento de (re) começar.
2) 17/07 a 11/08: Leão/fogo. Se expresse. Se sente o chamado para carreiras como o magistério, palestras, teatro, dança, eventos, cerimoniais, etc. legitime esses dons.
3) 09/11 a 29/11: de Sagitário/fogo até Escorpião/água. Explore conexões profundas, estudos e jornadas de transformação.
Aproveite esses dias para reconhecer e capitalizar dons e dificuldades, transformando-os em felicidade.
Aquiles foi um famoso guerreiro da mitologia grega, sendo peça-chave na vitória da Guerra de Troia.
Segundo o mito, ele foi banhado por sua mãe, Tétis, no Rio Estige para se tornar invencível, com exceção dos calcanhares — a parte do corpo pela qual sua mãe o segurou durante o banho de imortalidade.
O famoso “calcanhar de Aquiles”, que recebeu a flechada envenenada que o matou, nos lembra que a crença na invencibilidade não deve cegar alguém a ponto de ignorar riscos e autoproteção.
Esse ensinamento ecoa o Hexagrama 36 do I Ching: em tempos de perigo extremo, não há vergonha ou culpa em se esconder.
Na série sobre Ayrton Senna, o piloto é retratado como invencível e impetuoso, lembrando Aquiles.
O seu “calcanhar” era o hábito de se arriscar em nome da vitória e da busca por estados transcendentais, algo comum a artistas e atletas altamente disciplinados.
No entanto, sua predisposição ao risco foi apresentada como uma expressão de amor ao esporte e um desejo de inspirar o povo brasileiro.
Esse “calcanhar de Aquiles” ficou exposto na fatídica pista de Ímola, que já havia enviado vários sinais de perigo, sem que fossem suficientes para evitar a tragédia.
Pessoas com scripts de vida semelhantes ao de Aquiles — e aqui não afirmo que Senna seguia esse padrão, mas vi na série essa conexão — enfrentam escolhas cruciais.
Tétis pôde escolher entre uma vida longa e feliz para o filho ou torná-lo uma lenda. Ela optou pelo heroísmo do filho, e como dizia Hellinger: os heróis morrem cedo.
Aquiles não precisava morrer para ser uma lenda. Já era vitorioso e prestigiado. Sua morte precoce não foi destino, mas resultado da falta de escolhas para mudar seu script: ele poderia ter protegido seus calcanhares.
Senna tentou proteger a si mesmo e aos outros pilotos pedindo o cancelamento da corrida em Ímola. Contudo, assim como Tétis não deu escolha ao filho, os responsáveis pela prova ignoraram seu pedido.
A lição é clara: o destino não oferece
escolhas, mas scripts de vida, sim.
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Sobre a FIA (Federação Internacional Automobilística), podemos associá-la a muitos mitos e arquétipos, mas seguindo a lógica do texto, ela me parece as FIAndeiras.
As Moiras na mitologia grega controlam o
destino, fiando, medindo e cortando o fio da vida, o que se alinha com o poder
regulador e controlador que a FIA exerce sobre o automobilismo. Ao menos na
temática da série Senna.
Como as Moiras refletem a FIA:
1. Cloto (a que fia o fio da vida): Representa o papel da FIA em criar e manter as regras, literalmente “tecendo” o tecido das competições automobilísticas.
2. Láquesis (a que mede o fio): Alude à função de avaliar e regulamentar o que é permitido, estabelecendo limites precisos para tecnologias, performances e condutas nas corridas.
3. Átropos (a que corta o fio): Simboliza o poder final da FIA de decidir destinos — desqualificar equipes, aplicar punições ou até banir tecnologias inovadoras consideradas ilegais. “Moira” que mais atuou sobre Senna.
As fiandeiras trabalham nos bastidores, com um poder quase invisível, mas imenso, que define a trajetória dos eventos. Assim como a FIA, as Moiras não participam diretamente das corridas, mas moldam o curso de tudo com suas decisões.
Essa comparação amplia o simbolismo do “poder estruturante” e traz à tona a dimensão de controle quase “destinal” que a FIA exerce.
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Ficha Técnica:
A minissérie “Senna” é uma produção
brasileira da Netflix que retrata a vida e carreira do lendário piloto de
Fórmula 1, Ayrton Senna. Com estreia em 29 de novembro de 2024, a série é
composta por seis episódios e está disponível em mais de 190 países.
• Título: Senna
• Ano de Produção: 2024
• Gênero: Biografia, Drama
• Formato: Minissérie com 6 Episódios
• Direção Geral: Vicente Amorim
• Direção: Julia Rezende
Os gatos brigam porque são assim, ou porque estão em um saco?
Para a astrologia preditiva, os gatos brigam porque são assim. Para a astrologia propositiva, os gatos brigam porque estão no saco.
Da mesma forma, você tem brigado porque (seu mapa) é assim, ou porque está em uma situação em que se não lutar vai sufocar até seu fim?
Quais saídas seu mapa tem?
Talvez você tenha desistido de brigar, mas em vez de alívio, sua pressão subiu, sua tiroide colapsou, seu tesão desapareceu e nada de emagrecer. E se, em vez de lutar uns com os outros, os gatos arrebentassem o saco?
Eu sei, não é tão simples assim. Às vezes, o “saco de gatos” está em uma pirambeira. Se ele romper, todos podem cair e se machucar. Como evitar isso?
Com redes de apoio: amigos, família e até novas conexões. Mas, e se a própria rede for o saco? Nesse caso, mude os amigos, redefina a relação com a família e busque outros suportes. E, acima de tudo, seja propositivo.
Na astrologia propositiva – um dos pilares da Astrofenomenologia – os arquétipos não determinam, mas oferecem possibilidades.
Saturno, pode ser o saco de gato, representando aquilo que construímos e nos aprisiona, ou a rede que nos sustenta.
Marte pode ser a briga ou a coragem de romper padrões.
Vênus pode ser a submissão ou a catalisadora de conexões e grupos de apoio.
Mercúrio pode ser as mentiras (inclusive a que contamos para nós mesmos) ou a busca de soluções.
Júpiter pode ser a teimosia ou a mudança de perspectiva.
Urano pode ser o egoísmo ou a tomada de consciência.
Netuno pode ser a bondade cega ou a dissolução de ilusões.
Plutão pode ser o apego vingativo ou capacidade de transformação.
Cada arquétipo astrológico pode estar a seu serviço, dependendo da forma como você os gerencia.
Por isso, na Astrofenomenologia, priorizo uma abordagem propositiva em vez de preditiva. Essa abordagem busca propostas e alternativas construtivas, com foco em soluções práticas e no desenvolvimento da sua autonomia e discernimento.
Até porque não adianta prever algo antes de saber o que se pode fazer.
E se pudéssemos abordar LOST por meio das Constelações Familiares?
O que essa série, cheia de camadas, símbolos e mitologias revelaria sobre “comunidade de destino”, “pertencimento”, “laços do destino” e ouras descobertas de Bert Hellinger?
Durante
seis temporadas, um grupo de passageiros tenta sobreviver em uma ilha
paradisíaca e misteriosa, após a queda do Voo 815 da Oceanic Airlines.
Cada um dos personagens traz consigo “bagagens” – histórias marcadas por exclusão e pertencimento - que precisarão enfrentar ao longo de suas aventuras.
Um exemplo disso é o Dr. Jack, que carregava o corpo do pai morto no porão do avião. (Porão, Ilha, selva e oceano podem ser compreendidos como metáforas das profundezas do inconsciente).
A sensação de fracasso de Jack, alimentada pela constante competição e exigências do pai, o perseguia por meio de inúmeras tentativas frustradas - e às vezes trágicas - de salvar todos a sua volta. Mas quem o salvaria? Ele precisava fazer tanto para conseguir um pouco de amor e superar sua baixa autoestima?
John Locke, por sua vez, descobriu, a duras penas, que a fé move montanhas. Porém, ela precisa ser humilde diante das forças coletivas, como guerras e pandemias, aqui representadas fumaça escura – o “monstro”.
Já Sawyer, marcado pelo luto e pela raiva devido à perda brutal de seus pais na infância, encontrou redenção ao abandonar a exclusão voluntária e se conectar com os novos amigos.
Kate, por outro lado, precisou se reconciliar com as escolhas desastrosas do seu passado, aprendendo a ser uma pessoa mais confiável e presente para seus amigos e parceiros.
Sayid seguiu a “boa consciência” (é esse nome mesmo) de matador e torturador, movido pelo medo de não pertencer, até finalmente encontrar coragem para avançar até a “má consciência”: a difícil decisão de agir contra as expectativas do seu grupo.
Hugo, como todo hipersensível que tenta agradar a todos sem muito discernimento, entra com contato com seus sentimentos ao longo da jornada e, assim, se torna um líder amoroso, o que nenhum dos outros conseguiu ser.
E assim segue os personagens de LOST, com histórias que espelham a complexidade humana que podem ser abordados por temas centrais das Constelações Familiares.
Do primeiro ao último episódio, testemunhamos o que Bert Hellinger descreveu como uma "comunidade de destino". No contexto das Constelações Familiares, essa expressão refere-se ao fato de que todos os membros de um sistema familiar – seja uma família, grupo e comunidade - estão profundamente conectados por um destino compartilhado.
Isso significa que as ações, escolhas e sofrimentos de um indivíduo dentro desse sistema impactam os demais, criando laços invisíveis que transcendem gerações.
Hellinger observou que, muitas vezes, essas conexões se manifestam como identificações inconscientes com membros da família que foram excluídos, esquecidos ou que sofreram traumas significativos. Ou pessoas que prejudicamos ou foram prejudicadas por ancestrais nossos, como os saltos no tempo que os personagens de LOST fizeram, mostrando conexões com outros indivíduos ao longo das temporadas.
Assim, uma pessoa, sem perceber, pode repetir padrões ou carregar cargas emocionais que não são propriamente suas, como se estivesse tentando "compensar" ou "curar" algo no sistema familiar.
A "comunidade de destino", portanto, mostra como estamos interligados dentro de um campo maior, onde nossas ações e destinos se entrelaçam.
No último episódio de LOST, fica claro que, apesar de terem histórias individuais carregadas de traumas, os personagens foram unidos pela ilha em uma experiência compartilhada que transformou suas vidas para sempre. Mesmo após a morte, eles permanecem conectados em um "espaço além do tempo", onde precisam se reencontrar para reconhecer, honrar e liberar aquilo que viveram juntos.
Não importa se suas relações eram de amor, amizade ou conflito — o que viveram juntos os ligou para sempre. Isso ecoa a ideia de que, dentro de uma comunidade de destino, ninguém pode ser excluído. Mesmo os antagonistas, como Ben Linus, têm um papel crucial no sistema.
(De agora em diante tem spoiler)
Assim, os personagens se reúnem em uma "realidade alternativa", onde cada um ocupa seu lugar e reconhece o impacto dos outros em sua jornada. Eles precisam se lembrar uns dos outros para seguir em frente — exatamente como em uma constelação familiar, onde o reconhecimento e a inclusão permite que o amor flua pelo sistema.
A ideia de que o que passaram juntos "atua sobre eles até além da morte" reflete a essência da comunidade de destino. Não importa o que aconteceu em suas vidas individuais; o destino compartilhado na ilha criou um campo que continua existindo, conectando-os mesmo após a vida física.
Essa visão está alinhada com a ideia de que as conexões humanas não estão limitadas pelo tempo ou espaço.
No final de suas vidas, quando relembram os momentos que tiveram um com o outro se tocando pela “última vez”, é como se os personagens dissessem: "Você pertence, eu te vejo, e o que vivemos juntos importa."
Essa mensagem dissolve as amarras dos traumas individuais e do isolamento, que os mantinham perdidos – lost - permitindo que eles sigam para a luz — um símbolo de integração e libertação.
FICHA TÉCNICA DE LOST
Criadores:
Cinema e Constelação Familiar, Lost, Comunidade de Destino,Boa Consciência,Má Consciência,Bert Hellinger,Familienstellen,
Para que Serve o Conhecimento da Cartografia das Crises no Tarot? Mônica Clemente (Manika) Para aprender uma linguagem simbólica esquecid...